quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Índice de postagens de Gênero na Educação

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Segue um índice com as postagens da página
http://www.fb.com/generonaeducacao

Abordagens de gênero nas escolas

             10/05/2016 - Livro Infantil: Meu nome é Bruno (Você já leu uma história de criança com um personagem trans?)

              25/04/2017 - "A sociedade perde ao não discutir gênero na escola"

              Austrália inclui no currículo aulas de desconstrução de gênero

Cursos

             26/05/2017- Curso de Extensão: "Políticas Públicas e Direitos Humanos de Pessoas Trans no Brasil"

             14/01/2017 - “Desprincesamento”: mulheres de Floripa se unem para oferecer cursos por meninas mais livres

             Igualdade de Gênero (presencial, porém, possui vídeo das aulas e bibliografia)

            Filosofia feminista, com Marcia Tiburi (online e pago)

Conceitos, Dados e Estatísticas de Gênero


             Dados sobre LGBTTs nas escolas do Brasil

             5 coisas que você precisa saber sobre igualdade de gênero na infância   

Dicas Culturais

              Filmes LGBTTs na Mostra de Cinema

Eventos

              13/06/2017 - Mostra de gêneros discute preconceito e representatividade de artistas trans

              03/05/2017 - 3º Seminário Internacional Desfazendo Gênero acontecerá em Campina Grande, Paraíba, entre 10 a 13 de outubro de 2017.

              25/11/2016 - Gênero em Termos Reais

              22/11/2016 - Desafio da Igualdade
            
              09 a 11 de nov, 2016 Festival do Livro e da Literatura de São Miguel - 7ª edição

               Out/Nov/ 2016 Filmes LGBTTs na Mostra de Cinema

Entrevistas

             MC Linn da Quebrada

Noticias 

        08/05/2017 - A reconstrução de Vinícius

            03/05/2017 "Meu filho usa vestido e brinca de boneca. E daí?"

Política e Gênero na Escola

              08/04/2017 - "MEC corta homofobia da lista de preconceitos que devem ser combatidos na educacao."

              27/03/2017 - “Notificação que proíbe discussão de gênero em sala de aula é inconstitucional”, aponta PFDC

              O caso do vereador e a escola Amorim Lima

Publicações e artigos (algum link nao funciona? clique aqui e baixe todas as publicacoes)






             Diversidade e o campo da educação: (re)leituras e abordagens contemporâneas. (SARDINHA, Antonio Carlos; TENORIO , Adriana; REIS, Marcos V. de Freitas (orgs)

              Gênero e Funk nas escolas (BORREGO, Marcos R.F; CERQUEIRA, Daniel ; MOREIRA, Danielle de M; TARZONE, Bruna F)         
             
              Porque discutir gênero na escola? (ONG Ação Educativa)         

Vídeos

              18/07/2017 - Seminário Gênero e educação da ONG Ação Educativa
     
              10/04/2017 - TV Globo - Fantastico - Quem sou eu? (4 episodios sobre transsexualidade)

              A construção social do gênero  (vídeo didático para crianças)

              Da insubmissão feminista na atualidade - Margareth Rago (Café Filosófico)

              Matteo, 8 anos, diz como se sente com as separações de gênero

             Movimento Feminista Negro no Brasil (Café Filosófico)

Ciganos: identidades em mutação.

As relações entre a cultura cigana e o acesso à Educação.
Clique aqui: http://migre.me/vphxi

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O fim do patriarcalismo: movimentos sociais, família e sexualidade na era da informação.

"Os movimentos lésbico e gay não são simples movimentos em defesa do direito humano básico de escolher a quem e como amar. São também expressões poderosas de identidade sexual e, portanto, de liberação sexual. Esses movimentos desafiam algumas das estruturas milenares sobre as quais as sociedades foram historicamente construídas: repressão sexual e heterossexualidade compulsória.
[...} No entanto, as forças de transformação desencadeadas pelos movimentos em busca da identidade sexual não podem se restringir à simples tolerância e respeito pelos direitos humanos. Elas põesm em ação uma crítica corrosiva sobre o que é considerado sexualmente normal e sobre a família patriarcal. Este desafio é particularmente assustador para o patriarcalismo [...]
Por isso, o desenvolvimento futuro dos movimentos de liberação sexual não será fácil. Ao trocar a defesa dos direitos humanos pela reconstrução da sexualidade, da família e da personalidade, os movimentos tocam nos centros nervosos da repressão e da civilização, e serão pagos na mesma moeda. [...] Mesmo assim, se a experiência vivenciada no último quarto de século tiver algum valor indicativo para o futuro, o poder da identidade se reveste de mágica quando tocado pelo poder do amor." 
Castells, Manuel. O poder da identidade . Volume II

domingo, 4 de outubro de 2015

Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência.

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Para as noveleiras e os noveleiros de plantão há uma perplexidade em entender porque a novela A Regra do Jogo, da rede globo de televisão tem a pior audiência da história de uma novela dita do "horário nobre" na rede de televisão que sempre deteve o maior poder econômico no Brasil.

Escrevo então como comunicador para que possamos refletir sobre esse fenômeno.





Em primeiro lugar nunca fez tanto sentido pensar na frase que sempre acompanhou as telenovelas. Algo como: "Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência." A telenovela sempre teve, merecidamente, um lugar pesado na crítica dos intelectuais da comunicação e da sociologia. Isso se dava, principalmente, por ela retratar uma imagem falsa do país onde só haviam ricos e classe média, ninguém trabalhava ou passava necessidade. Como a televisão aberta era o único meio de televisão e com o largo alcance que ela teve nos anos 80 e início dos 90 com praticamente todas as casas possuindo pelo menos um aparelho, esse retrato falso tornava-se manipulador de uma sociedade que não condizia com a realidade. Muito embora o maior problema sempre esteve nesse embate ficção x realidade, pois esta confusão era geradora da manipulação ideológica advinda da telenovela. Uma obra de ficção realista e que raras vezes explorava a fantasia, o lúdico ou o absurdo como linguagem gerava na verdade uma realidade ficcionada.


Eis que o Brasil mudou radicalmente nos anos 2000. Ampla parcela da população teve acesso a internet e aos canais pagos e as novas gerações foram migrando para outros veículos e outras formas de entretenimento. Soma-se a isso a penetração intensa das chamadas "séries" estadunidenses, ou de outros países, ganhando preferência entre os jovens e adultos dos 30 aos 40 anos. 


Ora, como linguagem, as séries são muito mais segmentadas do que as telenovelas. Elas tratam de temas específicos para públicos específicos. Sex and The City, por exemplo, era uma série voltada ao público feminino. Game of Thrones, público jovem. Married With Children, famílias de classe média. E assim por diante. 

Por outro lado, principalmente depois de Avenida Brasil, as classes populares e os bairros da periferia começaram a ser tratados e retratados mais próximos da realidade. Aparentemente isso se deu pela necessidade de reconhecimento e visibilidade dos mais pobres, o que quebrou radicalmente o paradigma dos anos 80 e 90 que foi sintetizado pelo carnavalesco Joaozinho Trinta: "Quem gosta de pobreza é intelectual. Pobre gosta de ver luxo e riqueza" (a frase exata não é essa, mas tá aproximada)

O pobre em ascensão também quer se ver representado na tela.

Por esse breve relato vê-se que o quebra-cabeças para entender a tal "baixa audiência" da novela é bem mais complexo do que dizer que há uma rejeição às novelas da Globo desde Babilônia ou atribuir essa queda ao sucesso da novela bíblica da record. 

O que me parece mais concreto é dizer que chegamos numa nova era da televisão brasileira onde as tvs abertas deverão cada vez mais segmentar seus públicos e apostar nessa segmentação para sobreviver. Acabou a era do monopólio global sobre o gosto do telespectador e nada irá recuperar isso porque é impossível agradar a todos. 20 pontos no ibope é um sucesso nessa nova era.


As pessoas que consideram A Regra do Jogo uma novela violenta não passarão a gostar dela se os capítulos ficarem cheios dos núcleos de humor. Assim como os que têm vibrado com a marca policial da novela, que começou mais parecida com uma série, inclusive com a inovação de títulos que conduzem a leitura dos capítulos, desistiriam de acompanhá-la se essa trama for diminuída. A direção da Globo precisa decidir: pra quem será essa novela?

E apostar nisso para fortalecê-la na sua audiência e no público que irá acompanhá-la por isso. 


(Nos próximos dias escreverei uma postagem sobre alguns porques de Verdades Secretas ser vista como sucesso e A Regra do Jogo como fracasso sendo que ambas tem a mesma pontuação de audiência)


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Saia da bolha, por favor.

(clique no título acima para ver a postagem completa) (I tried to translate this text in english after the portuguese version)



Não neguemos a realidade. A imagem do menino Aylan Kurdi morto na praia é chocante? Sim, é. É aterrorizante.
Zl de SP
Mas ele é somente um de muitos que estão morrendo. 
Somente na Europa?

Não , não. Aqui mesmo no Brasil, Haitianos, Bolivianos, etc e tal estão chegando em situação precária, quando conseguem chegar.
Mas, podemos ir um pouco mais no local. Você já viu em que condições vive uma pessoa no Jd Lapena, Zl de Sampa? Ou no Fontalis, ZN?
E as pessoas que moram em cortiços ou palafitas em Santos? 
E você, também está sensiblizada com isso?
Já parou pra pensar porque disso tudo?   
                                           
Aylan Kurdi

                                                                                  
Porque se você não parou pra pensar ainda, você está sofrendo de um mal que vem acometendo uma grande parte das pessoas : a INDIGNAÇÃO SELETIVA.
Simplesmente não dá pra você se indignar e se apiedar dessa foto e reclamar quando políticas sociais tentam diminuir o sofrimento das pessoas por aqui.
Políticas sociais atuam em várias frentes, desde distribuir um mínimo de dinheiro para garantir a sobrevivência das pessoas até a melhorar a educação e a saúde, por exemplo, espalhando médicos que evitam doenças mais graves e a mortalidade infantil.
Palafitas

Enfim, acho mesmo que você deve se chocar com a foto do Aylan. Mas acho também que você precisa SAIR DA BOLHA e olhar ao seu redor.
E, se possível, não só olhar, mas agir também.
Que tal?




Do not deny the reality! The picture of dead Aylan Kurdi is chocking? Of course, its. It´s terrible!
But He was one of the many who's dying.
Just in Europe?
No!
Even in Brazil, Haitians, Bolivians, etc... are arriving in a miserable situation, if they can arrived.
But, ok, we can change the view and look at to the local problems. Have you ever seen how live the people at Jd Lapena or Fontalis, from São Paulo?
And the Santos people who lives at "cortiços" and "Palafitas", have you?
Are you sense about then?
Have you tried to thing why all this thing is happening?
If you don't, you are suffering a great disease of this century: Selective Indignation!
You can not sorry about Alan and say bad things about social policies that guarantee the basic of the poor people, even you cannot talk against development health system by our government.
I really think you must be chocked about this picture, but please: "OPEN YOUR EYES" and look around you.
And if its possible, do something too.
How about? 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Repensar o que é identidade para poder lutar.

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Vivemos num tempo onde lutas contra o machismo, o racismo ou outros temas da identidade e da representatividade ganham, por vezes, ares autoritários. Isso não ocorre por uma má-intenção de certos grupos, mas  por parte de seus integrantes terem no seu ideal, naturalizado conceitos ultrapassados relacionados ao tema.


Por muito tempo a questão identitária do sujeito esteve atrelada a uma condição de classe, etnia ou sexo. E por ser algo relacionado a questões imutáveis,

domingo, 17 de maio de 2015

Professoras e professores: estudem!

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Muitas professoras de escolas públicas apontam o mesmo "diagnóstico" quando perguntadas sobre quais os problemas da educação no país: "o desinteresse dos alunos e alunas e as famílias desestruturadas." 


O debate aqui linkado é muito bom para que possamos começar a desconstruir esses mitos. O que está por trás desse discurso são modelos idealizados de inteligência/participação e de famílias.


Modelos com base na meritocracia e num olhar liberal sobre a sociedade. Além, é claro, de ser um modelo conservador.


Quando se dão conta do grau de vulnerabilidade social das estudantes e dos estudantes se isentam da responsabilidade e estigmatizam-nas.


No entanto, não são somente as crianças, adolescentes e jovens que saem perdendo com isso. A própria classe docente se vê frustrada, desrespeitada e incapaz de mudar. Não seria melhor compreender os problemas sociais, tentar se adequar a eles e a partir dos problemas dar um salto para o futuro?