terça-feira, 28 de setembro de 2010

Queda de público no brasileirão preocupa

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Toda terça-feira o jornal Lance publica estatísticas do campeonato brasileiro de futebol. Comprei  a edição de hoje para observar algo que visualmente já tinha constatado.
Desde o lançamento do campeonato na excelente fórmula dos pontos corridos, em 2003, temos uma queda vertiginosa da média de público no campeonato que em 2007 foi de 17.255 , em 2008, 16.172 e em 2009 17.914.
Em 2010 até agora a média é de 11.124.
Sem nenhuma análise científica para o fato, se é que é possível tê-la, este blogueiro tem lá suas opniões para essa diminuição da média.
Em 1º o esdrúxulo calendário que fez o campeonato começar e parar após 7 rodadas para a Copa do Mundo.
Ora. Um campeonato brasileiro, em geral, começa com o público baixo e a medida que as rodadas vão passando o público se dá conta de que ele está acontecendo e passa a frequentar os estádios. A pausa ocorrida esfriou tudo novamente e foi como se o campeonato tivesse começado na 8ª rodada, sendo que as primeiras sete, antes do campeonato pegar, também contam na média.
E aí eu pergunto: precisava ter parado o campeonato?
A seleção brasileira quase não tinha jogador dos times locais. A CBF podia então ter mantido uma rodada por semana com todos os jogos no mesmo dia e horário e por quatro rodadas apenas não teríamos tido a pausa nas atividades.
Além disso, os jogos da Copa na África não eram transmitidos de noite no Brasil. Logo, teria espaço para continuar a competição. Impossível ter uma explicação racional para a pausa.

No mais, este campeonato sofre de um problema sério: grandes estádios fechados para reformas da Copa do Mundo 2014 e times que lideram sem estádio próprio.

E aí você vê o quanto ainda somos desorganizados. Porque desde o começo de 2010 o Clube dos 13 que deveria organizar os clubes no Brasil poderia ter criado um planejamento de ação e marketing para que o torcedor sentisse que os estádios menores são também as suas casas. E mais: seria preciso uma ação integrada de Cruzeiro, Atlético MG, Flamengo e Fluminense (só para citar os mais afetados pelo momento) para definir sedes e facilidades para a chegada do torcedor.

Fora, é bom dizer, que a atitude mesquinha do presidente do Corinthians faz o time que luta pelo título jogar num estádio para 30 mil pessoas quando podia jogar num de 60 mil, lotando-o toda semana e fazendo o futebol estar na boca do povo novamente.
Somos um país caótico em organização futebolística e não é de hoje. O problema é que o caos de 2010 gerará rapidamente aqueles pseudo-comentaristas que dirão que a queda de público é por causa da fórmula do campeonato e não pela incompetência de nossos dirigentes.

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