Aproveite e leia a crítica do
filme Jose e Pilar (clique aqui)
Superação. É a palavra que encontro para ter assistido no cinema ao filme Tropa de Elite 2.
Isso porque demorei, e muito, para ver o primeiro, pois só a temática do filme e o que via de críticas já me incomodava. O pior é que quando o vi, detestei-o.
Por isso, tive de me superar para assistir ao segundo. O que me levou a sala do cinema foi
que ao assistir ao trailer percebi que claramente o Jose Padilha, diretor do filme, buscava se retratar de uma visão que incentivava a violência e, principalmente, a violência policial do primeiro filme.
Mas a continuação já começa da pior maneira possível: ainda narrada pelo capitão/coronel nascimento ele já explicita: o que você verá "parceiro" é a minha visão fascista e sanguinária de como deve se resolver o problema da segurança pública.
A história se desenrola e o protagonista vai descobrindo que ele é mais um fantoche do "sistema feito para eleger e reeleger sempre a mesma classe política". Aqui vale lembrar e fazer a relação direta com os ataques do PCC à cidade de São Paulo no ano de 2006, ano que elegeu Jose Serra governador de São Paulo.
De volta ao Tropa de Elite, Nascimento então começa a se transformar de bandido fardado a vítima herói. Só que não um herói qualquer, mas um novo Macunaíma, um herói sem caráter.
E aí o diretor deveria saber que suas obras ficarão no panteão das obras primas dos direitistas demo/psdbistas e ele está gostando disso ou ele deveria ir se especializar em dramaturgia e semiótica porque transformando em vítima um Nascimento, o viés da crítica, o que fica forte é o terror, a violência e a repressão como forma de controle social.
Não tenha dúvida: o espectador sai da sala do cinema pensando que o "inimigo agora é outro", mas como esse inimigo não tem cara, só nos resta esperar que outros Nascimentos (com sua personalidade pitbull) façam parte das polícias brasileiras para nos salvar.
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