sexta-feira, 27 de abril de 2012

Homossexualidade na rede.

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A internet parece ter tomado o lugar dos antigos guetos urbanos e se tornado passagem quase obrigatória para gays no processo de autodescoberta

Historicamente, em geral, homens e mulheres mantiveram seus anseios homoeróticos em segredo, o que lhes dava a sensação de serem únicos e viverem o fardo de um desejo secreto sem ter com quem compartilhar temores e sofrimentos. Alijadas do espaço público, sexualidades marginalizadas foram se restringindo a locais de encontros e espaços reduzidos das grandes cidades, restando pouca ou nenhuma opção para a maioria dos homo-orientados que viviam – e ainda vivem – em cidades médias, pequenas, na zona rural ou mesmo na periferia das metrópoles. A despeito das polêmicas e imprecisões, esses territórios foram chamados, inicialmente, de guetos.

Segundo os antropólogos Júlio Assis Simões e Isadora Lins França, nos anos 90, no Brasil, o gueto – ou “meio” – começou a dar lugar a um circuito comercial complexo e geograficamente amplo. A partir de 1997, a internet comercial iniciou o processo de expansão no Brasil, transferindo, ampliando e até mesmo recriando o espaço para a socialização de sexualidades dissidentes. A rede ampliou códigos do universo lésbico e gay metropolitano (sobretudo de São Paulo e do Rio de Janeiro) para o resto do país e o inseriu no circuito internacional.

Hoje, a internet parece ter tomado o lugar dos antigos guetos urbanos e se tornado passagem quase obrigatória para homossexuais no processo de autodescoberta, em seus

contatos sexuais ou amorosos e na criação de redes de apoio. Afirmações como “sou fora do meio” ou “procuro alguém fora do meio (como eu)” são recorrentes nos anúncios sexuais, na apresentação em bate-papos on-line ou mesmo nos perfis de redes de relacionamento e reafirmam a perspectiva de que os pontos de encontro de culturas sexuais não hegemônicas seriam marginais, perigosos e, sobretudo, denunciariam uma identidade “socialmente perseguida”. Um olhar mais atento sobre essas autoapresentações revela também que a rede é tida como forma de socialização “limpa”, capaz de manter a crença de que a vida social é (ou deveria permanecer) heterossexual.

A necessidade de encontrar alguém para falar de seu desejo – seja para criar uma relação amorosa ou fazer amigos, seja simplesmente para compartilhar dores – converte a internet no mais novo meio de controle da sexualidade. Ao colocar o sexo em palavras, a rede se distancia das “regras” que marcavam o antigo “meio”, ou seja, o silêncio sobre o que se fazia. Mas que não se imagine tratarse de um avanço, pois a web, ao trazer o sexo ao discurso, faz também com que os internautas ampliem o papel da sexualidade em sua vida e na própria forma como se compreendem.

No primeiro volume de sua História da sexualidade, o filósofo e historiador francês Michel Foucault (1926-1984) explorou em detalhes o fenômeno histórico que trouxe a sexualidade para o discurso desde a técnica cristã da confissão até a psicanálise. Segundo ele, o dispositivo histórico da sexualidade se caracteriza pela inserção do sexo em formas de regulação baseadas em uma rede de discursos. No presente, não seria exagero afirmar que a internet é um dos meios sociais de controle sexual.

Entrar na web para falar do próprio desejo constitui um exercício subjetivo que pode reforçar a impressão de que tudo não passa de “sexualidade”, pensamento reconfortante para homens que são incentivados desde a infância a separar amor de sexo. O reconforto dessa divisão estaria na aceitação de sua vida amorosa se fosse construída como heterossexual (e quiçá reprodutiva) no espaço público da vida familiar e do trabalho e como homo-orientada apenas em segredo, desvinculada da afetividade ou do compromisso duradouro.



Fonte: Revista Mente Cérebro

 
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segunda-feira, 23 de abril de 2012

O que sao direitos humanos?

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Ao clicar nesse título, voce podera ver esse video introdutorio de uma tematica, os direitos humanos que junto com o servico social e os direitos LGBTs fazem parte de uma nova frente de luta que desenvolvo (clique aqui e veja o que mais já foi publicado neste blog)
Espero a sua CIA para ver o desenrolar desssa historia.


 
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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Soninha, a despreparada, desprezada, desinformada...

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(a ortografia será corrigida quando eu voltar ao Brasil, semana que vem)
Que dó dessa moca, gente!
Há muito tempo que ela se perdeu e está tao desinformada. Caí, sem querer em seu blog hoje e fiquei pasmo.    1. Ela acha a rede Globo uma porta voz do governo federal.  Que mundo ela vive que não sabe das varias tentativas de produção de crise desta rede. Ela devia ler o conversa afiada , o blog do rovai ... Precisa entender melhor a midia no Brasil e nao olhar com viés partidario para ela.
2. e a raiva que ela destila contra o Lula. Só porque ele nao a apadrinhou ela fez beicinhu e ficou bravinha?
3. Mas o pior vem no final do post (clique aqui se tiver coragem de Le-lo). Ela escreve: "Os argentinos são tão cultos, agerridos, leem mais que os brasileiros, são mais articulados, matam a gente de inveja com seu nível de politização e engajamento etc. Mas se deixam levar na conversa desses populistas demagogos com a maior fé."



Perai, se os argentinos sao tudo isso e apoiam a nacionalizacao da YPF, me parece que falta auto-critica pra ver que a inculta, desarticulada e com péssimo nível de politizacao aqui é a senhora, nao?
E ela ainda vai se candidatar a prefeitura da cidade. Pobre Sao Paulo!

 
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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Zeca Carmargo e Avenida Brasil

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Nem toda unanimidade é burra


por ZECA CAMARGO


Pense comigo: se todos concordassem com a frase “clássica” – enunciada por ninguém menos que um dos nossos maiores escritores, Nelson Rodrigues -, ela própria resumiria um pensamento burro. Concorda? Sei que esse jogo logístico pode parecer um pouco pesado para começar o post de hoje – e prometo não me alongar na dissecação dele. Uso a citação apenas como uma defesa. Sim, porque eu mesmo estou aqui hoje para elogiar um trabalho que assim que estreou já se tornou uma unanimidade: o de João Emanuel Carneiro, em “Avenida Brasil”- a nova novela das 21h. Ou eu deveria dizer “o novo filme das 21h”?
A dúvida tem fundamento: quando assisti ao primeiro capítulo na última segunda-feira, por mais de uma vez eu tive a sensação de que o que eu estava vendo estava mais para a linguagem do filme do que a da novela. Não em detrimento do próprio formato da teledramaturgia brasileira – cuidadosamente construído ao longo de décadas -, mas mais como uma genial elevação de patamar sugerida pelo autor, como se mais uma vez ele quisesse reinventar o gênero. Coisa que, claro, já está conseguindo.
(Aos cínicos de plantão, é com certa relutância e certo constrangimento que eu devo deixá-los à vontade para achar que existe uma arma na minha cabeça me obrigando a escrever algo bom sobre a nova atração maior da emissora onde eu trabalho. Os elogios que vou fazer a seguir – frutos do enorme prazer que o acompanhamento dos três primeiros capítulos de “Avenida Brasil” me deu – não são mais do que as considerações de um grande fã de novelas, uma paixão que já deixei claro em vários momentos aqui mesmo neste blog. Blog este, que vive de cultura pop – especialmente cultura pop que agrada este que vos escreve. E “Avenida Brasil”, adivinhe, cai exatamente nesta categoria. Agora, se vocês acham que isso faz parte de um complô para, hum, alavancar a audiência – diga-se, de um produto que prescinde disso (sem falar que o “poder de tiro” deste modesto espaço é ínfimo se comparado a outras ferramentas que a própria TV poderia usar para isso) -, vá em frente. Elabore sua “teoria conspiratória” num comentário aqui mesmo, ou então saia twittando sua “descoberta”. Aos que já me conhecem de longa data e sabem do meu compromisso com o que é escrito aqui, vamos em frente. Vai ser um prazer).
Eu falava então sobre a proeza de João Emanuel em associar a linguagem de cinema à de novela, sem prejuízo de nenhuma das partes. Mais de uma pessoa com quem conversei na terça-feira – e algumas que viram o capítulo comigo na segunda – admitiram que várias vezes se esqueciam de que aquilo era uma novela. A captação – que já foi recurso de algumas outras produções (notoriamente aquelas reservadas para o horário das 18h) – certamente colaborava para esse diferencial. Mas havia ainda a iluminação – certamente mais elaborada. E os enquadramentos. E a profundidade dos personagens. Eu poderia me estender aqui por cada um desses aspectos da novela, mas, para não ir muito longe, vou ficar apenas naquele que eu considero mais crucial para o sucesso da novela, e que melhor define o grande trunfo do autor: a capacidade de João Emanuel de confeccionar um ótimo roteiro.
Digamos que você não viu a estreia de “Avenida Brasil”, e alguém chega até você contando sobre um capítulo sensacional que viu outro dia numa novela. “Teve final de campeonato”, descreve esse alguém, “madrasta malvada desmascarada, um golpe revelado, um pedido de casamento e até uma armadilha para um homem que tem duas mulheres”. Nossa! – pensaria você: isso é um enredo digno de um ótimo final de novela. Pois João Emanuel jogou tudo isso no primeiro capítulo de “Avenida Brasil”. E sem a menor preocupação de ficar sem assunto dali em diante. Sua história começa já no meio – sem alienar nem um pouco quem vê. Como ele consegue isso? Bom, primeiro dispensando os canais tradicionais de apresentação de personagens. Por exemplo, não precisamos suportar dezenas de capítulos nos convencendo de que fulana é boazinha para depois nos surpreendermos com sua “guinada” para o mal. Em uma das primeiras cenas – e em menos de cinco minutos -, Carminha (magistralmente interpretada por Adriana Esteves) disse ao que veio: acaba com a vida da enteada para em seguida se fazer passar por madrasta dedicada quando o pai Genésio (Tony Ramos, em uma participação especial) chega em casa.
Economizando a atenção – mas não a inteligência – do telespectador, o autor ainda usa outro truque para eletrizar um primeiro capítulo. No lugar de nos enrolar com dúvidas sobre as intenções – e a intensidade amorosa – do craque que decide a tal final do campeonato, Tufão (Murilo Benício, apostando na veia cômica que sempre faz muito bem), para com Monalisa (Heloísa Périssé, ainda colhendo os elogios por sua atuação em “Dercy de verdade”), o roteiro resolve tudo rapidinho: da promessa incerta de um namoro ao pedido de casamento, em pouco mais de dois blocos! E para registrar sua heroína nos corações e mentes de quem está assistindo, João Emanuel não hesita: “descaradamente” nos apresenta a adorável Rita (vivida nessa fase inicial da novela, que se passa em 1999, pela não menos adorável Mel Maia), a enteada de Carminha.

Por chamadas na programação, “vazamentos de informação” (wikileaks do entertenimento!), e mais um bom boca a boca, sabemos que cada um desses personagens vai ter um desdobramento forte e elaborado. Mas, para que esperar um punhado de capítulos para jogar o telespectador no olho do furacão? Como fez em “A favorita”, João Emanuel não tem nenhuma restrição quanto a desmontar as estruturas convencionais – lembra-se quando, nessa sua novela anterior, um assassinato importante era desvendado antes mesmo de chegarmos à metade da duração prevista da história no ar? A aposta esperta do autor é a de que o público – e seja ele de que classe for – é mais inteligente do que podem sugerir as histórias convencionais. Num incansável e tentador desafio, é como se ele estivesse oferecendo um lugar numa carrinho prestes a descer numa acidentada montanha russa – para citar Bette Davies em “A malvada”, é como se ele sussurrasse no nosso ouvido: “Fasten your seatbelts, it’s going to be a bumpy night” (ou, em português, “Apertem seus cintos, vai ser uma noite turbulenta”). Vai resistir? O prejuízo será seu.
A citação à Bette Davis não é tão gratuita quanto você possa presumir. João Emanuel traz a herança de bons roteiros clássicos de Hollywood na bagagem – o que nem chega a ser uma novidade (Gilberto Braga, por exemplo, recorreu brilhantemente a “Alma em suplício”, “Mildred Pierce” no original, para construir um de seus maiores sucessos, “Vale tudo”). Mas ele não faz disso sua única fonte de inspiração. Como observou bem uma amiga que assistia ao capítulo de ontem comigo, com as dramáticas cenas no lixão – onde Rita é deixada por Carminha, depois da morte de Genésio -, a referência é diretamente literária: Charles Dickens. (E, ao observar isso fiquei pensando nos comentários sobre o “esforço” de “Avenida Brasil” em falar tão diretamente com a classe C… Será que o criador de “Oliver Twist”, “A pequena Dorrit” e “Grandes esperanças”, entre outros, já tinha essas preocupações na Inglaterra vitoriana? Eu, claro, divago…).
E além de todas essas referências, tem o talento pessoal de João Emanuel, já comprovado em vários trabalho anteriores – em um dos meu primeiros posts, eu já estava aqui declarando-me fã do autor. E é justamente por esse “conjunto” da obra, que nós sabemos que podemos esperar reviravoltas – e muitas -, em “Avenida Brasil”. Não estou falando de mudanças gratuitas de rumo, quando personagens, sem nenhuma explicação, “aprontam” algo inesperado – um velho recurso desesperado, um remendo para a falta de imaginação, que até mesmo Hollywood parece não se importar mais de usar, e que está mais para a leviana pantomima circense do que para a coerência de uma história que deveria ser bem contada para agradar o “respeitável público”… Falo, ao contrário, de uma narrativa engenhosa, que o público já está praticamente esperando – e que, pela amostra desses primeiros três capítulos, o próprio público já está disposto a aplaudir em coro. Nem que seja só para desafiar a frase de Nélson Rodrigues…

 
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terça-feira, 17 de abril de 2012

Virada Cultural deveria ser a cereja, não o bolo

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Para começo de conversa: sou fã da Virada Cultural.
Acho um evento fantástico. Qualquer festa que incentive a ocupação artística da cidade e ofereça shows gratuitos de Ron Ayers, White Denim, Raul de Souza & Zimbo Trio, Man or Astro-Man? e tantos outros, merece aplausos.
Sempre prestigiei a Virada Cultural. Se estiver em São Paulo dias 5 e 6 de maio, irei com certeza.
Mesmo com todos os problemas – falta de educação do público, imundície nas ruas, gente que não consegue se divertir sem destruir patrimônio da cidade – é um evento imperdível.
Meu problema com a Virada Cultural é um só: acho que ela deveria ser a cereja do bolo da programação artística da cidade, e não o bolo em si.
Explico: se um dos objetivos de shows gratuitos na cidade é valorizar as ruas e promover sua ocupação com atividades culturais, não seria mais lógico ter uma programação que se estendesse ao longo de todo o ano?
Imagine se, a cada fim de semana, um bairro da cidade fosse “ocupado” por shows, peças, filmes, concertos, etc.? Não seria uma maravilha?
Isso ajudaria a criar o hábito na população de visitar diferentes regiões da cidade para aproveitar as atrações.
Acho bem mais saudável do que espremer centenas de eventos numa noite só.
A Virada Cultural, ao concentrar uma infinidade de atrações em 24 horas, promove um verdadeiro frenesi na cidade, lotando hotéis e incentivando o turismo.
Mas, sinceramente, não vejo como isso estabelece algum tipo de conexão permanente das pessoas com as ruas.
A impressão que tenho é exatamente a oposta: como a festa só dura uma noite e só se repetirá daqui a um ano, o público pouco se importa com a sujeira deixada, e trata a cidade como um bem descartável. É triste, mas é fato.
Minha sugestão seria manter a Virada Cultural em um final de semana, reduzindo seu tamanho, e criar uma programação permanente de atrações por vários bairros da cidade.
Assim, a Virada Cultural seria a coroação, o auge da programação artística da cidade. E não a sua totalidade.

POR ANDRE BARCINSKI
fonte: http://andrebarcinski.blogfolha.uol.com.br/2012/04/17/virada-cultural-deveria-ser-a-cereja-nao-o-bolo/ 



 
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domingo, 15 de abril de 2012

Retrocesso na Guiné-Bissau

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O golpe militar ocorrido na Guiné Bissau no último dia 12 de abril, lamentavelmente, não é nenhuma novidade. Ele já vinha sendo preparado há pelos menos 6 meses, desde outubro de 2011. Eu ainda estava lá (clique aqui pra ver mais) quando começaram os rumores.



Isso porque Bubo Na Tchuto , acusado de matar o ex-presidente em 2009 voltara ao país e já movimentava as forças armadas para o golpe. Quando conversei com um diplomata instalado em Bissau (preservo aqui o nome a nacionalidade) tive como resposta de que "esses rumores 
aqui sempre existem". 


No entanto, o país vive uma instabilidade desde sempre e possui instituições muito frágeis, além de um exército altamente corrompido. Com o morre não morre do então presidente Malai Bacai Sanha, e a morte, por doença, em 9 de janeiro de 2012, sabia-se que o caldeirão ía ferver.


Semanas antes já houve uma tentativa de golpe que foi frustrada, mas com a sua morte e a luta pelo poder, com eleições antecipadas tirou-se qualquer chance de manter o que vinha sendo construído.



Infelizmente num momento onde o país recebia cada vez mais cooperação externa, dinheiro e trabalhadores empenhados em transformar essa realidade.


Eu, como um destes, lamento ver tudo dar um passo atras. A Guiné já sofre demais socialmente: miséria, fome e doenças são temas constantes. Este caos militar só piora as coisas, pois provavelmente as organizações externas se retirarão e, claro, a população é quem vai acabar pagando por isso.


Mas, que fique claro, tudo isso já era anunciado para quem quisesse ver.


 
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sábado, 14 de abril de 2012

Jean Wyllys lança campanha para o casamento civil igualitário

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Nesta noite de quinta-feira, 12, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) lança a campanha nacional pelo casamento igualitário no clube Galeria Café, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Com o apoio de artistas e intelectuais, o político deseja aprovar uma emenda constitucional que torna o casamento um bem de todos e que todos (gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e heterossexuais) tenham acesso fácil a este direito, hoje ainda entendido por alguns cartórios como quase que exclusivamente heterossexual.
Jean Wyllys no site criado para a campanha diz: “A proibição do casamento aos homossexuais [...] priva-nos a gays e lésbicas de uma longa lista de benefícios sociais e nos exclui de uma celebração que tem efeitos ordenadores em nossa cultura.”
E coloca uma questão importante: “Estamos falando de uma forma de discriminação do mesmo tipo que [já foi] a exclusão das mulheres ao direito ao voto, a proibição do casamento inter-racial, a segregação de brancos e negros, a perseguição contra os judeus. Da mesma maneira que hoje não há mais ‘voto feminino’, mas apenas voto, nem há mais ‘casamento inter-racial’, mas apenas casamento, chegará o dia em que não haja mais ‘casamento homossexual’, porque a distinção resulte tão irrelevante como resultam hoje as anteriores e o preconceito que explicava a oposição semântica tenha sido superado.”

Está aí a raiz da questão de igualdade perseguida pelos princípios dos Direitos Humanos. Realmente, cada vez mais fará menos sentido o termo casamento gay, por isso o nome casamento igualitário é mais do que apropriado, ele já carrega ideologicamente a ideia de igualdade para quem queira apenas casar, seja qual orientação sexual ou identidade de gênero.

Mas muitos podem se perguntar: o STF (Supremo Tribunal Federal) já não aprovou a união estável entre casais do mesmo sexo?  Sim, mas para muitas relações homoafetivas se concretizarem, muitas vezes é preciso contratar advogados, entrar com processos na justiça para ter sua relação reconhecida pelo Estado.
“Com a PEC (projeto de emenda constitucional) proposta pelo deputado, tudo ficará mais fácil, principalmente para quem não tem dinheiro para contratar serviços de advocacia” como informou ao Blogay a assessoria do deputado.
Além do site e de um abaixo-assinado (clique aqui para assina já!) , o político teve uma sacada de mestre na era das celebridades. Jean Wyllys chamou famosos para participar da campanha, assinar a petição e participar de um vídeo dizendo porque é à favor do casamento igualitário. Com certeza é uma maneira inteligente de chamar a atenção e a simpatia para a questão.



 
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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Dilma: “Obama não tem que responder. Isso não é uma pergunta”

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Hoje, a presidente Dilma deu mais uma demonstração da diferença entre aquele governo brasileiro que falava grosso com a Bolívia e fino com os EUA. E o que assumiu em 2003 e que do ponto de vista diplomático respeita a soberania dos países.
Na coletiva sobre a conversa que tivera com o presidente dos EUA,  afirmava que teria dito o seguinte a Obama sobre a Cúpula das Américas:
— O que houve foi a constatação de que todos os países (da América Latina) têm relação com Cuba e, portanto, esta é a ultima cúpula em que ela não participaria. Esta é a posição unânime (na região).
Claro que nossa sempre tão subserviente mídia não contente com a explicação  quis saber qual tinha sido a resposta de Obama. E a presidenta teve que desenhar:
— “Ele não tem que responder. Isso não é uma pergunta.
Antes autoridades brasileiras tiravam o sapato para entrar nos EUA. Hoje, se comportam assim. Convenhamos, algo mudou.

 
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sábado, 7 de abril de 2012

Até quando, Regina?

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Para entender esse texto, peço que assistam a esse pequeno vídeo a respeito dos últimos acontecimentos na Unifesp Baixada Santista.



O ocorrido

Na última terça-feira, 3 de abril, após um forte temporal na cidade de Santos a recém-inaugurada unidade Silva Jardim literalmente transbordou. Desde sua inauguração (clique aqui para ver o que publiquei à época) essa não foi a primeira vez que um rio e cachoeiras se formam no prédio. No entanto, com o desabamento do teto em uma aluna do 2º ano de Serviço Social a situação se agravou.

Posicionamento da universidade.

Em email direcionado aos estudantes pela diretoria do campus, a universidade se recusa a admitir as questões precárias do prédio. "Face a não haver problema estrutural no prédio, constatado também, pelo engenheiro da Defesa Civil que vistoriou a unidade na data de
hoje, decidiu pela manutenção das atividades na Unidade Silva Jardim no dia de hoje, 04 de abril."

Imagem: Flávia Lopes , com o título da postagem sobreposto.

Disputa
Neste imbrólio todo, ganha a força a crítica de uma grande parte dos estudantes desde a suposta inauguração, vista no link anterior. E com tudo o que está acontecendo reitero a minha crítica anterior e a amplio. Ora, se o reitor e a diretora do campus, Regina Spadari preferem a versão de que está tudo normal, é preciso que a sociedade fique atenta às seguintes questões:
    - Caso ocorra algo de mais grave, a quem devemos responsabilizar? Omissão é crime?
    - Uma obra que atrasa tanto para ficar pronta e , aparentemente, possui materiais de baixa qualidade teve seu orçamento superfaturado?
   - Onde estão as contas do dinheiro revertido pelo governo federal e o aplicado nessa construção?
   - O dinheiro público de todos os contribuintes do país está sendo bem utilizado?
   - O prefeito da cidade, presente na inauguração, sabe explicar como um prédio público pode funcionar sem o álvara de utilização (creio que chama habite-se) ?

Alguns estudandes estão correndo atrás dessas informações e estão protocolando denúncia no Ministério Público para que estas respostas apareçam?
O Excelentíssimo ministro da Educação Aloysio Mercadante e os senadores por São Paulo Eduardo Suplicy, Marta Suplicy e Aloysio Nunes deveriam ser acionados e se pronunciarem.


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segunda-feira, 2 de abril de 2012

A perda do mundo real.

(clique no título acima para ver a postagem completa)


Uma vez divaguei aqui sobre Amizades (clique aqui para ver). 


Retomando a ideia de que para se manter uma amizade verdadeira é preciso muito esforço, tenho avançado nessas questões porque tenho tido a sensação de que isso tem se tornado uma utopia, cada vez mais difícil de se concretizar no mundo do séc XXI.


Eu, que sou um internauta dos mais assíduos, não consigo aceitar que para muitos o encontro virtual basta. A vida, que pulsa a partir do encontro, tem deixado de pulsar graças as tecnologias.


Tecnologias que exigem que as pessoas trabalhem cada vez mais horas para adquirí-las. 


E que, por consequencia, dêem cada vez menos atenção à vida real.


Quando aqui e alí, pessoas debatem sobre os malefícios dela, são tachados de retrógrados ou antiquados. Eu não quero dizer que estou contra a tecnologia, mas o problema é o uso que a humanidade tem feito dela.


Cito aqui um caso pessoal apenas para exemplificar o pensamento.


Quando escrevi a divagação linkada acima, estava num outro continente, isolado de todas as pessoas mais próximas e cotidianas. E, curiosamente, essas pessoas davam mostras efusivas de sentir falta da minha presença, e, admito, a recíproca era verdadeira. Então, 4 meses depois volto à terra natal. E eis que quase nenhuma destas pessoas deu 1 ou 2h da sua vida para sentar e saber como foram as coisas, como eu estou nesse momento e quais os planos futuros. Somado todo o período, já são 7 meses de diferença.


Não, essa não é uma postagem para reclamar de ninguém e nem cobrar nada. Mas é desse fato que vem a reflexão, e não tem como não citá-lo.


Voltando então a ela, pergunto:
- Quais os desejos reais das pessoas? 
- Que valores hoje são seguidos e difundidos?
- O que restará de uma humanidade cada vez mais isolada em seu mundo virtual?


Mais pra frente voltarei ao tema para fazer uma conexão entre o estudo do livro "Cidade de Muros" de Tereza Caldeira e o isolamento e a solidão gerados pela perda dos vínculos de amizade.



 
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