quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Poesia 2003.



Divagações do tempo  (por Dani Ciasca - 05/10/2003)

            Estátua
Cabeça, mãos, braços, pernas
            Imóveis
      A claridade chega
            Se esvai
Vento, calor, chuva

O primeiro pêlo,
O primeiro sorriso
O primeiro amor
O primeiro som
             o segundo, o terceiro, o quarto...

Passantes não a observam
Moradores não a notam
Intelectuais não a conhecem
               São responsáveis?

São tantas as possibilidades
Tantas as necessidades
Tantas as sensações
     Continuas...



       intacta.


Deixas passar o tempo
             e imóveis fica.
Quanta lástima
Quanta dor

O tempo corrói, enfraquece
O tempo...

Permitirás te desgastar
          até sucumbires?

Não reclames.

Tu estátua, tendes o poder de mover-te
Ainda há tempo...



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