sábado, 18 de fevereiro de 2012

Unifesp inaugura novo prédio e reitor acha que está tudo ótimo.

(clique no título acima para ver a postagem completa)


Ontem, o ministro da Educação Aloysio Mercadante, os prefeitos de Santos e Cubatão e o reitor da UNIFESP estiveram em Santos para inaugurar o novo prédio do campus Baixada Santista.
Como é possível ver na matéria abaixo, uma polêmica já está instaurada.





De um lado, os estudantes reclamam das condições precárias de funcionamento do Campus desde sua inauguração e, agora, da entrega de um prédio sem totais condições de receber as atividades de acordo com as reais necessidades de cada curso. Prédio esse que já era para ter sido entregue desde 2008.


Do outro, o ministro declarou que é preciso calma e enxergar que esse investimento da criação de uma universidade pública na baixada é algo histórico para a região e que deve ser comemorado. Ele entende que as condições ainda não são as ideais e que os estudantes devem lutar pelas melhorias necessárias.


Bem, os dois lados estão certos, na minha opinião. De fato as condições do campus baixada santista está bem abaixo do que se pode oferecer em uma universidade federal. Mas quando você vê o vídeo acima, não está claro o porque disso? O reitor acha que está tudo ótimo e o prédio está pronto para funcionar. Ora, se alguém tinha que batalhar por melhorias era o reitor, mas se ele acha que está tudo bem, que melhorias acontecerão? Nenhuma! Isso sem comentar a diretora do Campus que ao falar, mal articulava o discurso e sem carisma nenhum, não aproveitou a oportunidade para cobrar de quem devia. Talvez porque ela também concorde com o reitor e ache que está tudo bem.


Agora, acho um exagero a crítica que os estudantes fazem a respeito da abertura das federais em diversos campus e cidades. Eles alegam que o governo abre novas universidades federais sem condições de funcionamento só para aumentar as estatísticas.
Para mim essa é uma visão estreita que não quer enxergar a longo prazo o impacto da abertura das federais, mesmo que ainda não nas condições ideais.
O ministro está certo em dizer que este deficit educacional demorará para ser resolvido, mas que o campus na baixada já é um grande passo para uma região onde a única perspectiva de uma universidade pública era subir a serra e ir estudar na capital.


Instalar uma universidade na baixada tem enormes impactos para o desenvolvimento da região. Especialmente na área de saúde, a especialidade da UNIFESP. Obviamente que a pesquisa e a extensão realizadas pelos docentes e estudantes será transformadora para a região. Só para se ter uma ideia, a quantidade de estagiários de psicologia, nutrição, educação física, terapia ocupacional e serviço social que todo ano ingressa nos serviços municipais com orientação de docentes altamente qualificados já é muito mais do que a região jamais obteve como beneficio.


Sendo assim, perdeu-se uma enorme oportunidade de colocar a diretora e o reitor numa saia justa perante o ministro da educação e, assim, trazer o ministro para a "briga". A maneira utilizada de confrontar e criticar o ministro deixou os reais culpados pelas condições precárias do campus numa situação confortável onde não precisaram se expor e nem dar explicações para a autoridade máxima na área educacional.

 
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