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Parece que a sociedade civil começa a despertar para a real transformação das favelas e bairros pobres.
Todos que um dia ja cursaram uma universidade pública ou uma faculdade particular sabem o quanto esse período é transformador. Ainda que umas mais e outras menos, a universidade, ao contrário de cursos técnicos, preparam o estudante para questões técnicas, mas também para refletir e pensar sobre onde determinada profissão pode agir na transformação de uma sociedade.
Em 2003 o governo federal ciente disso, uma vez que grande parte de seu corpo político vinha de classes pobres ou média-baixa, investiu em programas como o PROUNI e no ENEM como fomentadores do pensamento de que com o ingresso na universidade os pobres terão a sua real ascenção social.
A sociedade civil representadas em grande parte pelo terceiro setor não entenderam o recado e continuaram a "produzir mão-de-obra" de baixo custo. Se tal política não era ruim uma vez que garantia ao menos a sobrevivência desses moradores de favela, também não era exatamente o que se esperava de um setor que "luta" para mudar a condição de quem vive nestes territórios.
O curioso é que essa "mão-de-obra" ao ingressar no mercado de trabalho percebeu que só isso não bastava e muitos, utilizando-se das políticas federais citadas, passaram a ingressar por conta própria no ensino superior.
Ora, as faculdades particulares em geral precisam de bolsistas para justificar a isenção de alguns impostos e as universidades públicas precisam de campo de estudo/trabalho para por em prática o que veêm na teoria (sobre isso, conheça o programa Mais Educação (clique aqui)).
Por que a sociedade civil e o terceiro setor não concentram as energias para potencializar o que está sendo feito pelo Estado? Parcerias com o ensino superior seriam mais produtivas e eficazes para todas as partes e acelerariam a transformação social que o Brasil precisa! (sobre isso contarei num outro momento a rica experiência que tive em Guiné-Bissau na formação dessas parcerias)
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