quinta-feira, 30 de junho de 2011

Estamos vivendo um novo 1968 mundial?

Muito, mas muito interessante esse debate entre Marcos Nobre e Gil Giardelli no programa Entre Aspas, da Globo News.
Ainda mais para mim, que sou um agitador cultural, ver reflexões sobre o poder das mídias digitais nessa nova configuração de mobilização juvenil é um alento e um motivador para continuar lutando.


Além, é claro, do insólito de ver Marx sendo citado positivamente num programa das organizações Globo.


O que você acha desse debate?



quarta-feira, 29 de junho de 2011

Em POA NÃO ande de bicicleta!

É incrível, mas você lembra de Ricardo Jose Neis que saiu atropelando os ciclistas em POA, em fev de 2011 (se não lembra ou não sabe do que estou falando clique aqui).
Pois é. Este senhor está solto e trabalhando ainda como funcionário público, mas como diz o blog dos ciclistas:
"Se ao invés de ter um bom cargo no Banco Central, Ricardo José Neis fosse um desempregado morador da periferia…
Se ao invés de um carro, Ricardo José Neis tivesse usado uma arma…"
Aqui você vê um trecho da entrevista, sim, minha gente, a imprensa quer ouví-lo, deste senhor ao jornal Zero HOra.


http://vadebici.wordpress.com/2011/05/08/neis-admite-que-poderia-ter-descido-do-carro-e-resolvido-so-com-um-bate-boca/

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Eduardo Galeano Vale a pena

Esse cara, uruguaio, é uma das grandes pessoas que conheci graças a uma professora: Tiche Viana.
VLW Tiche!

Finalizando a 1ª ida a Guiné Bissau

Para terminar o relato de minha ida a Guiné-Bissau, publico aqui 4 pequenas matérias da Rede Brasil sobre o país e um vídeo recordação que fiz com fotos e momentos que lá vivi. Se puder, deixe um comentário aqui no blog. (Não precisa ter registro. Quando clicar em comentarios abaixo da caixa de comentário  escolha a identidade nome/url)





Netos de Bandim





Maior parte de Guiné Bissau vive na informalidade




À noite, Guiné-Bissau vive à luz de velas





Minha Viagem Concluída


domingo, 26 de junho de 2011

Diretrizes do Brasil sem Miséria

Pra quem se interessa, o lançamento com as diretrizes do Programa Brasil Sem Miséria.
Clique aqui pra ler mais sobre o que eu publiquei sobre o plano
Clique aqui para ler sobre a área de serviço social deste blog.

sábado, 25 de junho de 2011

São Paulo parada!

Mas desta vez não é o enlouquecido trânsito que habitualmente paraliza a cidade. Tão pouco alguma greve ou uma enchente de dias chuvosos de janeiro.


O que parará a cidade de São Paulo neste domingo é a 15ª edição da Parada Gay.


Um evento de extrema importância, não só pela movimentação financeira, como insistem em dizer os jornalões do país, mas porque foi graças a elas que milhares de jovens puderam afirmar sua sexualidade e dizer: "eu existo".


Se hoje temos no Brasil um deputado que luta ativamente pela causa LGBT ou se todas as telenovelas retratam personagens gays e lésbicas ou ainda, se tanto se fala em kit anti-homofobia e em PLC122, é, na minha opinião, pela força que o movimento ganhou apenas dizendo "eu existo e somos milhões".


No entanto, nem tudo são rosas e purpurinas. Há dois anos que a Parada tem se transformado em um evento onde milhares de adolescentes, que não estão nessa batalha, seja por orientação ou simpatia, vão para beberem acima do necessário e causarem agressões, violência, tumultos e roubos.


A primeira cena dessa chocante reportagem de Roberto Cabrini é numa dessas Paradas! (se tiver estômago veja a matéria inteira).



Por isso, tenho dúvidas se estarei amanhã lá e, consequentemente, tenho dúvidas se vale a pena continuar com as paradas. A marcha anti-homofobia que rolou na Paulista, neste caso, deveria ser um passo adiante agora que o movimento ganhou visibilidade. Não sei direito, mas é como estou pensando neste momento.


Na matéria exibida neste sábado no SPTV,

a polícia militar ressalta que haverá um esquema forte de segurança. Oxalá tudo dê certo. 


E você, vai na PArada? Acha que ela deve continuar acontecendo?




"Fique atualizado! Clique ctrl + d, salve o blog na sua barra de favoritos e acesse sempre para ver as novidades"

terça-feira, 21 de junho de 2011

Valsa pela diversidade

Mais uma da semana LGBT

"Com alguém que fez valer o seu voto"

Pra quem combate o preconceito e a discrimicação essa é uma entrevista que deve ser vista.
Com isso, na semana da maior Parada LGBT do mundo farei um especial sobre o tema. Confira!
Para ver o que já 
publiquei antes, 
clique aqui






sexta-feira, 17 de junho de 2011

Uma veia de utopia: Audiência Pública sobre Operador Único de Rede

Para quem se interessa por questões de comunicação, leia o post do blog da Luiza Erundina. Uma veia de utopia: Audiência Pública sobre Operador Único de Rede: "Foto: Sérgio Francês Nesta terça-feira, 14, aconteceu a primeira audiência pública sobre o Operador Único de Rede da TV Pública Digital...."

"Fique atualizado! Clique ctrl + d, salve o blog na sua barra de favoritos e acesse sempre para ver as novidades"

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Добре Дьен России

goede morgen Nederland

Guten Morgen deutsche

"Fique atualizado! Clique ctrl + d, salve o blog na sua barra de favoritos e acesse sempre para ver as novidades"

terça-feira, 14 de junho de 2011

Lideranças comunitárias em Bissau

O objetivo final da minha vinda a Guiné-Bissau foi mostrar aos jovens que é possível usar do teatro como ferramenta de educação de valores, posturas e consciência crítica. Mas, para isso, eles precisariam me mostrar na prática como atuam com crianças.


Mano MM se prepara
Quando chegamos ao bairro São Paulo (sim, este é o nome do bairro em Bissau) vi algo que nunca tinha visto pessoalmente no Brasil. O que de fato é uma liderança comunitária. Muitos dos jovens da associação amizade são líderes, mas o Mano Máquina Motor é uma liderança que alia o desejo de mudança, com o  carisma e o prazer em liderar. 


Ele tem um musiquinha que todos cantam sempre que ele quer começar a falar. Não tenho ideia do que diz a letra da musica, pois só entendo dela o nome dele. O fato é que todos, crianças, jovens e adultos o respeitam e a cantam. E ele sabe disso.


E ai, não sei se é um olhar estrangeirado, este bairro me fez ver de novo o sentido do termo comunidade. Aqui sim se pode dizer assim. COMUNIDADE.


O bairro é na verdade um vilarejo de terra, casas de adobe, água do poço e tudo que você pode imaginar numa comunidade rural sertaneja do Brasil. 


Todos obviamente se conhecem e o grupo de jovens que participa das oficinas que estamos oferecendo aqui são legitimados pelos moradores daqui.


Jovens do Teatro replanejam as atividades na comunidade
Quando chegamos a Bongolô Cultural, uma especie de quiosque que eles construíram já no desenvolvimento desse projeto, tínhamos somente os jovens das oficinas a nos esperar e os moradores nas suas atividades de casa.


De repente, a Bongolo foi se enchendo. Vieram as crianças, os jovens e depois as mulheres e homens e quando começaram a cantar a musiquinha do Maquina Motor dentro da Bongolo já devia ter umas 50 crianças.


E foi assim, com 50 crianças que os jovens tiveram que se virar pra darem as atividades que preparamos para 15...


Pouca gente na Bongolo?

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O trabalho em Guiné Bissau.


Trabalho há oito anos e quatro meses na Fundação Gol de Letra. Atualmente minha função lá é AGITADOR CULTURAL, mas ja fiz de tudo muito: fui educador voluntário de teatro no FAC (Formação de Agentes Comunitários), estagiário e assistente de coordenação na Comunicação Institucional, arte-educador de crianças no VJ (Virando o Jogo), educomunicador de audiovisual, novamente no FAC, e voluntário de rede social  na RVAT (Rede Vila Albertina-Tremembé).


A Fundação, e se eu não for preciso em algum dado, por favor, quem tiver a informação exata publica ai nos comentários, desde 2009 tem um núcleo de disseminação de práticas socio-educacionais. Um desses projetos é o de Guiné Bissau. Em parceria com a ABC (Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores - para saber mais clique aqui e leia a página 73 do Catálogo ABC de Cooperação Técnica do Brasil para a Africa em 2010 ) ela vem trabalhando para a missão de implantar um centro educacional na Comunidade São Paulo, aqui em Guiné.  


Jovens lideranças do bairro serão os gestores e executores deste projeto e entre outras coisas ele terá no contra-turno da escola uma oficina de teatro. Fui então convidado para oferecer uma oficina de preparação em arte-educação teatral para essas jovens lideranças.  Além disso, eu e os outros dois colegas de trabalho aqui presentes, Edgard Arantes, analista de projetos e responsável pela sistematização e André Freitas, educador de música conseguimos agregar a participação dos integrantes do grupo teatral de guiné, "US Fidalgos"  e do grupo de música e dança "Netos de Bandim".


No primeiro dia fizemos um trabalho teórico prático sobre o tema. O assunto correu solto sobre Paulo Freire, educação libertária, pedagogia do oprimido e da autonomia. Na prática fizemos alguns jogos teatrais com base no trabalho desenvolvido por Joana Lopes e sistematizado no livro "Pega Teatro".


A próxima etapa será a de preparar e executar uma atividade prática para as crianças do bairro.


obs: com exceção das fotos, as imagens são ilustrativas e retiradas de links no google.
  

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A riqueza do povo em Guiné- Bissau.

Como já era esperado, o contato com as pessoas seria o momento da mudança entre o visto com os olhos e os contatos e as relações humanas.


Tudo começou numa "assembleia" no Bairro Militar, perto da comunidade SP, onde está em implantação o Centro Educacional. Havia uma polêmica sobre o Regulo, chefe tradicional e dono da terra. 




Independente da polêmica do Regulo, o curioso foi a reação das pessoas à nossa chegada. Claro, éramos ETs chegando de carro, brancos e falando uma outra lingua, porque apesar deles falarem Português, a língua do povo aqui é o Crioulo (clique aqui para ler o post sobre essa lingua do Leonardo Campos, estagiário da UNESCO aqui em Guine-Bissau).


Mas, aos poucos, fomos nos aproximando e, claro a receptividade foi imediata. Nuno, o menino desta foto conversou comigo e me ajudou a tirar as demais fotos.


No final, as crianças dando adeus dizem mais do que qualquer palavra. Não acham?



terça-feira, 7 de junho de 2011

Saneamento Básico em Guiné-Bissau.

Saneamento básico.


Um tema caro para os guineenses. Na rua principal da capital, Bissau, você encontra a mensagem: "O Paludismo é a principal causa de mortes e doenças na Guiné- Bissau. Ajude a combatê-lo!"
Paludismo é o nome técnico para Malária, causada por protozoários parasitas.

Caminhando pelas ruas não é difícil de entender as razões dessa "epidemia".~

Na foto abaixo você vê uma delas. A rampinha cobre o esgoto que corre a céu aberto e na altura da rua. A maioria das casas têem essa rampinha e o esgoto correndo a frente delas. É como se você andasse pela Avenida Paulista e a sua direita corresse um pequeno córrego de esgoto com algumas rampinhas na porta de cada edifício para entrar neles.


Logo se percebe o quanto de mosquito, ratos e outros transmissores deve-se ter por ali. Mas, infelizmente, isso não é tudo. Parece que não há coleta de lixo, então, pelas ruas, pequenos "lixões" se instalam. 

Mas fico mal de descrever Bissau desse jeito, afinal sei que todo bairro/cidade com problemas também tem sua riqueza e coisas muito interessantes.


Por isso, não vou ficar a descrever catástrofes e a colocar o país como o fim do mundo. O que eu vejo aqui não é muito além do que já vi no complexo da maré - RJ, em algumas áreas da Vila Albertina, ou em muitos bairros de Salvador - BA. 

Só que não dá para ignorar tudo isso nas primeiras impressões do lugar. Mesmo porque, nosso primeiro sentido é a visão. O conhecimento, o contato e as relações virão depois e , creio, é nessa área que tudo irá mudar.

Guine-Bissau

É realmente muito dificil fazer um primeiro texto sobre esta nova experiência que é estar na África e, em especial, Guiné-Bissau.
Bissau é um país a leste do continente, o que seria a "continuação" do estado do Pernambuco quando supostamente os continentes eram juntos.
Então, pra começar, dá pra dizer que a "geografia" daqui é muito semelhante. Clima quente, por vezes árido, com muita terra e poeira e, claro, isso determina muita coisa.

Exibir mapa ampliado

Por exemplo:
as roupas usadas são em geral leves e com cores.
Nos bairros pobres, as casas são feitas com tijolos de barro, construidos com a terra tirada do chão.

Claro que dizer bairro pobre, em termos sociais e econômicos, é um eufemismo. Porque não existe bairro rico. Mas mesmo dentro da homogeneidade da pobreza há uma diferença social gritante. E é dessa diferença que surge o trabalho que estou fazendo aqui, de cooperação na implementação de um projeto social na Comunidade São Paulo.

Mas disso volto a falar depois. Termino essa primeira impressão apenas dizendo que, com muitas diferenças, o que vejo aqui não é muito díspare do que já vi em minhas muitas andanças pelo nordeste brasileiro, especialmente no seu sertão.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Faça sua parte!

Clique na imagem para ampliar

"Fique atualizado! Clique ctrl + d, salve o blog na sua barra de favoritos e acesse sempre para ver as novidades"

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Proteção à mulher: Divulgue!

Casa de Saúde atenderá vítimas de estupro


Orientação para evitar a gravidez após um estupro ou para superar o trauma psicológico da violência de que foi vítima são algumas das atividades que uma equipe de especialistas realizam na Casa de Saúde da Mulher. Inaugurado neste mês, o novo centro foi montado para receber e atender mulheres vítimas de violência sexual. 

"O mais importante é ela procurar ajuda em até 72 horas", diz Rosiane Mattar, coordenadora do Serviço de Violência Sexual da Unifesp. 

Apesar de ser possível realizar o aborto legal nesses casos, a mulher

pode evitar a gravidez (ou seja, nem faz sentido falar em aborto, pois a gravidez ainda não existe) se o atendimento inicial ocorrer nesse prazo de três dias. "Muitas mulheres violentadas fingem que nada aconteceu e tentam esquecer. Percebem depois que estão grávidas", diz Fátima Ferreira Bortoletti, psicóloga integrante da equipe. 

"Dependendo de como a mulher é recebida, se dá a reabilitação dela ou não", diz Eleonora Menicucci, do Centro de Estudos em Saúde Coletiva da Unifesp, parceira da Obstetrícia e do Departamento de Enfermagem no projeto. 

Por isso, é importante o profissional que a atende ser preparado para a situação. "Basta um olhar para que a mulher se sinta discriminada. Ela é culpada pela sociedade: `Como você não reagiu?', perguntam. As pessoas se esquecem de que, naquela hora, a mulher entra em estado de choque", diz a psicóloga Caroline Parsit Ribeiro Vivone, também da equipe. 

Segundo Fátima, muitas acabam largando o trabalho e tendo graves problemas emocionais. As psicólogas acompanham as pacientes até que elas voltem ao serviço e consigam retomar relacionamentos afetivos, muitas vezes prejudicados pela agressão. "Elas passam a ver em qualquer homem um possível estuprador. Por isso, se isolam", diz. 

A vítima do estupro também poderá tomar remédios para evitar doenças como Aids, hepatite, sífilis e outras. Ao chegar à Casa, a mulher será recebida pelas enfermeiras, orientada sobre exames que fará e a medicação necessária. "É muito importante ela tomar os remédios. Muitas acabam parando por causa dos efeitos colaterais, como vômitos constantes", diz Rosiane. 

Ampliação 

O centro também atenderá outros casos delicados com o serviço de medicina fetal. Ele vai ser dirigido a mulheres que têm abortos espontâneos habituais, gravidez nas trompas e gestações de fetos com algum tipo de má-formação. A casa também dará apoio psicoprofilático a adolescentes grávidas e outras gestantes, isto é, ensinará às mães sobre o parto, cuidados com o recém-nascido, aleitamento materno e nutrição. 

Roteiro do socorro 

A mulher violentada poderá procurar diretamente a Casa de Saúde da Mulher Prof. Dr. Domingos Delascio - nome do ex-professor homenageado pela universidade. Caso a violência tenha ocorrido à noite, ela deve procurar um pronto-socorro (como o do Hospital São Paulo) para receber os cuidados de emergência e recolher material que poderá ser usado como prova no processo contra o agressor. No dia seguinte, ela será encaminhada para a Casa de Saúde da Mulher. 

Depois de também receber os cuidados médicos necessários, ela é encaminhada para as psicólogas do serviço. "No começo, elas vêm três vezes por semana. Não conseguem ficar sozinhas. Muitas vezes, nem contam para a família", diz a psicóloga Fátima. 

O trabalho dessas profissionais só pára quando a mulher já se sente bem para retomar a sua vida. "Muitas têm problemas com seus companheiros, perda de libido, fobias e medos", diz Rosiane. "Aqui elas serão acolhidas e respeitadas", conclui Eleonora Menicucci.

O que fazer em caso de violência sexual 

A mulher não precisa ir à delegacia para fazer boletim de ocorrência logo em seguida ao estupro. Ela deve procurar assistência médica, na Casa de Saúde da Mulher ou outro serviço. Se for à noite, procurar um pronto-socorro, como o do Hospital São Paulo. 
Não é preciso fazer laudo pericial no Instituto Médico Legal. O laudo médico serve como prova, se a vítima quiser processar o agressor. 
A gravidez pode ser evitada. As chances são maiores se procurar um médico em até 72 horas depois da violência. 
A mulher pode evitar adquirir doenças como Aids, hepatite e outras se procurar apoio médico e tomar todos os medicamentos necessários.

Onde fica

A Casa de Saúde da Mulher funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Rua Borges Lagoa, 418

Brasil Sem Miséria

"Pra quem adora dizer que o Bolsa Família é assistencialista, aí vai o desenvolvimento que ele precisava." Dani Ciasca



O Plano Brasil sem Miséria, que a presidenta Dilma Rousseff lança hoje (2), após seis meses no cargo, tem como uma das principais metas retirar 16 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014. A elevação da renda familiar per capita das famílias que vivem com até R$ 70 por mês, a ampliação do acesso aos serviços públicos, às ações de cidadania e às oportunidades geradas por políticas e projetos públicos são outros objetivos.
O programa será
apresentado pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e pela secretária extraordinária de Erradicação da Pobreza, Ana Fonseca. O evento contará com a presença de ministros, secretários, parlamentares, governadores, representantes da sociedade civil e de diversas entidades.
Nas últimas semanas, Tereza Campello promoveu encontros com governadores de diversos estados e representantes de movimentos sociais para discutir as ações do plano. Na última reunião, feita ontem (1º), o programa foi apresentado aos parlamentares da base aliada.
O Plano Brasil sem Miséria terá como foco capacitar as pessoas para que possam ter seu próprio sustento. O governo nega que o programa tenha a finalidade de corrigir falhas no Bolsa Família, maior programa de transferência de renda governamental, iniciado na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Cadastro Único, que contém as informações sobre 20 milhões de famílias brasileiras beneficiadas por programas sociais, será a principal ferramenta do plano. De acordo com a ministra, o cadastro único não é apenas do Programa Bolsa Família: com o aprimoramento do sistema, ele tornou-se uma ferramenta de planejamento do governo federal para um conjunto de ações.
Em todo o Brasil, 16,2 milhões de pessoas vivem na miséria, o equivalente a 8,5 % da população. A maioria dos brasileiros em situação de extrema pobreza é negra ou parda. Além disso, o Maranhão, o Piauí e Alagoas são os estados com os maiores percentuais de pessoas em situação de extrema pobreza.
Na Região Nordeste estão quase 60% dos extremamente pobres (9,61 milhões de pessoas). Em seguida, vem o Sudeste, com 2,7 milhões. O Norte tem 2,65 milhões de miseráveis, enquanto o Sul registra 715 mil. O Centro-Oeste contabiliza 557 mil pessoas em situação de extrema pobreza.
Entre os extremamente pobres, 46,7% vivem no campo, que responde por apenas 15,6% da população brasileira. De cada quatro moradores da zona rural, um encontra-se na miséria. As cidades, onde moram 84,4% da população total, concentram 53,3% dos miseráveis.
A miséria atinge mulheres e homens da mesma forma: 50,5% contra 49,5% respectivamente. No entanto, na área urbana, a presença de mulheres que vivem em condições extremas de pobreza é maior, enquanto os homens são maioria no campo.
Além da renda baixa, a parcela da população em extrema pobreza não tem acesso a serviços públicos, como água encanada, coleta de esgoto e energia elétrica. Estima-se, por exemplo, que mais de 300 mil casas não estão ligadas à rede de energia elétrica.
Da Agência Brasil

A pesquisa para o diretor teatral

Montar um espetáculo não é e nunca será uma tarefa fácil.

Primeiro, porque um bom espetáculo precisa que todos os integrantes tenham uma visão madura e crítica sobre o tema abordado.


Como fazer uma Medeia sem saber quem foi Eurípedes, ou qual a impotância do Mito e da Religião na Grecia Antiga?


Como encarar 2 perdidos sem pensar no abandono familiar, na precarização da força de trabalho e nas relações egoístas-possessivas que as pessoas estabelecem entre si?


Essa fase que estou na direção deste novo espetáculo na Cia Daraus é a que dá mais prazer, mas também é a mais difícil pelas incertezas do que virá e do como virá.