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Um peixe fora d'água. Essa expressão antiga ainda diz muito quando tentamos entender aquela sensação de estar fora do sistema, seja ele qual for.
E hoje, o sistema é rcuel. Especialmente no mundo do trabalho. Chegamos a um nível que para manter padrões econômicos e poder "possuir" todos os ipads, iphones, tablets e tvs HD precisamos trabalhar, trabalhar e trabalhar. 8, 10, 12 horas por dia, não importa. E ainda é preciso deixar o celular ligado porque você tem de estar disponível para eventualidades que seu chefe ou seu subordinado precisem.
O curioso, e lamentável (por que não?) é que as últimas gerações acham isso normal, ou ainda, desejável.
E vá você dizer que não deseja trabalhar 40 horas por semana!
O teto desaba sobre sua cabeça e todas as piores coisas são pensadas a seu respeito: vagabundo, deprimido, incapaz, sonhador (como se sonhar fosse ruim), etc e tal.
Mas isso não é tudo. Você mesmo passa a se questionar se não é isso mesmo. E aí, a sensação do peixe fora d'água só cresce e fica difícil lidar com isso.
E eis que você vê, como que causalmente, uma lua cheia no céu, ou os pássaros cantando ao amanhecer e, assim, bem bucolicamente você se dá conta de que nada disso importa. Que o instante já é o mais interessante e que a todos os momentos é preciso estar presente. O tempo não passa rápido! Somos nós que não o aproveitamos suficientemente.
As pessoas não são más, mas você que escolhe errado com quem anda.
Aquela música não é ruim, mas você é quem pouco se permite experimentar o diferente.
E assim, tentando ver a vida de outra maneira as coisas começam a se re-encaixar e a fazer sentido novamente.
Mas cuidado, porque a roda viva vai chegar novamente e se você não estiver preparado ela certamente levará seu destino pra lá.
Dica cultural: Leia a livro infantil "A Mulher que matou os peixes" de Clarice Lispector.
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