O último dia na cidade do Porto foi muito especial. Não só pelo sol ter voltado, mas também porque fui na melhor parte da cidade, que na verdade nem é mais no Porto, mas sim atravessando o rio Douro por uma ponte e chegando na vila Nova de Gaia.
É neste lugar onde estão as caves de vinho do porto. Você pode escolher uma, da marca que quiser, e ir conhecê-la. Eu escolhi a Ramos Pinto. Não tinha certeza porque, mas lembrava-me de ter tomado seu vinho uma primeira e única vez na casa da Lu Tambellini. Na verdade, fazia tempo que não nos víamos (como agora) e fomos conversando e tomando-a até que a garrafa acabou. E se não era essa garrafa então minha memória misturou tudo.
Pois então. Fui até a cave e lá, por €3,50 (três euros e cinquenta +- R$8,00) você faz uma visita guiada ao museu do vinho, vai até as caves onde estão os barris e depois degusta alguns vinhos daquela marca. E, logo no começo, eu descobri porque escolhi-o. A guia disse que o Adriano Ramos Pinto foi o primeiro a querer investir na exportação para o Brasil, ao contrário dos demais que exportavam para a Inglaterra. Aí está: é a nossa marca mais conhecida!
Não posso descrever exatamente como esse passeio é bom de se fazer. Talvez porque me encante a arte de fabricar vinho, como tudo é tão artesanal e demora tempo, ou melhor, tem seu próprio tempo para ser feito. Deu-me vontade de fazer um curso sobre vinhos. Fora isso, na hora de degustar você o faz numa sala charmosissima de uma casa antiga e da janela o rio Douro corre e na sua frente todo o morro da parte histórica da cidade do Porto.
Aliás, tenho de fazer um comentário que andando por aqui pensei em alguns momentos. Incrível, mas no Brasil, morro é a favela e na Europa morro é a parte histórica e elegante. Quem sabe com mais quinhentos e dez anos nossos morros não sejam históricos também?
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