Mostrando postagens com marcador agitador cultural. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador agitador cultural. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 17 de abril de 2012

Virada Cultural deveria ser a cereja, não o bolo

(clique no título acima para ver a postagem completa)


Para começo de conversa: sou fã da Virada Cultural.
Acho um evento fantástico. Qualquer festa que incentive a ocupação artística da cidade e ofereça shows gratuitos de Ron Ayers, White Denim, Raul de Souza & Zimbo Trio, Man or Astro-Man? e tantos outros, merece aplausos.
Sempre prestigiei a Virada Cultural. Se estiver em São Paulo dias 5 e 6 de maio, irei com certeza.
Mesmo com todos os problemas – falta de educação do público, imundície nas ruas, gente que não consegue se divertir sem destruir patrimônio da cidade – é um evento imperdível.
Meu problema com a Virada Cultural é um só: acho que ela deveria ser a cereja do bolo da programação artística da cidade, e não o bolo em si.
Explico: se um dos objetivos de shows gratuitos na cidade é valorizar as ruas e promover sua ocupação com atividades culturais, não seria mais lógico ter uma programação que se estendesse ao longo de todo o ano?
Imagine se, a cada fim de semana, um bairro da cidade fosse “ocupado” por shows, peças, filmes, concertos, etc.? Não seria uma maravilha?
Isso ajudaria a criar o hábito na população de visitar diferentes regiões da cidade para aproveitar as atrações.
Acho bem mais saudável do que espremer centenas de eventos numa noite só.
A Virada Cultural, ao concentrar uma infinidade de atrações em 24 horas, promove um verdadeiro frenesi na cidade, lotando hotéis e incentivando o turismo.
Mas, sinceramente, não vejo como isso estabelece algum tipo de conexão permanente das pessoas com as ruas.
A impressão que tenho é exatamente a oposta: como a festa só dura uma noite e só se repetirá daqui a um ano, o público pouco se importa com a sujeira deixada, e trata a cidade como um bem descartável. É triste, mas é fato.
Minha sugestão seria manter a Virada Cultural em um final de semana, reduzindo seu tamanho, e criar uma programação permanente de atrações por vários bairros da cidade.
Assim, a Virada Cultural seria a coroação, o auge da programação artística da cidade. E não a sua totalidade.

POR ANDRE BARCINSKI
fonte: http://andrebarcinski.blogfolha.uol.com.br/2012/04/17/virada-cultural-deveria-ser-a-cereja-nao-o-bolo/ 



 
Online Poker Counter Hit Online Casino Spielbank Online Casino Maple

domingo, 11 de março de 2012

Agenda: março de 2012

(clique no título acima para ver a postagem completa)


Tanta coisa pra fazer, se divertir, refletir e crescer. Você pode escolher! Santos e São Paulo.


SANTOS


Os Insistentes - Blues

Parque Municipal Roberto Mário Santini (Emissário Submarino)
11/03 - 19h




Quarteto de Cordas Martins Fontes

Igreja Nossa Senhora dos Navegantes (Av. Saldanha da Gama, 114 - Santos/SP)
11/03 19h




Orquestra Sinfônica Municipal de Santos

Teatro Coliseu (Rua Amador Bueno, 237 - Centro Histórico - Santos/SP)
13/03 - 20h30 - Programa de apresentação (Clique aqui




180 graus

Cine Arte - Posto 4 (Orla do Gonzaga ao lado do canal 3 - Santos/SP)
16à 22/03 - 16h, 18h30 e 21h Ingressos: R$ 3,00 (inteira) e R$ 1,50 (meia-entrada - estudantes, maiores de 60 anos e menores de 18 anos, com apresentação do R.G. e professores da rede estadual de ensino).

Brasil / 2011 / 90 minutos / cor / 35 mm
Direção - Eduardo Vaisman
Elenco - Eduardo Moscovis, Malu Galli, Felipe Abib
Classificação – 14 anos




Carobamdé

Pinacoteca Benedicto Calixto (Av. Bartolomeu de Gusmão, 15 - Santos/SP)
18/03 17h



SÃO PAULO


12 a 18.03 - V Festival Ibero-Americano de Teatro - Memoria da America Latina, ao lado do metro Barra Funda (clique aqui para ver como chegar)
Com entrada franca (Grátis), o Festibero traz peças de Portugal, Espanha, Brasil, Argentina, Uruguai, México e Paraguai, mesas de debates e oficina. Na abertura, às 20h30, a atriz Cleide Yáconis será homenageada. Auditório Simón Bolívar (plateias A e B) e Circo Teatro Paratodos.


AUDITÓRIO SIMÓN BOLÍVAR
12.03| Segunda-feira | 21h |Plateia A / Brasil, São Paulo, SP
Luis Antonio- Gabriela
Autor e diretor: Nelson Baskerville. Documentário cênico da história de um jovem homossexual que parte para a Espanha para fugir do conservadorismo dos anos 60 no Brasil. Lá, ele assume o nome de Gabriela e se apresenta em boates. Cia Mungunzá de Teatro.
13.03 | Terça-feira | 19h | Plateia B / Montevideu – Uruguai
Don Mario y los otros
Autor: Mario Benedetti. Seleção e adaptação de Raquel Gutierrez. Direção: Gloria Levy. Quatro atores buscam penetrar na pele das diferentes personagens que, baseado na realidade de uma época obscura do Uruguai, Mario Benedetti imaginara.
13.03 | Terça-feira | 21h | Plateia A / Brasil, São Paulo
O beijo no asfalto
Autor: Nelson Rodrigues. Direção: Marco Antonio Braz. Um homem atropelado por um ônibus pede, antes de morrer, um beijo a um jovem que se debruçara para socorrê-lo. Um repórter e um delegado presenciam a cena, interpretam-na a seu modo e desencadeiam uma verdadeira perseguição ao rapaz.
14.03 | Quarta-feira | 19h | Plateia B / Espanha, Barcelona
Katastrophe
Autor: Alex Serrano e Pau Palacios. Direção: Alex Serrano. Katastrophe questiona a existência de alguma diferença entre uma catástrofe natural, provocada pelo homem, e uma catástrofe humana. Nutre-se da linguagem cênica que define o Grupo Señor Serrano: performance, dança, vídeo em cena e tecnologia interativa.
14.03 | Quarta-feira | 21h |Plateia A / Brasil, São Paulo
Ridículos, ainda e sempre
Autor: Daniil Kharms. Diretor: Hugo Possolo. Cia Parlapatões. Cinco pessoas totalmente ridículas vivem situações aparentemente desconexas entre si. Encontros amorosos, discussões sobre política, disputas esportivas.
15.03 | Quinta-feira |19h | Plateia B / Brasil, São Paulo
Quase nada
Autor: Grupo Sobrevento. Diretor: Luis Andre Cherubini. Colagem de diferentes cenas que exploram elementos do teatro de bonecos, da dança, do teatro visual e gestual, compondo um certo retrato de um terceiro mundo que se encontra em diferentes lugares e épocas, resultando numa espécie de colcha de retalhos – às vezes
poéticos, às vezes engraçados.

15.03 | Quinta-feira | 21h | Plateia A / Assunção, Paraguai
Lo que más me gusta de Federico
Autor: Textos de Federico Garcia Lorca. Diretor: Marcela Gilabert. Uma viagem pela poesia de Federico Garcia Lorca desde 1918 a 1935, passando por seu "Primeiro livro de poemas", "Canções", "Poemas del cante jondo" "Romancero Gitano" "Poeta em Nova York" e talvez seu livro mais conhecido, "Pranto por Ignacio Sánchez Mejía" .
16.03 | Sexta-feira | 19h | Plateia B / Argentina, B. Aires
Um único mundo
Autor: Leandro Calderone/ Gabriela Fiore (e direção). Um só ator (Carlos Vignola),nove personagens e uma história de amor na conquista da America.
16.03 | Sexta-feira | 21h | Plateia A / Brasil, São Paulo
As três velhas
Autor: Alejandro Jodorowsky. Diretor: Maria Alice Vergueiro. Cia Teatro Pândega. Descrita como um "melodrama grotesco", a peça elege os temas do conflito entre os gêneros, a velhice e o sexo, e se debruça sobre eles através de uma narrativa nãolinear, um tanto "lisérgica".
17.03 | Sábado | 19h | Plateia B / Brasil, São Paulo
A bilha quebrada
Autor: Heinrich von Kleist. Diretor: Marcio Aurelio. Um velho, manco e careca, o juiz Adão, manda e desmanda. Está habituadoa cometer os mais diversos tipos de atrocidades, até que a comarca recebe uma inesperada visita de seu superior, no mesmo dia em que a parteira Marta exige que se encontre o responsável pela destruição de sua bilha de estimação.
17.03 |Sábado |21h | Plateia A / México, Cidade do México
Mariachi Clown
Autor: Roberto Avendaño. Diretor: Roberto Avendaño. Três "mariachis", em sua tentativa para interpretar música mexicana realiza uma série de jogos cênicos e improvisações humorísticas, usando elementos da cultura popular mexicana, como jogos, dança e a música mexicana.
18.03 | Domingo |19h |Plateia B / Montevideu, Uruguai
Como evitar enamorarse de un boludo
Autor: Marcelo Puglia e adaptação de Jorge Denevi. Diretor: Jorge Denevi. O espetáculo conquista pela simplicidade do texto, adaptação de Jorge Denevi para o livro de Marcelo Puglia "Me apaixonei por um idiota. É tido como "um manual de sobrevivência para mulheres que amam sempre o homem errado".
18.03 | Domingo | 21h | Plateia A / Porto - Portugal
Um punhado de terra
Autor: Pedro Eiras. Diretor: José Leitão. A história de um homem, de uma vida, a história do mundo. O ator é o narrador, um contador de histórias. Dança, sujase de terra, lava-se na água, gesticula, ritualiza, emocionase. A história de um escravo, da sua dor e de seu tempo. Memoria da America Latina, ao lado do metro Barra Funda (clique aqui para ver como chegar)







Cine-debate promovido pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo que discute o premiado filme Patrik 1.5 cuja temática principal é a adoção por casais homoafetivos. - A Escola da Defensoria Pública do Estado divulga o 13º Cine-Debate da EDEPE com a exibição do filme "Patrik 1.5, a ser realizado no dia 20 de março de 2012, terça-feira, das 19h às 22h, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) - Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - São Paulo/SP.
Para mais informações, clique aqui.





 
Online Poker Counter Hit Online Casino Spielbank Online Casino Maple

domingo, 24 de julho de 2011

"Enquanto eles capitalizam a realidade, eu socializo os meus sonhos"

Quando eu resolvi ser Agitador Cultural não foi porque eu pirei ou resolvi  ser moderninho, não. Eu tinha referências. E que alegria poder ver esta entrevista que eu disponibilizo completa nesse post do blog Ideais e Princípios.


COntinua a entrevista...







quinta-feira, 30 de junho de 2011

Estamos vivendo um novo 1968 mundial?

Muito, mas muito interessante esse debate entre Marcos Nobre e Gil Giardelli no programa Entre Aspas, da Globo News.
Ainda mais para mim, que sou um agitador cultural, ver reflexões sobre o poder das mídias digitais nessa nova configuração de mobilização juvenil é um alento e um motivador para continuar lutando.


Além, é claro, do insólito de ver Marx sendo citado positivamente num programa das organizações Globo.


O que você acha desse debate?



domingo, 28 de novembro de 2010

O professor precisa ser um Agitador Cultural

por Carlos Henrique Kessler



“Podemos dizer que na relação professor-aluno a transferência se produz quando o desejo de saber do aluno se aferra a um elemento particular, que é a pessoa do professor.” (Kupfer, 1989, p. 91)


Para Freud "há um investimento necessário do aluno no conteúdo ministrado, que necessariamente é
atravessado pelo estilo de seu professor e, portanto, pela relação entre estes.



Como efeito desses investimentos, podem produzir-se identificações as mais variadas, quer ao conteúdo
ministrado, quer ao interesse pelo estudo em si, incidindo, portanto, na formação do eu.


Coloca-se a educação numa perspectiva interessante, como o que pode inscrever no sujeito alguns elementos fundamentais, que potencializem e qualifiquem as marcas que ele irá deixar de sua passagem pela existência.



Não podemos omitir ainda aqui o auxílio que Lacan (1985;1992) traz, ao efetuar o resgate desde Sócrates (em Platão, 1987) da noção de desejo, enquanto situado em sua relação intrínseca com o que nos falta. Lembra também que somos constituídos como sujeito a partir dos ideais de nossos pais e, em última instância, da cultura, nosso desejo sendo desta forma articulado ao Outro.



Paulo Freire, numa de suas últimas vindas a Porto Alegre, por outra via, convergia para o mesmo. Dizia que queria ser otimista, pensando em um mundo em que não fosse aceito como argumento pela sociedade aquele que então era enunciado pelo governador de São Paulo frente a uma greve de professores (que estes certamente mereciam um salário melhor, mas que ‘infelizmente’ não dispunha de verbas para tal). Evidentemente que se trata de prioridades, não só do governador de plantão, mas principalmente da sociedade que aceita, deixa-se convencer por tais argumentos (teríamos que admitir que estes baixos salários seriam incontornáveis, atrelados à origem escravagista (Fleig, 1999) da profissão do educador?).


Tem-me parecido que os educadores não têm outra escolha do que entrar na luta, disputar o interesse dessa sociedade e, em particular, dos alunos, neste mundo já tão repleto de apelos de marketing, a imagens e estereótipos. Precisaria necessariamente ser um agente (ou “agitador”) cultural, uma espécie de militante da cultura.



Desfraldar permanentemente esta bandeira, buscando fazer com que seus alunos possam enxergar-se como estando mergulhados nesta dimensão. Um professor não terá a menor chance restringindo-se a ser bom conhecedor dos temas da sua área, um bom “técnico”, um mero transmissor de informações e conteúdos. 


Necessitaria estar ligado (plugado) aos acontecimentos de forma ampla, às novidades tecnológicas, ao debate do momento entre os filósofos, ao que anima os comentários dos “simples mortais” e que repercute via imprensa, à última tendência entre os jovens... A partir desta perspectiva mais ampla, talvez ele possa indicar as conexões com o que há para ser ensinado em sua área específica e ser, eventualmente, escutado com a atenção, respeito e consideração necessários a uma aprendizagem que será para a vida, no sentido que Freud (1914) situou como sendo a mais importante influência que se pode esperar receber de um mestre. De qualquer forma, ele sempre poderia argumentar, por exemplo, que bem, qualquer um pode dedicar-se intensamente a ter uma vida confortável, boa alimentação, bons cuidados com a saúde, roupas, transporte,
ambiente climatizado, etc - estes que são alguns dos apelos da sociedade de consumo - mas que talvez isso não seja muito distante da vida de alguns eqüinos ou bovinos de raça, que também têm todo o conforto material possível. 


Na medida em que tiverem a felicidade de dar o devido destaque a estes elementos, talvez possam os professores ter alguma chance de conquistar um “nicho” no mercado das atenções de alguns que seja dos seus alunos. E aí voltaria a ser de utilidade considerar o que vimos anteriormente sobre desejo, ideais, transferência,...



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALLIGARIS, C. Sociedade e indivíduo. In: FLEIG, M. Psicanálise e sintoma social. São
Leopoldo: UNISINOS, 1993.
_____________. Três conselhos para a educação das crianças. In: APPOA. Educa-se uma
criança? Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1994.
FLEIG, M. O discurso do professor: entre a autoridade e a escravidão. In: Correio da APPOA.
Porto Alegre, nº 69, p. 35-40, jun. 1999.
Freud, S. (1914) Algumas reflexões sobre a psicologia do escolar. In: Edição standard brasileira
das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1974.
________. (1920) Além do princípio do prazer. In: Edição standard brasileira das obras psicol
ógicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1974.
________. Psicologia dos grupos e análise do ego. In: Edição standard brasileira das obras
psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro, Imago, 1974.
KUPFER, M.C.M. Freud e a educação: o mestre do impossível. São Paulo: Scipione, 1989.
LACAN, J. O eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise. In: O seminário - livro 2. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar ed , 1985.
________. A transferência. In: O seminário - livro 8. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed, 1992.
PLATÃO. O Banquete. In: Diálogos. São Paulo: Nova Cultural, 1987.