Esta é uma expressão que poucos entendem, especialmente por duas razões: ou estamos na nossa e nem a percebemos mais ou estamos fazendo turismo.
E fazer turismo nem sempre é o melhor jeito de conhecer o mundo. É claro que quando vou à uma cidade visito os pontos turísticos, tiro as mesmas fotos que quase todos que lá visitaram tiraram, bla, bla bla.
Mas o que eu gosto mesmo é de sentir a cidade.
Desta vez não. Oito dias foram suficientes para:
- perceber que em Lisboa come-se bem em qualquer lugar.
- ter a certeza de que tomar um bom vinho todos os dias é pré-requisito.
- saber que nos restaurantes locais pode se comer muito e pagar pouco. Ex: eu, Angelica e Nuno fomos a um restaurante desses chamado "Panças". Comemos um bacalhau a loureiro gigante, que dava pra 4 pessoas, bebemos e pagamos somente 11 euros cada um.
- observar que Lisboa é uma cidade de dia e uma de noite. A noite existe e é muito agitada, mas seus lugares combinam mais com a luz do dia.
- conhecer lugares culturais maravilhosos como o Armazem 13 e o Centro Cultural Belem.
- ir ao estádio e descobrir que há sim muitas facilidades em ir ver um jogo aqui: ingresso fácil de comprar, cadeira numerada, vista excelente. Mas também tem a correria de qualquer estádio: dificuldade de entrar, caos no trânsito, barraquinhas de comida e bebida do lado de fora.
- transportar-se com facilidade pra qualquer lado, inclusive deliciosas cidades ao redor (30 a 40 minutos de Comboio): Sintra e Cascais.
- por fim, descobrir pessoas interessantíssimas e outras lindas, abrindo às portas pra muita gente que ainda verei nessas férias.
Quer ver mais fotos: (clique aqui)
Lisboa (Álvaro de Campos)Lisboa com suas casas
De várias cores,
Lisboa com suas casas
De várias cores,
Lisboa com suas casas
De várias cores...
À força de diferente, isto é monótono.
Como à força de sentir, fico só a pensar.
Se, de noite, deitado mas desperto,
Na lucidez inútil de não poder dormir,
Quero imaginar qualquer coisa
E surge sempre outra (porque há sono,
E, porque há sono, um bocado de sonho),
Quero alongar a vista com que imagino
Por grandes palmares fantásticos,
Mas não vejo mais,
Contra uma espécie de lado de dentro de pálpebras,
Que Lisboa com suas casas
De várias cores.
Sorrio, porque, aqui, deitado, é outra coisa.
A força de monótono, é diferente.
E, à força de ser eu, durmo e esqueço que existo.
Fica só, sem mim, que esqueci porque durmo,
Lisboa com suas casas
De várias cores.
De várias cores,
Lisboa com suas casas
De várias cores,
Lisboa com suas casas
De várias cores...
À força de diferente, isto é monótono.
Como à força de sentir, fico só a pensar.
Se, de noite, deitado mas desperto,
Na lucidez inútil de não poder dormir,
Quero imaginar qualquer coisa
E surge sempre outra (porque há sono,
E, porque há sono, um bocado de sonho),
Quero alongar a vista com que imagino
Por grandes palmares fantásticos,
Mas não vejo mais,
Contra uma espécie de lado de dentro de pálpebras,
Que Lisboa com suas casas
De várias cores.
Sorrio, porque, aqui, deitado, é outra coisa.
A força de monótono, é diferente.
E, à força de ser eu, durmo e esqueço que existo.
Fica só, sem mim, que esqueci porque durmo,
Lisboa com suas casas
De várias cores.