quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

(RE) APROVEITE: Ideia para fechar alimentos

Olha que ideia bacana que vi no blog Meio Ambiente, mas parece que já é sucesso em toda a web, estou até atrasada com a novidade.
Ao invés de jogar fora as garrafinhas de água, que tal (re)utilizá-las para fechar alimentos? Olha só:
1. Com a ajuda de uma tesoura

S.O.S SP

Socorro!!!


Ao ver a lista dos novos secretários do Estado de SP não tem ninguém que preste.
Pobre Estado que vai na contramão do Brasil e logo sentirá na pele e na economia o que isso significará.


Veja os nomes:
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/12/alckmin-anuncia-ultimos-nomes-de-seu-secretariado.html

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Poesia e Prosa

Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?

Êxtase no Cortejo Afro

VocÊs não teem noção do que foi estar no ensaio do Cortejo Afro, na última
segunda, 27/12, no Pelourinho.


É tudo o que eu amo na Bahia.


A energia espetacular do povo se divertindo. A cultura afro-brasileira no estado puro. As músicas que tem colocam pra cima.


O povo bonito.


O "CALOR" humano.


Mas se não bastasse tudo isso, no ensaio dessa segunda ainda teve a participação de Margareth Menezes.


O que mais eu podia querer?

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Indigenas escancaram: o estado está ausente.

Assistir a essa matéria de televisão (ver abaixo) é uma importante aula das consequencias de um estado ausente.


A triste formação desta milícia indígena é um ato de desespero dos tikunas com a situação degradante em que
se encontram seus habitantes.


E quando eu digo estado ausente, não estou só a dizer da polícia federal. Quem vê a matéria com um pouco mais de cuidado percebe que falta aí uma política educacional e de promoção social do orgão competente: FUNAI.


Sem dúvida o Brasil é um país enorme. Mas não podemos permitir que os Tikunas formem grupos paramilitares,  como também é preciso agir socialmente para que a área não seja uma favela indígena. 


Está evidente que os valores tradicionais da cultura indígena estão perdidos neste local.


Cabe a FUNAI agir para resgatá-los e conseguir salvá-los da completa degradação.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Bahia, terra da felicidade




















MAIS FOTOS






Confusoes de prosodia

Gosta de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Obrigado, presidente!

Obrigado por fazer do meu país o que ele é hoje.


Obrigado por mostrar à todas as pessoas que o preconceito de classe é puro preconceito, pois qualquer cidadão é capaz de fazer um bom trabalho se estiver disposto a isso  e se lhe derem as oportunidades.


Obrigado por me fazer pensar: Vale a pena!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pequenos gestos geram comportamentos.



Conheço muita gente, incluindo aí baianos, que reclama da sujeira de Salvador. Também encontro muito discurso preconceituoso dos próprios baianos com relação a seu povo:


-"A mulher baiana se veste muito vulgar"
- "Aqui as pessoas são muito mal educadas"


Toda vez que isso acontece fico refletindo. Afinal,
trabalho numa favela em SP e poderia dizer que lá é um microcosmo da cidade de Salvador.


Sim, é verdade que tanto em SSA quanto na Vila Albertina as pessoas teem o péssimo hábito de jogar o lixo no chão, sem nenhum cuidado com o bem público.


E também não vou aqui defender que isso seja feito. Mas fico pensando o quanto dessas atitudes refletem no jeito de ser das pessoas?


Pois é inegável e os próprios baianos reconhecem que as relações interpessoais aqui em Salvador, e na Bahia em geral, são infinitamente melhores do que em São Paulo.  Aqui as pessoas se olham, se cumprimentam e conversam umas com as outras, mesmo sem se conhecer. Aqui você pode perguntar  sobre como chegar em algum lugar que quase ninguém vai te olhar com cara feia. Pelo contrário, vão explicar com detalhes e um sorriso no rosto.


Tenho a sensação de que a medida que uma sociedade vai ficando mais "civilizada" ela vai ficando mais chata e individualista. O tempo que se gasta em São Paulo para deixar um lugar "limpo e organizado" é o tempo que se perde para conversar sobre a vida e de compartilhar com o outro alegrias, histórias e curiosidades.


Há que se ter o mínimo de cuidado com higiene, saúde e respeito ao bem público mas passou do mínimo já vira exagera, vira o higienismo hitlerista. Ou você ainda não percebeu que a sala da sua casa provavelmente é pintada de branca e você se esforça todo o dia para deixá-la limpa, sem nenhuma mancha escura de pó?


Tudo isso pode parecer um exagero, mas vale a pena refletir o quanto não introjetamos em pequenos gestos uma ideologia de raça e elitista.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Abandonem o Joãozinho.

Vanessa da Mata começa a música Joãozinho dizendo: "nós que somos um país tão branco, tão alemão. E temos vergonha do nosso cabelo".
E de fato é isso. As meninas teem vergonha de seu cabelo encaracolado e enriquecem as fábricas de chapinha do Brasil.

E eu pergunto: por que?

Tenho uma amiga, a Ione, que tem o cabelo encaracolado. Quando ela anda com ele solto fica tão bonita. Tão marcante de sua personalidade.

Só que se você anda por São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades do Brasil o que você vê?
Cabelo alisado, ou como se dizia antigamente, cabelo com penteado de Joãozinho.

Que bom seria se as pessoas não tivessem vergonha de suas origens e de seus traços e o assumissem com a beleza que eles realmente tem.


Cachos são belos sim. Só toscos não percebem isso e dizem: seu cabelo é ruim. Ruim é a sua cabeça, meu filho!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O que me fascina na Bahia

Quando chegou na Bahia parece que estou em outro país.
Nunca fui a Cuba, mas aqui sempre tenho a sensação de que estou lá. Só falta, é claro, que não houvesse as desigualdades sociais.


O que mais me encanta nessa terra é a mistura dos povos. É ver na Bahia e em Salvador o lugar mais negro do Brasil.
Só aqui percebo o negro tendo orgulho de ser negro. O negro andando com seus rastafaris quando este gosta. A negra andando com seus balangandãs e seus guias sem ter medo ou vergonha de sua religião.
Isso, sem falar, que aqui os outdores tem muita publicidade com negros no foco principal.


Quando o ônibus passa por ondina, sobe a ladeira e começa a descer em direção ao farol da barra eu tenho a certeza: TEREI DIAS FELIZES!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Excelente foto

Independente de ideologias ou partidos políticos essa é uma bela foto tirada por Antonio Cruz , da Agência Brasil.
Além de ser bem simbólica.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

SP, capital da intolerância 02

clique aqui e veja sobre homofobia no blog

Mais um ataque homofóbico. Agora na rua Frei Caneca, na madrugada de sabado pra domingo. Nem sei mais o que dizer. Veja o vídeo:

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

SP, capital da intolerância

Esta é São Paulo, reduto da violência, da intolerância, do fascismo brasileiro e, agora, da homofobia. A mesma cidade que abriga a maior parada gay do mundo produz isso:

"Fique atualizado! Clique ctrl + d, salve o blog na sua barra de favoritos e acesse sempre para ver as novidades"

Fluminense Quebra Tudo

A equipe carioca, comandada pelo rei dos pontos corridos, Muricy Ramalho, conquista o campeonato brasileiro de futebol de 2010 e quebra a hegemonia das grandes torcidas que durava desde 2005.

Bom para o futebol que não deve
ter graça quando comandado por 3 times sempre.
Na Europa é assim. Milan, Inter e Juventus na Italia. Barcelona e Real Madrid na Espanha, Bayern M e Stutgart na Alemanha e Ajax e PSV na Holanda, por exemplo, estão sempre entre os que irão ganhar a liga.

Aqui nas terras tupiniquins, desde 2005 Corinthians (05), São Paulo (06, 07 e 08)e Flamengo (09) as trÊs maiores torcidas do país tendem a dominar a liga local, sempre bombardeada por meia dúzia de jornalistas que não conseguem enxergar o óbvio: os pontos corridos além de ser mais justo é muito mais emocionante.
E esse ano quase a hegemonia é mantida. Só não foi porque o Fluminense quebrou tudo: a hegemonia dos grandes e a seca de títulos brasileiros (o último foi em 1984).

Parabéns ao tricolor carioca que depois de amargar uma terceira divisão volta ao lugar que merece e deve sempre estar!

Agora vamos parar com essa balela de tricampeão brasileiro. O campeonato brasileiro começou em 1971 , "punto e basta!"e tudo que vem antes não é brasileiro, bem como em 1987 o campeão brasileiro é o SPORT .

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Tá foda essa história do RJ

Seus fascistas do caralho.
Comemorem mesmo a entrada da polícia carioca nas favelas.
Afinal, temos a polícia mais honesta do mundo não é?
Não dá pra ver esse vídeo e não se revoltar!



E TEM MAIS

domingo, 28 de novembro de 2010

Circo armado no RJ só engana quem quer.

É impossível falar sobre o que está acontecendo no Rio de Janeiro e não citar o filme
Tropa de Elite (clique aqui pra ver o que achei do filme).






Vou tentar então não repetir o que muito bem já disse o Marcelo Freixo (clique aqui para ler).


Lembrando então do filme: o primeiro começa falando sobre o trabalho do BOPE pra controlar os morros na visita do Papa ao Brasil.


Não é  muito diferente do que a gente vê hoje. Só é mais escancarado.


O governo do RJ está fazendo o show pra inglês ver que a mídia golpista queria. Eu não estou aqui defendendo que o Estado continue ausente dos morros, das favelas, mas não é a polícia quem vai resolver o problema da violência no RJ.


Porque o que está sendo feito é a velha limpeza "étnica" e a tática de aproveitar do tema combate ao tráfico pra matar indiscriminadamente os pobres e pretos das favelas cariocas e, assim, diminuir um pouco dessa "gentalha" como a elite define os moradores da periferia.
O confronto, a meu ver, seria necessário nessa intensidade para desarticular o tráfico se já houvesse uma política pública de valorização dos demais moradores, dando saneamento básico, moradia, saúde e educação descente pros que moram ali.


Porque na atual situação, muito traficantes serão presos e mortos, mas o sistema que leva a criação destes personagens continua existindo e, em pouco tempo, outros assumirão seus postos.


Ou alguém duvida disso?

O professor precisa ser um Agitador Cultural

por Carlos Henrique Kessler



“Podemos dizer que na relação professor-aluno a transferência se produz quando o desejo de saber do aluno se aferra a um elemento particular, que é a pessoa do professor.” (Kupfer, 1989, p. 91)


Para Freud "há um investimento necessário do aluno no conteúdo ministrado, que necessariamente é
atravessado pelo estilo de seu professor e, portanto, pela relação entre estes.



Como efeito desses investimentos, podem produzir-se identificações as mais variadas, quer ao conteúdo
ministrado, quer ao interesse pelo estudo em si, incidindo, portanto, na formação do eu.


Coloca-se a educação numa perspectiva interessante, como o que pode inscrever no sujeito alguns elementos fundamentais, que potencializem e qualifiquem as marcas que ele irá deixar de sua passagem pela existência.



Não podemos omitir ainda aqui o auxílio que Lacan (1985;1992) traz, ao efetuar o resgate desde Sócrates (em Platão, 1987) da noção de desejo, enquanto situado em sua relação intrínseca com o que nos falta. Lembra também que somos constituídos como sujeito a partir dos ideais de nossos pais e, em última instância, da cultura, nosso desejo sendo desta forma articulado ao Outro.



Paulo Freire, numa de suas últimas vindas a Porto Alegre, por outra via, convergia para o mesmo. Dizia que queria ser otimista, pensando em um mundo em que não fosse aceito como argumento pela sociedade aquele que então era enunciado pelo governador de São Paulo frente a uma greve de professores (que estes certamente mereciam um salário melhor, mas que ‘infelizmente’ não dispunha de verbas para tal). Evidentemente que se trata de prioridades, não só do governador de plantão, mas principalmente da sociedade que aceita, deixa-se convencer por tais argumentos (teríamos que admitir que estes baixos salários seriam incontornáveis, atrelados à origem escravagista (Fleig, 1999) da profissão do educador?).


Tem-me parecido que os educadores não têm outra escolha do que entrar na luta, disputar o interesse dessa sociedade e, em particular, dos alunos, neste mundo já tão repleto de apelos de marketing, a imagens e estereótipos. Precisaria necessariamente ser um agente (ou “agitador”) cultural, uma espécie de militante da cultura.



Desfraldar permanentemente esta bandeira, buscando fazer com que seus alunos possam enxergar-se como estando mergulhados nesta dimensão. Um professor não terá a menor chance restringindo-se a ser bom conhecedor dos temas da sua área, um bom “técnico”, um mero transmissor de informações e conteúdos. 


Necessitaria estar ligado (plugado) aos acontecimentos de forma ampla, às novidades tecnológicas, ao debate do momento entre os filósofos, ao que anima os comentários dos “simples mortais” e que repercute via imprensa, à última tendência entre os jovens... A partir desta perspectiva mais ampla, talvez ele possa indicar as conexões com o que há para ser ensinado em sua área específica e ser, eventualmente, escutado com a atenção, respeito e consideração necessários a uma aprendizagem que será para a vida, no sentido que Freud (1914) situou como sendo a mais importante influência que se pode esperar receber de um mestre. De qualquer forma, ele sempre poderia argumentar, por exemplo, que bem, qualquer um pode dedicar-se intensamente a ter uma vida confortável, boa alimentação, bons cuidados com a saúde, roupas, transporte,
ambiente climatizado, etc - estes que são alguns dos apelos da sociedade de consumo - mas que talvez isso não seja muito distante da vida de alguns eqüinos ou bovinos de raça, que também têm todo o conforto material possível. 


Na medida em que tiverem a felicidade de dar o devido destaque a estes elementos, talvez possam os professores ter alguma chance de conquistar um “nicho” no mercado das atenções de alguns que seja dos seus alunos. E aí voltaria a ser de utilidade considerar o que vimos anteriormente sobre desejo, ideais, transferência,...



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALLIGARIS, C. Sociedade e indivíduo. In: FLEIG, M. Psicanálise e sintoma social. São
Leopoldo: UNISINOS, 1993.
_____________. Três conselhos para a educação das crianças. In: APPOA. Educa-se uma
criança? Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1994.
FLEIG, M. O discurso do professor: entre a autoridade e a escravidão. In: Correio da APPOA.
Porto Alegre, nº 69, p. 35-40, jun. 1999.
Freud, S. (1914) Algumas reflexões sobre a psicologia do escolar. In: Edição standard brasileira
das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1974.
________. (1920) Além do princípio do prazer. In: Edição standard brasileira das obras psicol
ógicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1974.
________. Psicologia dos grupos e análise do ego. In: Edição standard brasileira das obras
psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro, Imago, 1974.
KUPFER, M.C.M. Freud e a educação: o mestre do impossível. São Paulo: Scipione, 1989.
LACAN, J. O eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise. In: O seminário - livro 2. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar ed , 1985.
________. A transferência. In: O seminário - livro 8. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed, 1992.
PLATÃO. O Banquete. In: Diálogos. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

A crise no RJ

por Marcelo Freixo, na Folha de S. Paulo, via Vermelho
Dezenas de jovens pobres, negros, armados de fuzis, marcham em fuga, pelo meio do mato. Não se trata de uma marcha revolucionária, como a cena poderia sugerir em outro tempo e lugar.
Eles estão com armas nas mãos e as cabeças vazias. Não defendem ideologia. Não disputam o Estado. Não há sequer expectativa de vida.
Só conhecem a barbárie. A maioria
não concluiu o ensino fundamental e sabe que vai morrer ou ser presa.
As imagens aéreas na TV, em tempo real, são terríveis: exibem pessoas que tanto podem matar como se tornar cadáveres a qualquer hora. A cena ocorre após a chegada das forças policiais do Estado à Vila Cruzeiro e ao Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro.
O ideal seria uma rendição, mas isso é difícil de acontecer. O risco de um banho de sangue, sim, é real, porque prevalece na segurança pública a lógica da guerra. O Estado cumpre, assim, o seu papel tradicional. Mas, ao final, não costuma haver vencedores.
Saco de cocaína apreendida no Morro do Alemão
Esse modelo de enfrentamento não parece eficaz. Prova disso é que, não faz tanto tempo assim, nesta mesma gestão do governo estadual, em 2007, no próprio Complexo do Alemão, a polícia entrou e matou 19. E eis que, agora, a polícia vê a necessidade de entrar na mesma favela de novo.
Tem sido assim no Brasil há tempos. Essa lógica da guerra prevalece no Brasil desde Canudos. E nunca proporcionou segurança de fato. Novas crises virão. E novas mortes. Até quando? Não vai ser um Dia D como esse agora anunciado que vai garantir a paz.
Essa analogia à data histórica da 2ª Guerra Mundial não passa de fraude midiática.
Essa crise se explica, em parte, por uma concepção do papel da polícia que envolve o confronto armado com os bandos do varejo das drogas. Isso nunca vai acabar com o tráfico. Este existe em todo lugar, no mundo inteiro. E quem leva drogas e armas às favelas?
É preciso patrulhar a baía de Guanabara, portos, fronteiras, aeroportos clandestinos. O lucrativo negócio das armas e drogas é máfia internacional. Ingenuidade acreditar que confrontos armados nas favelas podem acabar com o crime organizado. Ter a polícia que mais mata e que mais morre no mundo não resolve.
Falta vontade política para valorizar e preparar os policiais para enfrentar o crime onde o crime se organiza – onde há poder e dinheiro. E, na origem da crise, há ainda a desigualdade. É a miséria que se apresenta como pano de fundo no zoom das câmeras de TV. Mas são os homens armados em fuga e o aparato bélico do Estado os protagonistas do impressionante espetáculo, em narrativa estruturada pelo viés maniqueísta da eterna “guerra” entre o bem e o mal.
Como o “inimigo” mora na favela, são seus moradores que sofrem os efeitos colaterais da “guerra”, enquanto a crise parece não afetar tanto assim a vida na zona sul, onde a ação da polícia se traduziu no aumento do policiamento preventivo. A violência é desigual.
É preciso construir mais do que só a solução tópica de uma crise episódica. Nem nas UPPs se providenciou ainda algo além da ação policial. Falta saúde, creche, escola, assistência social, lazer.
O poder público não recolhe o lixo nas áreas em que a polícia é instrumento de apartheid. Pode parecer repetitivo, mas é isso: uma solução para a segurança pública terá de passar pela garantia dos direitos básicos dos cidadãos da favela.
Da população das favelas, 99% são pessoas honestas que saem todo dia para trabalhar na fábrica, na rua, na nossa casa, para produzir trabalho, arte e vida. E essa gente — com as suas comunidades tornadas em praças de “guerra”– não consegue exercer sequer o direito de dormir em paz.
Quem dera houvesse, como nas favelas, só 1% de criminosos nos parlamentos e no Judiciário…
*Marcelo Freixo é deputado estadual (PSOL-RJ), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

sábado, 27 de novembro de 2010

1ª Universidade Afro Brasileira

Em dezembro será lançada a pedra fundamental da 1ª Universidade Federal Afro-Brasileira, em Redenção, Ceará.
Maravilha de notícia

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Explorar idosos: uma das marcas do capitalismo

Depois as pessoas não entendem porque sou anti-capitalista.
É abominável a maneira como as empresas se planejam para sobreviver a custa da ignorância das pessoas.
Tenho uma avó que não entende muito
de questões tecnológicas e nem de planos de assinatura.

Frequentemente ela recebe ligações querendo convencê-la a mudar de plano do seu celular, a adquirir um cartão de crédito ou a incrementar seu plano da net.

E como todos que um dia já tentaram cancelar uma assinatura sabem, os telemarketings são treinados a insistir e convencer, as vezes até pelo constrangimento que muitos brasileiros têem em dizer NÃO, a pessoa a fazer o que ele está dizendo ser melhor para ela.

E assim, as empresas sobrevivem.

Hoje foi a VIVO quem ligou aqui em casa para que minha avó mudasse de plano.

Eu só pude dizer a ela:
Você acha que alguma empresa vai te ligar para oferecer algo onde ela ganhe menos dinheiro com você?

Daí vem as leis, que no Brasil não funcionam. Deveria existir uma maneira de proibir e punir que qualquer pessoa acima de uma certa idade fosse abordada por vendedores via telefone.

Também não podemos nos esquecer dos milhões de brasileiros que têem telefone e são constantemente instigados nas propagandas das novelas e dos programas da tarde a consumir, consumir e consumir, mas não possuem o mínimos de instrução para saber se o que o vendedor está dizendo é realmente bom para ele.

E assim sobrevivem as empresas. E assim é o capitalismo: movimentar a máquina do capital utilizando-se da exploração da ignorância e boa fé das pessoas.

Por isso: sou de esquerda sim (clique aqui para ver mais).

Adolescentes homofóbicos 3: Foragidos

A prisão desses FDPs  foi decretada. Só um se entregou os outros


Do uol...
Um dos menores acusados de agredir cinco pessoas na avenida Paulista, na região central de São Paulo, se entregou no final da tarde desta quinta-feira na vara da Infância e da Juventude, de acordo com a assessoria de imprensa da Fundação Casa.


O menino, de 17 anos, estava acompanhado de familiares e do advogado. Depois de passar por uma audiência com o juiz, ele foi levado para a unidade de atendimento inicial da Fundação Casa e, em seguida, seria levado para uma unidade de internação provisória.


Os outros quatro menores, cuja apreensão foi determinada pela Justiça na última terça-feira (23), ainda não se entregaram. Eles são considerados foragidos, já que não foram localizados pelo oficial de Justiça responsável pela apreensão.

Segundo o delegado-assistente do caso, Renato Felisoni, o oficial de Justiça foi informado de que eles não são vistos lá há vários dias. "Eles estão tentando não ser pegos", disse o delegado.

Um dos advogados de um dos meninos de 16 anos, Davi Gebara Neto, disse que não sabe onde está seu cliente. Os outros defensores não foram localizados.

Os meninos são acusados pela polícia de serem os responsáveis pela agressão a cinco pessoas, em quatro ataques diferentes, no último dia 14.

Jonathan Lauton Domingues, 19, que também é acusado das agressões, deve ter a prisão preventiva pedida pela polícia até sexta-feira (26).

INTERNAÇÃO

A 1ª Vara da Infância e Juventude de São Paulo decretou na segunda-feira (22) a internação na Fundação Casa (antiga Febem) dos quatro adolescentes envolvidos nas agressões. A internação foi pedida pela promotora da Infância e Juventude Ana Laura Lunardelli. O caso está sendo investigado pelo 5º DP (Aclimação) e ainda não há denúncia formal. Cabe recurso à decisão.

O advogado Alexandre Dias Afonso, que defende um dos meninos, afirmou que vai recorrer da decisão. De acordo com ele, os adolescentes cumprem todos os requisitos necessários para responderem em liberdade.

O delegado Renato Felisoni, responsável pelo caso, disse que deve entregar o inquérito sobre o caso para o Ministério Público na próxima sexta-feira (26). A polícia já havia informado que irá indiciar os jovens sob suspeita de lesão corporal gravíssima e formação de quadrilha, mas o delegado disse acreditar que há elementos suficientes para que a Promotoria os denuncie (acuse formalmente) também por tentativa de homicídio.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Adolescentes homofóbicos 2

Jonathan Lauton, um dos agressores
homofóbicos
To puto! To indignado de acompanhar essa história e vou me revoltar se esses moleques, homofóbicos e bandidos ficarem soltos.
Mais uma vítima clique em mais informacoes:


Do uol...

A Polícia Civil de São Paulo informou nesta terça-feira que mais um jovem se apresentou informando que também teria sido vítima de agressões pelo mesmo grupo de jovens --quatro adolescentes e um adulto-- suspeitos de ataques no dia 14 na avenida Paulista.


De acordo com a polícia, ele seria a quinta pessoa agredida. O rapaz teria apanhado na saída de uma festa, em Moema, no mesmo dia das outras agressões.


Segundo o delegado José Matallo Neto, o jovem, um estudante de 19 anos, teria esbarrado em um dos meninos, de 17 anos. Ele teria, então, sido espancado pelo grupo.

O rapaz ainda tem sequelas: está com parte dos dentes amolecidos e não consegue se alimentar direito. Ele terá que passar por tratamentos dentários para se recuperar.

INTERNAÇÃO

A 1ª Vara da Infância e Juventude de São Paulo decretou ontem a internação na Fundação Casa (antiga Febem) dos quatro adolescentes envolvidos nas agressões. A internação foi pedida pela promotora da Infância e Juventude Ana Laura Lunardelli. O caso está sendo investigado pelo 5º DP (Aclimação) e ainda não há denúncia formal. Cabe recurso à decisão.

O advogado Alexandre Dias Afonso, que defende um dos meninos, afirmou que vai recorrer da decisão. De acordo com ele, os adolescentes cumprem todos os requisitos necessários para responderem em liberdade.

O delegado Renato Felisoni, responsável pelo caso, disse que deve entregar o inquérito sobre o caso para o Ministério Público na próxima sexta-feira (26). A polícia já havia informado que irá indiciar os jovens sob suspeita de lesão corporal gravíssima e formação de quadrilha, mas o delegado disse acreditar que há elementos suficientes para que a Promotoria os denuncie (acuse formalmente) também por tentativa de homicídio.

Na semana passada, o segurança de um prédio da avenida Paulista que presenciou uma das agressões prestou depoimento no 5º DP. Rafael Fernandes disse à polícia que, depois de socorrer o jovem agredido, perguntou aos agressores por que tinham avançado contra ele. "Batemos porque ele é veado, foi o que eles me responderam. Aparentemente, foi preconceito", disse o segurança.

ATAQUES


Os jovens são suspeitos de três ataques no mesmo dia na avenida Paulista. Eles são de classe média, e, conforme relatos iniciais, as agressões ocorreram sem motivo aparente.

Dois dos ataques ocorreram por volta das 6h30 próximo à estação Brigadeiro do Metrô, na av. Paulista. Os jovens, segundo a família e advogados, voltavam de ônibus de uma festa em Moema.

De acordo com as vítimas Otávio Dib Partezani, 19, e Rodrigo Souza Ramos, 20, eles estavam próximos a um ponto de táxi quando viram o grupo caminhar na direção de ambos, mas sem demonstrar qualquer agressividade.

Mas quando o grupo chegou próximo aos dois iniciou os ataques. O grupo dizia, segundo as vítimas, "Suas bichas", "Vocês são namorados!". Rodrigo fugiu para o metrô, quando Otávio foi agredido por três rapazes.

Logo após essa agressão, o quinteto atacou outro jovem, Luís, 23, que estava com dois colegas. Ele foi ferido no rosto e na cabeça com lâmpadas fluorescentes. Os colegas não foram agredidos, segundo a polícia. Seu sobrenome foi preservado a pedido dele.

Testemunhas que viram as agressões chamaram a PM e os jovens foram levados para o 5º DP (na Aclimação). O agressor de 19 anos chegou a ser preso, mas foi liberado para responder em liberdade.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Diario de Bordo

Caramba. Quanto mais escrevo no blog, mas temas interessantes aparecem.
Esse post é só um desabafo de quem quer falar sobre muitas coisas e não sabe por onde começar.
Alguma idéia?
FALA POVO!

Ti ti ti entorno de Caio Castro já é exagero.

Não sou muito de assistir novelas.

Há tempos me livrei desse vício.

Sim, porque a telenovela no Brasil é tão prejudicial à saúde quanto o tabaco e o álcool.

Conheço gente, e eu já fui assim, que
 deixa de sair, de encontrar com os amigos, de ler um bom livro ou até ver o por do sol na praia para ficar vendo novela.

Mas, vez ou outra, me deixo levar por algumas delas.

Em geral, escolho-a pelo autor: Silvio de Abreu, Gilberto Braga e, agora, João Emanuel Carneiro estão na lista dos que quero sempre ver.

Aguinaldo Silva e Manoel Carlos fujo como o diabo da cruz.

E o Benedito Ruy Barbosa e o Walcyr Carrasco que considero bons autores, mas com algumas características que me irritam um pouco, por isso não vejo.

Bem. O fato é que após dois anos sem ver novela resolvi assistir Passione (Silvio de Abreu). Já não estava muito contente com ela quando, por outros motivos, fui ver os primeiros capítulos de TI TI TI e acabei trocando uma pela outra. Passione é chata, arrastada e sem grandes novidades. TI TI TI é ágil, bem humorada e uma das poucas novelas que dialoga com o mundo contemporâneo. A internet está muito presente na história e de uma maneira não forçada. Ponto para Maria Adelaide Amaral, única mulher dramaturga de telenovelas que conheço

Agora, a galera exagera.

Mais uma cena de choro de Caio Castro, pra delírio das fãs.
Outro dia, o TT's do Twitter (expressões mais usadas no momento) era Caio Castro. Só porque o menino fez uma cena desesperado, chorando e se agarrando as pernas da amada já foi colocado como grande ator. Pow. Menos né, gente.

Ele está desempenhando bem seu papel, é fato, mas precisa praticar e estudar muito pra chegar a uma composição de personagem como a dos estilistas feitos por Murilo Benicio e Alexandre Borges.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

1ª Mostra Etalon Yennenga de Cinema Africano

Na sequencia de atividades que marcam o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), será realizada em São Paulo a 1ª Mostra Etalon Yennenga de Cinema Africano. Os filmes serão exibidos entre os dias 21 e 25 deste mês na Matilha Cultural (Rua Rego Freitas, 542, Centro).
  


Realizada pela Odun Formação & Produção com apoio da Matilha Cultural e da Embaixada Francesa, a mostra é (clique aqui para continuar)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Adolescentes homofóbicos


SÃO PAULO – Cinco adolescentes agrediram três gays na Av. Paulista na manhã deste domingo, 14. Dos agressores, quatro são menores de idade, entre 16 e 17 anos, e um de 19 anos. A primeira agressão do grupo de amigos homofóbicos aconteceu contra os dois rapazes na altura da estação Brigadeiro do metrô, por volta das 7h.

Conforme informou o R7, os dois jovens foram feridos com
socos e pontapés. Um deles conseguiu fugir para a estação do metrô. O outro foi bastante ferido e encaminhado para oHospital Oswaldo Cruz, no bairro Vergueiro.

Conforme os agredidos e testemunhas, os agressores gritaram durante o ataque: “Suas bichas, vocês são namorados. Vocês estão juntos". Já o terceiro agredido foi o estudante de jornalismo Luis Alberto, 23.

Segundo ele, um dos agressores o chamou e, quando ele se virou, foi atingido por uma lâmpada florescente, que estava em uma lixeira próxima ao local. A polícia foi chamada por um radialista de 34 anos, que passava pelo local. Presos, os agressores foram encaminhados ao 5º Distrito Policial, no bairro da Aclimação. Segundo o delegado Alfredo Jang, a motivação parece ter sido mesmo a homofobia. “Foi uma violência gratuita, covarde e sem possibilidade de defesa”, disse Jang.

Pais ausentes, filhos homofóbicos – Familiares dos agressores estavam na delegacia. Apenas a mãe de um deles comentou o caso. Trata-se da publicitária Soraia Costa, 37. Segundo ela, os agressores – inclusive seu filho – estudam em uma escola do bairro Itaim Bibi, área nobre paulistana. Para justificar a ação violenta do filho de 16 anos e dos demais jovens ela disse: “Todos são crianças. Estão chorando. Foi uma atitude infantil. A palavra para descrever o que sinto não é vergonha, mas estou sensibilizada porque os meninos estão machucados”, disse a mãe do adolescente homofóbico.

Os menores agressores foram encaminhados para a Fundação Casa. O maior de idade foi indiciado por lesão corporal gravíssima e formação de quadrilha. De acordo com o delegado os jovens não fazem parte de grupo de skinheads. “São brancos, saudáveis, usam roupas normais e não têm tatuagens”, disse o delegado Jang.

Tal pai, tal filho – Para justificar a agressão gratuita, os jovenzinhos homofóbicos e filhos de papai e mamãe, disseram que agrediram os gays porque foram "cantados". O pai de um dos agressores mostra a postura dos filhos diante do que declarou. Segundo afirmou, cogita a possibilidade de processar o gay que teria dado a "cantada" no seu filho por aliciamento de menores.

No entanto, se eximiu das suas responsabilidades do que prega o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que pune pais que deixam os filhos menores de idade na rua após às 22h. Os advogados dos burguesinhos homofóbicos vão dar entrada de um pedido naVara da Infância e Juventude que não entre com o pedido de custódia, ou seja, de prisão dos adolescentes. Veja a reportagem do R7:



fonte: site Mundo mais

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ir ao cinema

Uma noite, dois filmes. Emoções completamente diferentes que terei a ousadia de tentar retratar aqui.

Jose e Pilar

Esta noite ganhei um presente.
O mais curioso é que seu autor jamais saberá que me o deu. Trata-se de Miguel Gonçalves Mendes, diretor do Filme Jose e Pilar.
Eu, que sou fã de tudo que Jose Saramago fez e disse fiquei
encantado com essas duas horas de vivência íntima com ele e sua mulher.
Não sei bem explicar racionalmente porque gosto tanto de sua obra. Só sei que quando leio/lia um livro seu sentia o que é poesia e arte. As palavras são postas por Saramago de uma maneira muito questionadora e ao mesmo tempo lírica. 
E assim é também a película.
O mote é o amor na velhice, mas , no fundo, se traz as questões básicas do sentido da vida e de como levamos a vida.
Ainda que tenha sido belo o final, depois de tanta dedicação Miguel poderia ter preservado o autor de dizer a Pilar o que ele não disse no sentido que a edição nos faz crer. Afinal, ele era um ateu confesso.




DEPOIMENTOS SOBRE O FILME