Depois do ouro olímpico, agora campeão mundial. Esse cara é foda!
http://sportv.globo.com/Sportv/2009/videos/0,,SRI1092675-17088,00-CESAR+CIELO+SE+EMOCIONA+AO+RECEBER+MEDALHA+DE+OURO+DOS+M+LIVRE+DO+MUNDIAL+D.html
quinta-feira, 30 de julho de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Rever os clássicos é sempre bom.
Quando se está apaixonado, ainda que seja um sentimento passageiro e imprevisível, não dá vontade de fazer isso?
Ainda mais com essa voz, esse sapato e essa música orquestrada,
Valeu Gene Kelly!
terça-feira, 21 de julho de 2009
Thundercats chegam à Terra.
Na década de 80, Thundercats fez muito sucesso.
Agora, revendo o primeiro capítulo achei de muito mais qualidade do que eu lembrava.
Os valores dados a Lion antes deles chegarem a Terra são valores de fato a serem seguidos.
O que você acha?
A Warner reclamou e o Youtube acatou. Por isso, o primeiro capítulo foi excluído. Deixe seu email nos comentários e eu te mando o link para baixa-lo.
sábado, 18 de julho de 2009
Por isso admiro Muricy.
É por isso que gosto de Muricy Ramalho. O cara tem personalidade e não é mal caráter. Sondado para ser o técnico do Santos ele fez três exigências e uma delas era a de não trabalhar com o goleiro Fabio Costa.
Eu faria o mesmo.
Ironicamente, após a confusão envolvendo Cuca e Muricy na sua saída do tricolor, acredito que o atual tricampeão brasileiro vai acabar mesmo como técnico do Flamengo. E se Muricy der certo no Flamengo aí é batata. Vira técnico da Seleção após o provável fracasso (ou mesmo se ganhar o hexa) na África.
Enquanto isso, pelo lado tricolor, as coisas estão feias. Ricardo Gomes pode até se dar bem , mas a diretoria errou feio ao trazê-lo. Na minha opinião se era para dar chance a um técnico mais ou menos, que o contratado fosse Sergio Guedes, ex-Ponte e atualmente no Azulão. Esse é um cara que vai longe e tem além do talento muito carisma.
Sábado sem sol
Dia cinza e chuvoso na praia. Lembrei desta música e resolvi compartilhar. Afinal, ouvir Eric Clapton é sempre bom.
tears in heaven
by eric clapton and will jennings
Would you know my name
If I saw you in heaven?
Would it be the same
If I saw you in heaven?
I must be strong
And carry on,
'Cause I know I don't belong
Here in heaven.
Would you hold my hand
If I saw you in heaven?
Would you help me stand
If I saw you in heaven?
I'll find my way
Through night and day,
'Cause I know I just can't stay
Here in heaven.
Time can bring you down,
Time can bend your knees.
Time can break your heart,
Have you begging please, begging please.
Beyond the door,
There's peace I'm sure,
And I know there'll be no more
Tears in heaven.
Would you know my name
If I saw you in heaven?
Would it be the same
If I saw you in heaven?
I must be strong
And carry on,
'Cause I know I don't belong
Here in heaven.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
A Kléber o que é de Kleber
Merecidamente o Estudiantes de La Plata é o campeão da Libertadores 2009.
Primeiro porque o time jogou direitinho a final e deveria mesmo ganhá-la.
Depois porque torci muito para que isso acontecesse, pois se há uma coisa que não suporto é jogador ou técnico
maldoso. No caso, o atacante Kléber, ex-palmeiras. Ele não merecia ser campeão. É um jogador violento, que bate nos outros com cotoveladas e socos e ainda tenta posar de vítima.
Bem-feito, caro colega!
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Senado deve votar hoje projeto de lei de Adoção
Algumas mudanças na Lei de Adoção estão em processo de votação no Congresso brasileiro.
Para quem se interessa pelo tema, são elas:
Os avanços da lei
Apresentado em 2004 pela senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), o projeto de lei do Senado 314, que já tramitou na Câmara dos Deputados, onde recebeu substitutivo, apresenta alguns avanços. Veja abaixo os mais importantes:
Apresentado em 2004 pela senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), o projeto de lei do Senado 314, que já tramitou na Câmara dos Deputados, onde recebeu substitutivo, apresenta alguns avanços. Veja abaixo os mais importantes:
- Determina a preparação prévia dos postulantes à adoção e acompanhamento no período pós-acolhimento, no caso das adoções internacionais;
- Uniformiza regras e procedimentos em todo o país, aprimorando o Cadastro Nacional de Adoção;
- Estimula a adoção de crianças e adolescentes comumente preteridos pelos adotantes: adoções inter-raciais, de crianças maiores, daquelas com deficiências físicas ou problemas de saúde;
- Determina que a separação de irmãos para adoção se dará apenas em último caso, diante de ameaça de abuso, por exemplo;
- Em caso de adoção de crianças indígenas e quilombolas, deverá ser priorizada a sua manutenção em suas comunidades de origem;
- A adoção internacional só será possível diante do esgotamento das adoções para habilitados brasileiros;
- Prevê que devem ser esgotados os recursos de manutenção da criança e adolescente em sua família natural e extensa;
- Prevê a oitiva da criança/adolescente nos casos de colocação em família substituta e nos casos dos adotantes solicitarem mudança do seu prenome;
- O Programa de Acolhimento – abrigo ou Programa de Família Acolhedora – deve, obrigatoriamente, encaminhar relatórios a cada seis meses para a autoridade judiciária.
Legislação que reformula a adoção no país prevê mais segurança às crianças e promete agilidade no processo
- Rodrigo Couto
- Prestes a ser aprovada pelo Senado, a nova Lei Nacional de Adoção, que tramita desde 2003 no Congresso Nacional, incentiva a prática no país e traz importantes avanços, como o amparo das adolescentes grávidas, a obrigatoriedade de o juiz justificar a permanência das crianças e adolescentes nos abrigos, a instituição de um prazo de até dois anos para a destituição familiar, regras mais rígidas para a aceitação legal como filho a estrangeiros, além de propiciar ao adotado o direito de opinar. A proposta também determina a preparação prévia dos postulantes à adoção e dos meninos e meninas a serem inseridos em novas famílias. Consultados pelo Correio, especialistas aprovam a legislação a ser implantada e esperam que as regras sejam cumpridas, apesar da falta de assistentes sociais e psicólogos em grande parte do território nacional.
Com a nova lei, o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), criado em 2008, será fortalecido e integrado com as listas estaduais. Hoje, 22,5 mil postulantes e 3,4 mil crianças e adolescentes estão inscritos e aptos a participarem do processo. “É muito importante a aprovação desta legislação, sobretudo no item em que oferece suporte às mães adolescentes, evitando que elas abandonem seus filhos em locais públicos”, afirma Francisco Neto, vice-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e integrante do comitê gestor do CNA.
Relator do projeto no Senado, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) apresentou parecer favorável, com adequações. “Suprimi do texto original a pena de dois a quatro anos às pessoas que participam de adoção direta e não comunicam à Justiça. Agora, elas terão até 30 dias para informarem o procedimento às autoridades”, diz o parlamentar, lembrando que essa prática é responsável por pelo menos 80% das adoções em todo o país. Pai de uma filha adotiva, Mercadante afirma que a essência do projeto é priorizar a família no sentido externo, com a tentativa de manter as crianças no convívio familiar.
Aproximadamente 80 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos federais no Brasil, sendo que 85% deles têm vínculos com a família, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Isso é um fator que atrapalha a adoção. Não podemos privilegiar o vínculo biológico em detrimento do laço emocional”, pondera Bárbara Toledo, presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad).
A preferência dos pais adotivos são por crianças do sexo feminino, brancas e com até dois anos de idade. A proposição, segundo Mercadante, visa dialogar com os postulantes que a questão física não é preponderante. “A intenção não é obrigar os novos pais a acolherem uma criança ou adolescente, mas colocar em debate outras questões importantes, além da aparência.” O projeto pode ser aprovado hoje pelo plenário do Senado. “Há um entendimento do governo para que a proposta seja aprovada. O próprio presidente Lula, que é pai adotivo, também é sensível à causa”, completa.
Aproximadamente 80 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos federais no Brasil, sendo que 85% deles têm vínculos com a família, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Isso é um fator que atrapalha a adoção. Não podemos privilegiar o vínculo biológico em detrimento do laço emocional”, pondera Bárbara Toledo, presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad).
A preferência dos pais adotivos são por crianças do sexo feminino, brancas e com até dois anos de idade. A proposição, segundo Mercadante, visa dialogar com os postulantes que a questão física não é preponderante. “A intenção não é obrigar os novos pais a acolherem uma criança ou adolescente, mas colocar em debate outras questões importantes, além da aparência.” O projeto pode ser aprovado hoje pelo plenário do Senado. “Há um entendimento do governo para que a proposta seja aprovada. O próprio presidente Lula, que é pai adotivo, também é sensível à causa”, completa.
fonte: Correio Braziliense
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Coral de Jogadores
Sempre me divirto muito com este vídeo, especialmente quando aparecem o Lula e o Felipão.
Já gostava da música e agora então...
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Meu novo Blog
Lancei um blog apenas para quem quiser acompanhar postagens sobre a série Som e Fúria.
Para lê-lo clique:
terça-feira, 7 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Estréia Amanhã: "Acho que 'Som & Fúria' vai fazer Shakespeare virar um autor popular de novo", torce o diretor Fernando Meirelles
PopTevê
"Loucura, luxúria, tudo isso tem no 'Som & Fúria'". A chamada da próxima minissérie da Globo - que estreia nesta terça, às 22h30 - resume bem e de forma bem-humorada a ideia de mostrar o cotidiano conflituoso, mas ao mesmo tempo divertido, de uma excêntrica companhia teatral.
Baseada na série canadense "Slings And Arrows", os 12 capítulos - produzidos em parceria com a O2 Filmes - retratam de maneira inteligente e acessível o dia a dia de uma fictícia trupe de teatro shakespeariana que reside no Teatro Municipal de São Paulo. "Me encanta a possibilidade de apresentar alguns trechos de peças de Shakespeare de uma maneira que tenho certeza que o espectador vai entender", descreve Fernando Meirelles, criador e diretor da versão brasileira da série, gravada no segundo semestre do ano passado em São Paulo.
Com um elenco estelar - composto por Pedro Paulo Rangel, Regina Casé, Andréa Beltrão, Felipe Camargo, Maria Flor, Paulo Betti e Débora Falabella, entre outros -, a produção tem início quando, durante uma montagem de "Hamlet", Dante (Felipe Camargo), no auge de sua carreira como ator, surta e sai correndo do palco. E abandona os amigos da Companhia de Teatro do Estado, como a atriz Elen (Andréa Beltrão), e o diretor Oliveira (Pedro Paulo Rangel). "O Dante é um Hamlet às avessas. Mas, ao contrário do príncipe da Dinamarca, ele não quer vingança, mas sim juntar os pedaços do seu passado e seguir adiante", filosofa Felipe Camargo.
Sete anos se passam e, nesse meio tempo, Dante abre uma pequena companhia teatral: a Sans Argent, expressão francesa que, em português, significa sem dinheiro. Os destinos dos três voltam a se cruzar quando, na noite de abertura de "Sonho de Uma Noite de Verão", Oliveira assiste à televisão e, durante um noticiário, vê Dante sendo despejado de seu teatro por falta de pagamento. Revendo o amigo, decide telefonar para ele. Os dois trocam acusações sobre o destino que cada um tomou depois da trágica apresentação de "Hamlet" e, após a discussão, Oliveira caminha pelo Centro de São Paulo, quando é atropelado por um caminhão de presunto e morre. A partir daí, a vida de Dante sofre uma reviravolta. "Depois que morre, o Oliveira começa a assombrar o teatro e faz uma parceria com o Dante na direção da companhia", adianta Pedro Paulo Rangel, que passa o resto da produção como um fantasma.
Com a morte do amigo, Dante é convidado a assumir a direção artística da Companhia de Teatro do Estado. Lá, ele reencontra Elen, que está em crise por estar envelhecendo e não poder mais interpretar as princesas, mas sim as rainhas, e conhece uma série de jovens atores, entre eles Kátia e Jaques, vividos, respectivamente, por Maria Flor e Daniel Oliveira. "A Elen está em outro patamar. Ela não faz mais a Ofélia, mas sim a Gertrudes. O pânico dela é virar a ama daqui a alguns anos", brinca Andréa Beltrão, confessando que a minissérie retrata bem os bastidores do teatro e, principalmente, os anseios dos atores. "É claro que tem um brilhozinho a mais. Mas é bem fiel ao nosso dia a dia. Tanto que me sentia como se estivesse no meu teatro", reconhece.
Na outra ponta da história, estão Ricardo e Graça, personagens vividos, respectivamente, por Dan Stulbach e Regina Casé. Enquanto ele é o ingênuo diretor financeiro da companhia, ela é a maquiavélica funcionária recém-nomeada pela Secretaria de Cultura para o teatro. Completamente avessa às obras de Shakespeare, a dupla só quer atrair plateia e patrocinador para a companhia. Essa é outra questão, aliás, que a minissérie traz à tona: até que ponto se deve alavancar a bilheteria de um teatro. "Acho que 'Som & Fúria' vai fazer Shakespeare virar um autor popular de novo. Essa é a minha expectativa", torce Fernando Meirelles, que assina a direção da minissérie ao lado de Toniko Melo, Gisele Barroco, Fabrízia Pinto e Rodrigo Meirelles.
Quem é quem em "Som & Fúria"
Dante (Felipe Camargo) - Representa o artista por excelência: apaixonado, talentoso, dramático e "meio louco". Durante a montagem de um "Hamlet", pira e sai correndo do palco. Depois de algum tempo de internação psiquiátrica, vira diretor de uma pequena e falida companhia de teatro alternativo: a Sans Argent.
Oliveira Welles (Pedro Paulo Rangel) - Diretor da Companhia de Teatro do Estado há mais de dez anos. Inteligente e sarcástico, tem muito prestígio no meio artístico. Ultimamente, porém, sua criatividade vem se esgotando. Tem saudade do tempo em que trabalhava com Dante, cujo auge aconteceu na montagem de "Hamlet".
Elen (Andréa Beltrão) - É a grande dama da Companhia de Teatro do Estado. Vive em crise por estar envelhecendo. Acostumada a interpretar a Ofélia de "Hamlet", agora faz a rainha na mesma peça. Viveu um romance apaixonado com Dante no passado, mas ele a abandonou pois acreditava que ela e Oliveira tinham um caso. Hoje namora garotões cada vez mais jovens.
Ricardo da Silva (Dan Stulbach) - É o diretor financeiro da Companhia de Teatro do Estado. Ambicioso, tenta tornar a arte lucrativa e mais popular e, por isso, vive em conflito com Dante e o resto dos artistas.
Ana (Cecília Homem de Melo) - É a vice-secretária-geral da companhia. Eficiente, porém muito tímida, vive às voltas com os conflitos entre artistas e produtores.
Graça (Regina Casé) - Funcionária recém-nomeada pela Secretaria de Cultura do Estado, usa toda a sua autoridade e poder para tentar colocar Ricardo como diretor do teatro. É que os dois planejam transformar o lugar em uma moderna empresa de musicais.
Kátia (Maria Flor) - Atriz iniciante, talentosa e idealista, tem sua primeira grande chance de viver um papel de destaque quando a atriz escalada para o papel de Ofélia na nova montagem sofre um acidente. Vive um romance com Jaques.
Jaques Maya (Daniel Oliveira) - Ator que veio da televisão para fazer "Hamlet" dentro da política para alavancar a bilheteria do teatro, sofre preconceito dos atores mais velhos. Se apaixona por Kátia e, surpreendentemente, se mostra um ótimo ator em cena.
Sanjay (Rodrigo Santoro) - Apresenta-se como um badalado publicitário. Isso porque tem um método polêmico e provocador de trabalho, o que ocasiona impacto na mídia. Mas, ao final, se revela um grande picareta.
Oberon (Paulo Betti) - Antigo ator da companhia, já acomodado em seus papéis, representa Rei Cláudio na montagem inicial de "Hamlet". Inicialmente, desafia a direção de Dante. Mais tarde, porém, revê sua posição e o apoia.
Sarah (Débora Falabella) - Jovem e talentosa atriz, é convidada a integrar a Companhia de Teatro do Estado para desempenhar o papel de Julieta. Tem um confronto inicial com o diretor Oswald Thomas, já que discorda frontalmente da concepção que ele pretende dar à peça.
Clara (Maria Helena Chira) - Jovem atriz completamente desprovida de talento. Só faz parte da Companhia de Teatro do Estado por imposição política do titular da pasta do Secretário de Cultura do Estado. Faz contraponto à graça e sensibilidade natural de sua "stand-in" Kátia.
Kleber (Juliano Cazarré) - Motoqueiro, trabalha em serviço de entregas e nas horas vagas participa de competições. Tem uma relação com a diva da companhia.
Naum (Gero Camilo) - Funcionário humilde do Teatro Municipal, é amigo e conselheiro de todos os atores e diretores da companhia. Conhece todos os clássicos e vive e respira teatro durante toda a vida.
Patrick (Leonardo Miggiorin) - Jovem ator da companhia, é escalado para interpretar Romeu. É gay assumido e acaba surpreendendo a si próprio ao se deixar envolver pela atriz Sarah, que vive Julieta. A força da peça os faz reinventar a relação apaixonada dos amantes de Verona.
Oswald Thomas (Antonio Fragoso) - Diretor polêmico, vê a direção teatral como show de efeitos especiais. Acaba se rendendo à vitalidade dos personagens e reencontra a essência proposta pelo teatro de Shakespeare.
Milu Silverstone (Haydée Bittencourt) - Curadora da companhia do Teatro Municipal, luta bravamente contra a visão mercantilista que a direção executiva quer imprimir à companhia teatral. Tenta preservar o espírito dos clássicos e acaba sucumbindo fisicamente nessa luta de poderes.
(Por Carla Neves)
Com um elenco estelar - composto por Pedro Paulo Rangel, Regina Casé, Andréa Beltrão, Felipe Camargo, Maria Flor, Paulo Betti e Débora Falabella, entre outros -, a produção tem início quando, durante uma montagem de "Hamlet", Dante (Felipe Camargo), no auge de sua carreira como ator, surta e sai correndo do palco. E abandona os amigos da Companhia de Teatro do Estado, como a atriz Elen (Andréa Beltrão), e o diretor Oliveira (Pedro Paulo Rangel). "O Dante é um Hamlet às avessas. Mas, ao contrário do príncipe da Dinamarca, ele não quer vingança, mas sim juntar os pedaços do seu passado e seguir adiante", filosofa Felipe Camargo.
Sete anos se passam e, nesse meio tempo, Dante abre uma pequena companhia teatral: a Sans Argent, expressão francesa que, em português, significa sem dinheiro. Os destinos dos três voltam a se cruzar quando, na noite de abertura de "Sonho de Uma Noite de Verão", Oliveira assiste à televisão e, durante um noticiário, vê Dante sendo despejado de seu teatro por falta de pagamento. Revendo o amigo, decide telefonar para ele. Os dois trocam acusações sobre o destino que cada um tomou depois da trágica apresentação de "Hamlet" e, após a discussão, Oliveira caminha pelo Centro de São Paulo, quando é atropelado por um caminhão de presunto e morre. A partir daí, a vida de Dante sofre uma reviravolta. "Depois que morre, o Oliveira começa a assombrar o teatro e faz uma parceria com o Dante na direção da companhia", adianta Pedro Paulo Rangel, que passa o resto da produção como um fantasma.
Com a morte do amigo, Dante é convidado a assumir a direção artística da Companhia de Teatro do Estado. Lá, ele reencontra Elen, que está em crise por estar envelhecendo e não poder mais interpretar as princesas, mas sim as rainhas, e conhece uma série de jovens atores, entre eles Kátia e Jaques, vividos, respectivamente, por Maria Flor e Daniel Oliveira. "A Elen está em outro patamar. Ela não faz mais a Ofélia, mas sim a Gertrudes. O pânico dela é virar a ama daqui a alguns anos", brinca Andréa Beltrão, confessando que a minissérie retrata bem os bastidores do teatro e, principalmente, os anseios dos atores. "É claro que tem um brilhozinho a mais. Mas é bem fiel ao nosso dia a dia. Tanto que me sentia como se estivesse no meu teatro", reconhece.
Na outra ponta da história, estão Ricardo e Graça, personagens vividos, respectivamente, por Dan Stulbach e Regina Casé. Enquanto ele é o ingênuo diretor financeiro da companhia, ela é a maquiavélica funcionária recém-nomeada pela Secretaria de Cultura para o teatro. Completamente avessa às obras de Shakespeare, a dupla só quer atrair plateia e patrocinador para a companhia. Essa é outra questão, aliás, que a minissérie traz à tona: até que ponto se deve alavancar a bilheteria de um teatro. "Acho que 'Som & Fúria' vai fazer Shakespeare virar um autor popular de novo. Essa é a minha expectativa", torce Fernando Meirelles, que assina a direção da minissérie ao lado de Toniko Melo, Gisele Barroco, Fabrízia Pinto e Rodrigo Meirelles.
Quem é quem em "Som & Fúria"
Dante (Felipe Camargo) - Representa o artista por excelência: apaixonado, talentoso, dramático e "meio louco". Durante a montagem de um "Hamlet", pira e sai correndo do palco. Depois de algum tempo de internação psiquiátrica, vira diretor de uma pequena e falida companhia de teatro alternativo: a Sans Argent.
Oliveira Welles (Pedro Paulo Rangel) - Diretor da Companhia de Teatro do Estado há mais de dez anos. Inteligente e sarcástico, tem muito prestígio no meio artístico. Ultimamente, porém, sua criatividade vem se esgotando. Tem saudade do tempo em que trabalhava com Dante, cujo auge aconteceu na montagem de "Hamlet".
Elen (Andréa Beltrão) - É a grande dama da Companhia de Teatro do Estado. Vive em crise por estar envelhecendo. Acostumada a interpretar a Ofélia de "Hamlet", agora faz a rainha na mesma peça. Viveu um romance apaixonado com Dante no passado, mas ele a abandonou pois acreditava que ela e Oliveira tinham um caso. Hoje namora garotões cada vez mais jovens.
Ricardo da Silva (Dan Stulbach) - É o diretor financeiro da Companhia de Teatro do Estado. Ambicioso, tenta tornar a arte lucrativa e mais popular e, por isso, vive em conflito com Dante e o resto dos artistas.
Ana (Cecília Homem de Melo) - É a vice-secretária-geral da companhia. Eficiente, porém muito tímida, vive às voltas com os conflitos entre artistas e produtores.
Graça (Regina Casé) - Funcionária recém-nomeada pela Secretaria de Cultura do Estado, usa toda a sua autoridade e poder para tentar colocar Ricardo como diretor do teatro. É que os dois planejam transformar o lugar em uma moderna empresa de musicais.
Kátia (Maria Flor) - Atriz iniciante, talentosa e idealista, tem sua primeira grande chance de viver um papel de destaque quando a atriz escalada para o papel de Ofélia na nova montagem sofre um acidente. Vive um romance com Jaques.
Jaques Maya (Daniel Oliveira) - Ator que veio da televisão para fazer "Hamlet" dentro da política para alavancar a bilheteria do teatro, sofre preconceito dos atores mais velhos. Se apaixona por Kátia e, surpreendentemente, se mostra um ótimo ator em cena.
Sanjay (Rodrigo Santoro) - Apresenta-se como um badalado publicitário. Isso porque tem um método polêmico e provocador de trabalho, o que ocasiona impacto na mídia. Mas, ao final, se revela um grande picareta.
Oberon (Paulo Betti) - Antigo ator da companhia, já acomodado em seus papéis, representa Rei Cláudio na montagem inicial de "Hamlet". Inicialmente, desafia a direção de Dante. Mais tarde, porém, revê sua posição e o apoia.
Sarah (Débora Falabella) - Jovem e talentosa atriz, é convidada a integrar a Companhia de Teatro do Estado para desempenhar o papel de Julieta. Tem um confronto inicial com o diretor Oswald Thomas, já que discorda frontalmente da concepção que ele pretende dar à peça.
Clara (Maria Helena Chira) - Jovem atriz completamente desprovida de talento. Só faz parte da Companhia de Teatro do Estado por imposição política do titular da pasta do Secretário de Cultura do Estado. Faz contraponto à graça e sensibilidade natural de sua "stand-in" Kátia.
Kleber (Juliano Cazarré) - Motoqueiro, trabalha em serviço de entregas e nas horas vagas participa de competições. Tem uma relação com a diva da companhia.
Naum (Gero Camilo) - Funcionário humilde do Teatro Municipal, é amigo e conselheiro de todos os atores e diretores da companhia. Conhece todos os clássicos e vive e respira teatro durante toda a vida.
Patrick (Leonardo Miggiorin) - Jovem ator da companhia, é escalado para interpretar Romeu. É gay assumido e acaba surpreendendo a si próprio ao se deixar envolver pela atriz Sarah, que vive Julieta. A força da peça os faz reinventar a relação apaixonada dos amantes de Verona.
Oswald Thomas (Antonio Fragoso) - Diretor polêmico, vê a direção teatral como show de efeitos especiais. Acaba se rendendo à vitalidade dos personagens e reencontra a essência proposta pelo teatro de Shakespeare.
Milu Silverstone (Haydée Bittencourt) - Curadora da companhia do Teatro Municipal, luta bravamente contra a visão mercantilista que a direção executiva quer imprimir à companhia teatral. Tenta preservar o espírito dos clássicos e acaba sucumbindo fisicamente nessa luta de poderes.
(Por Carla Neves)
domingo, 5 de julho de 2009
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