quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Lindemberg e o arrependimento.

(clique no título acima para ver a postagem completa)

Qual a nossa capacidade de perdoar?
Com essa pergunta começo esse texto que, creio, será polêmico.
As pessoas de bom caráter sempre creem que o outro deve arrepender-se de seus erros e, a partir de um auto-julgamento moral, retificar-se e modificar-se.
Ocorre que a teoria é bem diferente da prática. Quando o assunto é , por exemplo, um crime contra a vida temos dificuldades de perdoar alguém.
Isso porque julgamos que uma pessoa capaz de matar não é uma pessoa "sensível" ao sofrimento e passível de mudança.
Mas eu me pergunto:
- Nunca cometemos atos, em momentos de raiva, que nos arrependemos depois?
Eu já cometi vários. Diversas vezes disse algo à alguém que, após a raiva, julguei ter exagerado. Ou, na cólera, agredi fisicamente uma pessoa sem pensar.
Sendo assim, porque não acreditar no perdão de Lindemberg Alves?
Não sou estúpido de ignorar que um psicopata é capaz de pedir perdão para se safar. Mas, questiono se é possível recriminá-lo numa situação colérica como a vivida por ele, uma vez que ele pede o perdão publicamente a mãe da vítima: Eloá.
Isso não quer dizer que ele não deva ser condenado. Pelo contrário: ele matou uma pessoa e deve ser culpado por isso e privado de sua liberdade.
Mas eu vejo no seu pedido de perdão uma brecha para uma mudança. Vejo nele uma pessoa que, se bem trabalhada, pode se modificar.
Talvez seja meu lado "poliana" de não querer acreditar na maldade pura e simples, mas prefiro pensar assim.

 
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