segue uma breve reflexão acerca do capítulo 1 : "A Ação Consciente" de A Filosofia da Liberdade de Rudolf Steiner (Ed. Antroposófica).
Do que falamos quando buscamos saber se o homem é ou não é livre?
Alguns pensadores como Spinoza, Herbert Spencer, Eduard Von Hartmann e Robert Hamerling colocam em dúvida a ideia de liberdade na medida que condicionam nossa ações ao querer e o querer a motivos externos ou internos.
Ademais, o simples fato de termos consciência de nossas ações nos leva a uma falsa sensação de liberdade, de acordo com Spinoza. Falsa porque, em geral, temos uma consciência parcial uma vez que desconhecemos as causas do nosso querer.
Hartmann condiciona o querer a dois fatores: as causas motoras e o caráter. O caráter seria o filtro e, ao mesmo tempo, o decodificador mental para que as pessoas agissem de forma diferente em situações análogas.
Steiner, em "A Filosofia da Liberdade", aceita a consciência como uma das condições do ser livre, mas vai além propondo que nos perguntemos qual é a origem e a importância do pensar neste processo?
Pois é no pensamento que se encontra as razões do nosso agir. Não há ação que não passe pelo pensamento. Não há paixão ou índole que também não passem por ele.
Sendo assim, é pelo pensamento que surgem as paixões e compreender sua origem, a do pensar, é libertar-se.
Daniel Cerqueira
educador
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