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(I tried to translate this text in english after the portuguese version)
Não neguemos a realidade. A imagem do menino Aylan Kurdi morto na praia é chocante? Sim, é. É aterrorizante.
Zl de SP
Mas ele é somente um de muitos que estão morrendo. Somente na Europa?
Não , não. Aqui mesmo no Brasil, Haitianos, Bolivianos, etc e tal estão chegando em situação precária, quando conseguem chegar. Mas, podemos ir um pouco mais no local. Você já viu em que condições vive uma pessoa no Jd Lapena, Zl de Sampa? Ou no Fontalis, ZN? E as pessoas que moram em cortiços ou palafitas em Santos? E você, também está sensiblizada com isso? Já parou pra pensar porque disso tudo?
Aylan Kurdi
Porque se você não parou pra pensar ainda, você está sofrendo de um mal que vem acometendo uma grande parte das pessoas : a INDIGNAÇÃO SELETIVA. Simplesmente não dá pra você se indignar e se apiedar dessa foto e reclamar quando políticas sociais tentam diminuir o sofrimento das pessoas por aqui. Políticas sociais atuam em várias frentes, desde distribuir um mínimo de dinheiro para garantir a sobrevivência das pessoas até a melhorar a educação e a saúde, por exemplo, espalhando médicos que evitam doenças mais graves e a mortalidade infantil.
Palafitas
Enfim, acho mesmo que você deve se chocar com a foto do Aylan. Mas acho também que você precisa SAIR DA BOLHA e olhar ao seu redor. E, se possível, não só olhar, mas agir também. Que tal?
Do not deny the reality! The picture of dead Aylan Kurdi is chocking? Of course, its. It´s terrible! But He was one of the many who's dying. Just in Europe? No! Even in Brazil, Haitians, Bolivians, etc... are arriving in a miserable situation, if they can arrived. But, ok, we can change the view and look at to the local problems. Have you ever seen how live the people at Jd Lapena or Fontalis, from São Paulo? And the Santos people who lives at "cortiços" and "Palafitas", have you? Are you sense about then? Have you tried to thing why all this thing is happening? If you don't, you are suffering a great disease of this century: Selective Indignation! You can not sorry about Alan and say bad things about social policies that guarantee the basic of the poor people, even you cannot talk against development health system by our government. I really think you must be chocked about this picture, but please: "OPEN YOUR EYES" and look around you. And if its possible, do something too. How about?
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Vivemos num tempo onde lutas contra o machismo, o racismo ou outros temas da identidade e da representatividade ganham, por vezes, ares autoritários. Isso não ocorre por uma má-intenção de certos grupos, mas por parte de seus integrantes terem no seu ideal, naturalizado conceitos ultrapassados relacionados ao tema.
Por muito tempo a questão identitária do sujeito esteve atrelada a uma condição de classe, etnia ou sexo. E por ser algo relacionado a questões imutáveis,
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Ao clicar nesse título, voce podera ver esse video introdutorio de uma tematica, os direitos humanos que junto com o servico social e os direitos LGBTs fazem parte de uma nova frente de luta que desenvolvo (clique aqui e veja o que mais já foi publicado neste blog) Espero a sua CIA para ver o desenrolar desssa historia.
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De vez em quando escrevo aqui textos que, creio, podem provocar a reflexão de educadores e arte/educadores(clique aqui para ver o que já publiquei).
Hoje escrevo sobre um tema muito presente na minha experiência de arte-educador e que gerou um desejo de me especializar na temática como vertente de trabalho: a homofobia e os direitos sociais.
A fase da pré-adolescência e adolescência é o momento mais fácil de se detectar a orientação sexual dos educandos. E em algumas crianças, os sinais são gritantes.
É incrível como em quase todos os ambientes, rico ou pobre, formal ou informal, os educadores e cordenadores não sabem como lidar com essa informação, muitas vezes reproduzindo discursos preconceituosos e reafirmando atitudes homofóbicas dos demais colegas de turma da criança.
Sendo assim, para começar a tratar desse tema no blog reproduzo um trecho do TCC de Marcelo Ricardo Prata, do curso de Serviço Social da PUC-RJ que chama: Serviço Social e Homossexualidade.
1.3 – A homofobia na escola
A escola, depois da família, é o segundo grupo social mais importante para os indivíduos, já que é neste complexo grupo que o sujeito aprimora seusconhecimentos trazidos de casa e passa a conhecer outros universos. Em setratando de civilização brasileira, avançamos muito pouco com relação às idéiassobre o corpo, a alma e a sexualidade inculcadas no século XVI. A situação é ainda mais acentuada quando fazemos referência às questões de ordem sexualno âmbito da educação escolar. Este tema é, em geral, visto com olhar “enviesado”, estreito, apesar da sociedade democrática ter escolhido a partir doséculo XVIII, as instituições de ensino, em todos os níveis, para acolher as
grandes questões que inquietam o meio social. A homossexualidade é tema que educadores, sejam diretores, coordenadores ou professores, com ou sem pósgraduação, fazem questão de silenciar, causando assim, a exclusão de váriosmeninos e meninas do núcleo escolar. Para melhor entendermos o conceito de exclusão, recorro a Sposatti, que nos mostra que:
“Exclusão social é a impossibilidade de
poder partilhar da sociedade e leva a
vivência da privação, da recusa, do
abandono e da expulsão, inclusive com
violência de uma parcela significativa da
população, por isso, a exclusão social
não é só pessoal, não se trata de um
processo individual, embora atinja
pessoas, mas de uma lógica que está
presente nas varias formas econômicas,
sociais, culturais e políticas da sociedade
brasileira. Esta situação de privação
coletiva é que está se entendendo por
exclusão social”.
(SPOSATTI, Adaiza. Mapa da Exclusão/inclusão
social na cidade de São Paulo. EDUC,
São Paulo, 1996, p. 05.)
Não seria oportuno, no âmbito da educação escolar, uma reflexão sobre o assunto? Poderíamos continuar indiferentes à problemática da sexualidade.
Diriam, assim, alguns educadores: “Se não sou homossexual, o que tenho a ver com os que o são?”. Exatamente, por se ter nossa orientação sexual resolvida, devemos ter uma preocupação com aqueles que, sendo crianças ou adolescentes, estão se definindo sexualmente para a vida?
Ao fazer referência às escolas públicas, a questão da homossexualidade sofre com um preconceito muito acentuado. Nas escolas privadas, pouco se discute, pouco se fala, pouco se reflete, gerando, não poucas vezes, comportamentos sutilmente agressivos de professores com relação aos alunos homossexuais, sejam meninos ou meninas. Nestas escolas privadas, aceita-se o matriculado, mas não se tolera o educando com tendência homossexual. A diferença entre escola pública e privada, nesse particular, é que, naquela, não há o princípio de tolerância.
É na escola que meninos e meninas aprendem ou apreendem o convívio social com o resto da sociedade, já que a educação escolar não pode ser vista como o único meio de aprendizado, mas a continuação e aprimoramento dos saberes passados pelo convívio familiar, principalmente quando se pensa em educação e relação com o corpo. Para completar esta afirmação é preciso definir e conceituar Educação, segundo Brandão:
“Não há uma forma única, nem um modelo único de Educação a escola não é o único lugar onde ela acontece e, talvez nem seja o melhor, o ensino escolar, não é essa a sua única pratica e o professor profissional não é o seu único praticante”. (BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação?
26ª edição, Editora Brasiliense, Coleção
Primeiros Passos, São Paulo, 1991. p.09.)
As últimas pesquisas sobre sexualidade na escola revelam dados preocupantes, dignos de serem urgente e amplamente debatidos. Dados estes que precisam ser reconstruídos na direção da transformação da sociedade, combatendo (e não reproduzindo) as diversas formas de exclusão. Uma direção em que o eixo é a promoção da cidadania: o respeito às diferenças, à convivência democrática com a diversidade, rumo à inclusão e a uma maior justiça social. Apresento a seguir, o perfil dos professores brasileiros, de escolas públicas e privadas, nas 27 Unidades da União, segundo pesquisa feita pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em parceria com o Ministério a Educação:
81% declararam ser mulheres
18,5% declararam ser homens
59,7% declararam ser inadmissível que uma pessoa possa ter
experiências homossexuais
21% declararam não desejar ter como vizinhos homossexuais
(UNESCO. IN: Folha de PE, 25/02/2004.)
O referido índice de intolerância surpreende e preocupa, considerando dentre outras questões, o “poder” de influência dos professores, que nos jovens chega a ser maior que a dos próprios pais. Outra pesquisa intitulada “Juventudes e Sexualidade” realizada pela Unesco no ano de 2000, em 14 capitais (dentre estas, Recife), com 16.422 alunos, 3.099
educadores e 4.532 pais e mães de alunos(as) de 241 escolas, revelam que:
27% dos alunos declararam que não gostariam de ter homossexuais como colegas de classe. 35% dos pais(os homens mais preconceituosos: chegando a 60% em Recife) e mães de alunos declararam que não gostariam que seus filhos tivessem homossexuais como colegas de classe. 15% dos alunos declararam que consideram a homossexualidade doença (UNESCO. IN: Folha de PE, 25/02/2004.)
Estes últimos dados indicam, que mesmo aparentemente liberais, os jovens dessa geração também têm seus traços de intolerância. Neste tocantepresenciamos no cotidiano escolar alunos humilhando outros só porque são
homossexuais, reproduzindo a “homofobia” ainda muito presente na nossasociedade, contribuindo assim para a exclusão social e a injustiça de quem as
sofre.
A homofobia, aversão a pessoas que têm atração sexual por pessoas do mesmo sexo, tem sido enfrentada pelo Governo Federal através do
Programa Brasil sem homofobia , lançado em maio de 2004, que possui uma variedade de
ações para promover o respeito à diversidade sexual, como por exemplo, o direito à Educação, que visa promover valores de respeito à paz e a nãodiscriminação por orientação sexual.
No âmbito da educação escolar, precisamos acirrar as reflexões e ações, poisnão podemos continuar tratando com “invisibilidade” a sexualidade que estápresente na escola com toda a sua complexidade e diversidade, pois ainda nos
defrontamos com posturas machistas, sexistas, preconceituosas e indiferentes no cotidiano escolar, tais como: “se não sou homossexual, o que tenho a ver com os que são?”; uma travesti que prefere usar seu nome feminino, em vez do de batismo, e o professor insiste em chamá-la pelo nome de batismo. E onde fica o respeito em não tratá-la como ela prefere (como se reconhece).? E a professora que não aceita o aluno de brinco na escola? E a professora que solicita nas entrelinhas das inquietações apontadas nas capacitações sobre sexualidade, “receitas” para corrigir as “tendências homossexuais dos(as) alunos(as)? Ainda com a idéia de que a orientação sexual é uma opção, de que é aprendido, de que você pode educar uma pessoa para ser heterossexual ou homossexual. Para além da situação extrema do assassinato, muitas outras formas de violência vêm sendo apontadas, envolvendo familiares, vizinhos, colegas de trabalho ou de instituições públicas como a escola, as forças armadas, a justiça ou a polícia, os números da violência são alarmantes, conforme nos mostra Mott:
“A violência letal contra homossexuais - e mais especialmente contra travestis e transgêneros - é, sem dúvida, uma das faces mais trágicas da discriminação por orientação sexual ou homofobia no Brasil. Tal violência tem sido denunciada com bastante veemência pelo Movimento GLTB, por pesquisadores de diferentes universidades brasileiras e pelas organizações da sociedade civil, que têm procurado produzir dados de qualidade sobre essa situação. Com base em uma série de levantamentos feitos a partir de notícias sobre a violência contra homossexuais publicadas em jornais brasileiros, os dados divulgados pelo movimento homossexual são alarmantes, revelando que nos últimos anos centenas de gays, travestis e lésbicas foram assassinados no País. Muitos deles, como Édson Néris, morreram exclusivamente pelo fato de ousarem
manifestar publicamente sua orientação
sexual e afetiva”.
( MOTT, Luiz. Os homossexuais.
As vítimas principais da violência.
IN: G.Velho, Alvito(orgs.). cidadania e
violência. Editora UFRJ/Editora
2FGV, 1996. p. 50.)
Muitas vezes os professores não apenas silenciam, mas colaboram ativamente na reprodução de tal violência, já que muitos não gostariam de ter alunos homossexuais, mas alguns consideram que as brincadeiras não são manifestações de agressão, naturalizando e banalizando expressões de preconceito e, esquecendo-se da violência simbólica imbutida no discurso. Não podemos falar em violência escolar, sem definirmos em algum momento o que é e, que representa a violência, como nos mostra Costa:
“Violência é o emprego desejado da agressividade com fins destrutivos. Agressões físicas , brigas, conflitos podem ser expressões de agressividade humana, mas não necessariamente expressões de violência, a ação é traduzida como violência pela vítima, pelo agente ou pelo observador. A violência ocorre quando há o desejo ou intenção de destruição”
(COSTA, Jurandir Freire. IN: FUKUI, L.
Segurança nas escolas. IN: Zaluar, Alba
(org.). Violência e educação.
Editora Cortez, São Paulo, 1992, p. 103.)
A violência no âmbito escolar não pode ser reduzida apenas ao plano físico. Neste ambiente plural as agressões vão desde um apelido “inocente” até chegar às agressões físicas de fato.
A idéia da a violência física associada com a criminalidade faz com que a violência simbólica passe despercebida pelos
bancos escolares. Também não podemos deixar de mencionar, que a violência ocorrida no espaço escolar vem de fora dele, por causa das questões sociais, já que em muitos casos, algumas crianças que passaram ou que ali estão sofrem ou sofreram por violência anterior a escolar. Nunam define três tipos de violência doméstica que acabam se repetindo no espaço escolar:
“Agressão física pode ser caracterizada
por qualquer comportamento, que utilize
força física, cuja conseqüência são
danos corporais ou destruição de
propriedade; a violência psicológica
tende a se manifestar através de
intimidação, humilhação, ameaças,
agressões verbais, isolamento social e
dependência financeira forçada e a
agressão sexual está relacionada a atos
sexuais não-consensuais ou que visam
humilhar o parceiro com relação a seu
corpo, desempenho sexual ou
sexualidade”.
(Nunan, Adriana. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
ENTRE CASAIS HOMOSSEXUAIS: O
SEGUNDO ARMÁRIO? 2003. Rio de Janeiro.)
Quando falo em escolarização formal penso no sistema educacional que não consegue lidar com casos tão específicos quanto os dos homossexuais masculinos e femininos; travestis ou transgêneros, apesar dos Parâmetros Curriculares Nacionais estabelecerem que:
“Se a escola que se deseja deve ter uma
visão integrada das experiências vividas
pelos alunos, buscando desenvolver o
prazer pelo conhecimento, é necessário
que ela reconheça que desempenha um
papel importante na educação para uma
sexualidade ligada à vida, à saúde, ao
prazer e ao bem-estar, que integra as
diversas dimensões do ser humano
envolvidas nesse aspecto”
(BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais: pluralidade
cultural, orientação
sexual. Brasília, MEC, SEF, 1997. p. 80.)
O ambiente escolar é responsável pelo grande número de jovens agredidos por causa de sua orientação sexual, já que as crianças não têm em suas famílias acesso ao diferente, ao plural e, ao entrarem para a escola excluem de seus meios tudo aquilo que não lhes parece normal em âmbito familiar. Não raro encontramos um menino ou uma menina sendo “massacrados” por piadinhas e apelidos maldosos, simplesmente por não estarem cumprindo seus papéis
sociais: menino joga bola e, menina brinca de boneca. O que não corresponde a esta realidade está fora da normalidade e é errado. Esta intolerância se mostra mais agressiva e mais visível, quando o adolescente homossexual começa a
demonstrar sinais claros de se tornar um possível travesti ou transgênero na idade adulta como nos mostra Mott, acerca da homossexualidade adolescente:
‘’Geralmente, quando ainda estão cursando o ensino fundamental, por volta dos 13 ou 14 anos, as jovens travestis começam os processos de hormonização, depois vem a siliconização e o preconceito. A família, principalmente no Nordeste, não aceita e o garoto é expulso de casa. O único meio de vida é a prostituição. Costumo comparar a travesti a uma ilha, só que ao invés de estar cercada de água por todos os lados está cercada pela violência”
A homossexualidade dentro da escola é tratada do mesmo modo como é tratada fora dela, ou seja, a partir dos papéis sociais/sexuais impostos pela sociedade a homens e mulheres na vida cotidiana. As relações de poder também estão presentes no imaginário popular no que diz respeito à sexualidade humana, já que o poder está relacionado à masculinidade, enquanto ao feminino cabe a delicadeza e a sensibilidade. Neste ambiente, podemos observar que as relações sexuais também passam pelo crivo social dos papéis sexuais/sociais. A idéia de que o homossexual ativo é aquele que domina a relação e, o passivo é o que se deixa dominar (o que exerce no caso dos homens o papel da mulher) ocorre em inúmeras sociedades. Neste Brasil que chamamos – ou pelo menos achamos ser – livre de preconceitos não seria diferente: a regra social é quem dita o que homens e mulheres devem cumprir para que sejam aceitos por ela, imprimindo sua marca machista nos sujeitos, conforme nos mostra Fry:
‘O menino é chamado de bicha, não simplesmente porque se supõe que ele goste de manter relações homossexuais, mas porque ele é “efeminado
(desempenha o papel feminino) e porque se mantiver um relação homossexual desempenhará um papel femininamente passivo. O rapaz que desempenha o papel masculino e que poderia ser o parceiro sexual da bicha(por tanto mantendo uma relação homossexual), é chamado de homem ou de machão.”
Por isso, é importantíssimo ao se falar de homossexualidade, falarmos dos papéis sociais aos quais homens e mulheres são submetidos em nossa sociedade. Ao homem, cabe a virilidade e o sustento da casa e, às mulheres a delicadeza e o cuidado com a casa - mantendo-a sempre limpa e organizada,
bem como a educação dos filhos. No âmbito escolar, o aluno “passivo” sempre é punido e o “ativo” permanece sempre como o machão, já que a passividade é um traço extremamente feminino. Esta movimentação é o que denominamos a divisão sexual da sociedade. A escola deve cumprir seu papel como educador, porém as culturas, as religiões e os gêneros devem ser respeitados e discutidos em grupo. Ela precisa pregar a tolerância e não a intolerância, como podemos observar com este presente trabalho. Professores e profissionais da área devem abrir seus olhos, livrando-os da cortina imposta pela sociedade burguesa moralista e trabalharem a favor da ética e do respeito ao próximo, sem distinções.
É neste contexto contraditório de papéis sociais/sexuais que aparece a violência contra homossexuais, já que para sociedade, o correto, o certo, o normal é que um homem aja socialmente – refiro-me a atitudes - como o homem ditado por ela e se relacione sexualmente com uma mulher e vice-versa, o contrário está caracterizado como anormal, errado.
Quem acompanha as notícias pela televisão e pelos jornalões tradicionais (Folha/uol, Estadao ou Globo) deve ter ouvido ou lido sobre o novo Programa Nacional de Direitos Humanos. Ouvido mal, é verdade. O noticiário todo distorcido nos faz pensar que Lula fez bobagem. Talvez seja interessante buscar novas informações para tirar sua própria conclusão. Segue trecho do sítio Brasil de Fato e link para a matéria completa:
A crítica que tem tido mais atenção é a dos militares. As Forças Armadas e o ministro da Defesa Nelson Jobim condenaram a criação da Comissão Nacional da Verdade, alegando que ela visa punir os militares na ditadura, sem investigar as ações da esquerda armada no período. “Esse argumento [de que a esquerda não será punida] demonstra absoluta ignorância da Lei de Anistia. Na verdade, todos os opositores que pegaram em armas, com raras exceções, foram presos, mortos e torturados. E grande parte de seus cadáveres estão desaparecidos. Aqueles que mataram, torturaram e estupraram em nome do governo não cometeram atos violentos? O sequestro e a tortura são ou não são um terrorismo de Estado?”, questiona o jurista Fábio Konder Comparato.