Desta vez não é uma obra, é uma artista:
CACILDA BECKER!
Cacilda Becker (1921-1969)
Quando Cacilda Becker morreu, em 1969, no intervalo de uma peça que representava para estudantes, em São Paulo, a classe teatral se declarou órfã. Carlos Drummond de Andrade expressou seu luto no poema Atriz, e, em um só verso, retrata Cacilda por inteiro: “Era uma pessoa e era um teatro”.
Cacilda tinha 48 anos, 30 como atriz, e já era um mito, considerada a primeira grande diva do teatro brasileiro, imortalizada pela paixão com que vivia sua arte. Em 1994, no dia em que se completavam 25 anos de sua morte, a Cia. De Teatro Uzina Uzona, celebrou a vida da atriz encenando a peça Cacilda!!!, do ator e diretor José Celso Martinez Corrêa.
Cacilda tinha 48 anos, 30 como atriz, e já era um mito, considerada a primeira grande diva do teatro brasileiro, imortalizada pela paixão com que vivia sua arte. Em 1994, no dia em que se completavam 25 anos de sua morte, a Cia. De Teatro Uzina Uzona, celebrou a vida da atriz encenando a peça Cacilda!!!, do ator e diretor José Celso Martinez Corrêa.
Cacilda Becker Yáconis (é irmã da também grande atriz Cleyde Yáconis) nasceu em Pirassununga, interior de São Paulo, em abril de 1921. Iniciou-se na arte como bailarina, tentou ser pintora. A convite de uma amiga, foi para o Rio de Janeiro e estreou dirigida por Paschoal Carlos Magno em um espetáculo do Teatro do Estudante Brasileiro. “Quando encontrei o teatro, foi como se tivesse encontrado todas as artes que desejaria conhecer”, lembrou a atriz muitos anos depois.
Em 1942 voltou para a terra natal, para cuidar da mãe doente e lá ficou dois anos, trabalhando numa companhia de seguros. Nova passagem pelo Rio e a volta definitiva a São Paulo, onde deu aulas sobre comédia, na recém-fundada Escola de Arte Dramática. Integrou o lendário Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), com Ziembienski e Adolfo Celi, interpretando papéis em peças tão diferentes quando Antígona e A dama das camélias, mas foi com um papel masculino, em Pega Fogo, de Jules Renard, que se transformou em uma paixão dos que amam o teatro, encantando o público, avassalando atores e diretores, sob aplausos constantes da crítica.
Nove anos depois, funda sua própria companhia, o Teatro Cacilda Becker, junto com o marido, o ator Walmor Chagas, com quem teve uma filha, Maria Clara. No TCB, Cacilda interpretou peças de Ionesco, Dürrenmatt, Albee e Becket, introduzindo estes autores nos palcos brasileiros. No livro Uma atriz: Cacilda Becker, de Nanci Fernandes e Maria Theresa Vargas, Ziembinski relembra o alívio que foi para a atriz representar na sua própria companhia, livre de qualquer interferência ou compromisso que não fosse com o teatro.
Cacilda passou por períodos tão duros na vida que, na adolescência, roubou um pé de verdura em uma horta e, por má sorte, feriu o pé, contraindo tétano. O ferimento passou, mas a lembrança amarga ficou: “A fome é o que me dói até hoje”.
Em 1942 voltou para a terra natal, para cuidar da mãe doente e lá ficou dois anos, trabalhando numa companhia de seguros. Nova passagem pelo Rio e a volta definitiva a São Paulo, onde deu aulas sobre comédia, na recém-fundada Escola de Arte Dramática. Integrou o lendário Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), com Ziembienski e Adolfo Celi, interpretando papéis em peças tão diferentes quando Antígona e A dama das camélias, mas foi com um papel masculino, em Pega Fogo, de Jules Renard, que se transformou em uma paixão dos que amam o teatro, encantando o público, avassalando atores e diretores, sob aplausos constantes da crítica.
Nove anos depois, funda sua própria companhia, o Teatro Cacilda Becker, junto com o marido, o ator Walmor Chagas, com quem teve uma filha, Maria Clara. No TCB, Cacilda interpretou peças de Ionesco, Dürrenmatt, Albee e Becket, introduzindo estes autores nos palcos brasileiros. No livro Uma atriz: Cacilda Becker, de Nanci Fernandes e Maria Theresa Vargas, Ziembinski relembra o alívio que foi para a atriz representar na sua própria companhia, livre de qualquer interferência ou compromisso que não fosse com o teatro.
Cacilda passou por períodos tão duros na vida que, na adolescência, roubou um pé de verdura em uma horta e, por má sorte, feriu o pé, contraindo tétano. O ferimento passou, mas a lembrança amarga ficou: “A fome é o que me dói até hoje”.
Fonte:
Livro 100 Brasileiros (2004)
Livro 100 Brasileiros (2004)
Nenhum comentário:
Postar um comentário