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Muitas professoras de escolas públicas apontam o mesmo "diagnóstico" quando perguntadas sobre quais os problemas da educação no país: "o desinteresse dos alunos e alunas e as famílias desestruturadas."
O debate aqui linkado é muito bom para que possamos começar a desconstruir esses mitos. O que está por trás desse discurso são modelos idealizados de inteligência/participação e de famílias.
Modelos com base na meritocracia e num olhar liberal sobre a sociedade. Além, é claro, de ser um modelo conservador.
Quando se dão conta do grau de vulnerabilidade social das estudantes e dos estudantes se isentam da responsabilidade e estigmatizam-nas.
No entanto, não são somente as crianças, adolescentes e jovens que saem perdendo com isso. A própria classe docente se vê frustrada, desrespeitada e incapaz de mudar. Não seria melhor compreender os problemas sociais, tentar se adequar a eles e a partir dos problemas dar um salto para o futuro?