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Hoje admiro ainda mais as pessoas desapegadas.
O lugar onde nascemos, ou, melhor ainda, onde crescemos é cheio de vínculos afetivos. Além disso, são lugares onde nos sentimos seguros: sabemos por onde andar, o que encontrar, quando sair e o que fazer.
Esses vínculos e essa segurança dão uma sensação de bem-estar e de acolhimento, pois em qualquer eventualidade você tem a quem recorrer.
Pois, não são poucos os que abandonam tudo isso por uma aventura, ou, mais comum, para ganhar dinheiro. Acompanho o futebol desde adolescente e tenho pensado bastante sobre a vida de um jogador profissional. A cada ano ele mora numa cidade, o que significa que, em primeiro lugar, ele tem que sempre recomeçar. Além disso ele é "obrigado" a adaptar-se a novas culturas, climas e jeito de viver que nem sempre são dos mais agradáveis.
Pra quem correr na Ucrania se você acorda num daqueles dias não muito bons? O que fazer em Abhu-dabi se você come algo que não lhe faz bem? No seus dias de folga, para onde ir em Brazzaville?
Diante disso tudo, eu acho muito justo que eles ganhem as fortunas que ganham. É a única motivação para enfrentar tudo isso. Ninguém vai pra esses lugares pra ganhar R$ 5 mil!
Estou falando de jogadores, mas isso serve pra outros profissionais, é claro.
E quando penso nisso tudo eu admiro muito as pessoas desapegadas, pois eu sei que tem muita gente que faz essas coisas sem ganhar as fortunas dos jogadores de futebol. É que as pessoas são diferentes e reagem diferentes às situações e seria muito infantil da minha parte querer que todos pensem como eu e ajam como eu.
Eu consigo entendê-los e, por isso mesmo, admirá-los!
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Tabela comprova: sp na contramão
(clique no título acima para ver a postagem completa)
Disse no texto "Às vezes, dá pena do paulistano" que SP vai na contra-mão do Brasil. Isso não é achismo, idealismo ou coisa e tal. É fato.
Basta olhar essa tabela. Ela mostra o crescimento do PIB por Estado Brasileiro, de 2003 à 2009 e já classifica os estados por ordem de crescimento acumulado.
O Estado com mais indústrias e população do país está a frente de apenas 6, dos 27 em questão?
Pobre Paulista|
clique e veja a tabela: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_estados_do_Brasil_por_crescimento_do_PIB
Disse no texto "Às vezes, dá pena do paulistano" que SP vai na contra-mão do Brasil. Isso não é achismo, idealismo ou coisa e tal. É fato.
Basta olhar essa tabela. Ela mostra o crescimento do PIB por Estado Brasileiro, de 2003 à 2009 e já classifica os estados por ordem de crescimento acumulado.
O Estado com mais indústrias e população do país está a frente de apenas 6, dos 27 em questão?
Pobre Paulista|
clique e veja a tabela: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_estados_do_Brasil_por_crescimento_do_PIB
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Brasil 2014: crônica de uma morte anunciada.
(clique no título acima para ver a postagem completa)
O Brasil não tem a menor chance de ganhar a Copa do Mundo em 2014! Não de maneira legítima, é claro.
Toda a "preparação" para a Copa está errada. Não temos um técnico decente!
Um cara que não ganhou absolutamente nenhum título importante e que nunca fez seus times jogarem um futebol bonito comanda a seleção mais importante do mundo. É inacreditável!
Temos uma das piores gerações de jogadores. Um bando de marketeiros que jogam bola uma ou duas partidas, mas que não têem o menor espírito coletivo, fundamental para se formar uma boa seleção. Alguém dúvida que Neymar, Ronaldinho Gaúcho e Julio Cesar, as principais "estrelas" que vão jogar hoje contra a Bósnia estão cagando e andando pra o que pensa o torcedor brasileiro?
E agora, pra completar, um boçal é o diretor de futebol. Um cara que devia ser articulador e que deveria trazer a torcida de volta à paixão pela seleção comporta-se como dirigente de clube pequeno que sempre foi.
Enquanto isso, Uruguai e Espanha vão se ajeitando cada vez mais e não duvido nada vir aí um Maracanazo 2.
É triste! Eu, que desde criança sonhava como uma Copa do Mundo no Brasil, não consigo aceitar que esse amadorismo tomou conta do nosso futebol.
O Brasil não tem a menor chance de ganhar a Copa do Mundo em 2014! Não de maneira legítima, é claro.
Toda a "preparação" para a Copa está errada. Não temos um técnico decente!
Um cara que não ganhou absolutamente nenhum título importante e que nunca fez seus times jogarem um futebol bonito comanda a seleção mais importante do mundo. É inacreditável!
Temos uma das piores gerações de jogadores. Um bando de marketeiros que jogam bola uma ou duas partidas, mas que não têem o menor espírito coletivo, fundamental para se formar uma boa seleção. Alguém dúvida que Neymar, Ronaldinho Gaúcho e Julio Cesar, as principais "estrelas" que vão jogar hoje contra a Bósnia estão cagando e andando pra o que pensa o torcedor brasileiro?
E agora, pra completar, um boçal é o diretor de futebol. Um cara que devia ser articulador e que deveria trazer a torcida de volta à paixão pela seleção comporta-se como dirigente de clube pequeno que sempre foi.
Enquanto isso, Uruguai e Espanha vão se ajeitando cada vez mais e não duvido nada vir aí um Maracanazo 2.
É triste! Eu, que desde criança sonhava como uma Copa do Mundo no Brasil, não consigo aceitar que esse amadorismo tomou conta do nosso futebol.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Os falidos campeonatos estaduais.
(clique no título acima para ver a postagem completa)
Muita gente que me conhece pessoalmente fica espantada quando eu digo que o campeonato paulista não presta para nada.
Normalmente vêem com argumentos, quando os tem, de que é um campeonato importante para que as esquipes do interior continuem sobrevivendo. Se esse argumento fosse verdadeiro eu até o apoiaria.
O único sentido da existência de um estadual seria para que a Federação Paulista, no caso, angariasse recursos e distribuisse para as equipes do interior, que, assim, continuariam a investir na formação de atletas e, com isso, a máquina continuaria gerando novos craques.
Mas, pra não dizer que não falei das flores, segue o texto postado no sítio da Portuguesa Santista, que este ano disputará a segunda divisão paulista que, na verdade, é a quarta, pois vem depois da chamada A3. Aliás, um último comentário. Essa aberração de chamar a A2 e A3 de primeira divisão só teria sentido se, em algum momento, as equipes dessas divisões se encontrassem com as da A1, o que nunca ocorre.
Mas vamos ao texto:
Normalmente vêem com argumentos, quando os tem, de que é um campeonato importante para que as esquipes do interior continuem sobrevivendo. Se esse argumento fosse verdadeiro eu até o apoiaria.
O único sentido da existência de um estadual seria para que a Federação Paulista, no caso, angariasse recursos e distribuisse para as equipes do interior, que, assim, continuariam a investir na formação de atletas e, com isso, a máquina continuaria gerando novos craques.
Mas, pra não dizer que não falei das flores, segue o texto postado no sítio da Portuguesa Santista, que este ano disputará a segunda divisão paulista que, na verdade, é a quarta, pois vem depois da chamada A3. Aliás, um último comentário. Essa aberração de chamar a A2 e A3 de primeira divisão só teria sentido se, em algum momento, as equipes dessas divisões se encontrassem com as da A1, o que nunca ocorre.
Mas vamos ao texto:
Definidas as regras para disputa da Segunda Divisão.
Ontem, na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), foi realizada a reunião para definir o regulamento e fórmula de disputada do Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 2012.
A competição terá início no dia 05/05/2012 e será disputada por 44 ou 46 equipes (a definir), que serão definidas somente após apresentarem os laudos exigidos pela Federação. A data limite para a entrega dos documentos é 24/02/2012.
A fórmula de disputa permanecerá a mesma do ano passado. As equipes serão divididas em grupos regionalizados na primeira fase, classificando-se à fase seguinte as quatro melhores equipes de cada grupo. A partir da segunda fase, os grupos não serão mais regionalizados.
OS CLUBES QUE SE VIREM...
A Federação Paulista, mais uma vez mostrou que "não dá a mínima" para as equipes do interior e desembolsará a quantia de míseros 13 mil reais para cada equipe!!! Se o campeonato for disputado por 46 equipes, a soma da quantia não chegará a 600 mil reais. Em comparação, Santos, São Paulo, Palmeiras e Corinthians receberam 10 MILHÕES cada um para disputar a séria A1, enquanto as outras equipes desta mesma divisão receberam 1,2 milhão.
O campeonato da segunda divisão dura até 6 meses, caso a equipe chegue à última fase, ou 3 meses, caso caia ainda na primeira fase. Para se ter uma ideia, o alguel de um ônibus para viagem é de no mínimo 4 mil reais, ou seja, em 3 jogos como visitante a equipe praticamente esgotará a quantia destinada pela FPF.
A competição terá início no dia 05/05/2012 e será disputada por 44 ou 46 equipes (a definir), que serão definidas somente após apresentarem os laudos exigidos pela Federação. A data limite para a entrega dos documentos é 24/02/2012.
A fórmula de disputa permanecerá a mesma do ano passado. As equipes serão divididas em grupos regionalizados na primeira fase, classificando-se à fase seguinte as quatro melhores equipes de cada grupo. A partir da segunda fase, os grupos não serão mais regionalizados.
OS CLUBES QUE SE VIREM...
A Federação Paulista, mais uma vez mostrou que "não dá a mínima" para as equipes do interior e desembolsará a quantia de míseros 13 mil reais para cada equipe!!! Se o campeonato for disputado por 46 equipes, a soma da quantia não chegará a 600 mil reais. Em comparação, Santos, São Paulo, Palmeiras e Corinthians receberam 10 MILHÕES cada um para disputar a séria A1, enquanto as outras equipes desta mesma divisão receberam 1,2 milhão.
O campeonato da segunda divisão dura até 6 meses, caso a equipe chegue à última fase, ou 3 meses, caso caia ainda na primeira fase. Para se ter uma ideia, o alguel de um ônibus para viagem é de no mínimo 4 mil reais, ou seja, em 3 jogos como visitante a equipe praticamente esgotará a quantia destinada pela FPF.
Notícias: noticiasdabriosa.blogspot.com
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Laerte toca nas feridas.
(clique no título acima para ver a postagem completa)
Nos últimos dois anos tem sido comum a presença do cartunista Laerte em programas de entrevista ou em matérias de revista e internet.
Não muito pela sua produção artística, mas pelo fato de ter "virado mulher". Laerte com essa mudança (você pode entender melhor pelas próprias palavras dele na entrevista abaixo) mexe com conceitos e preconceitos. A verdade é que sua transformação após ter uma carreira estabelecida abre as portas pra que ele esteja nesses lugares e, assim, provoque à quem o vê.
Teria uma travesti a mesma possibilidade de divulgar seu trabalho se surgisse desde o princípio como travesti?
A pergunta é retórica, pois é claro que não! Caso assim fosse, qual travesti vem despontando por seu trabalho nos meios de comunicação? A própria Lea T está num mercado muito mais ligado as questões do corpo e para mim não conta.´
Infelizmente se uma travesti resolver ser cartunista, apresentadora de programa de televisão, repórter, ministra ou qualquer outra coisa não terá espaço tão facilmente nos meios de comunicação de massa.
Sendo assim, a figura de Laerte é um importante estandarte da causa dos transexuais, travestis e trangêneros. Ele abre as portas do conhecimento para que possamos pensar sobre o que é ser homem e o que é ser mulher.
Por fim, acho que finalmente descobri a razão para eu gostar tanto de ver, ouvir e ler entrevistas. Quando faço isso, humanizo pensamentos distintos do meu e passo a refletir sobre aquela persona. E nisso, acabo por fazer um exercício de auto-conhecimento e mudança pessoal.
Confira a entrevista! Vale a pena.
Nos últimos dois anos tem sido comum a presença do cartunista Laerte em programas de entrevista ou em matérias de revista e internet.
Não muito pela sua produção artística, mas pelo fato de ter "virado mulher". Laerte com essa mudança (você pode entender melhor pelas próprias palavras dele na entrevista abaixo) mexe com conceitos e preconceitos. A verdade é que sua transformação após ter uma carreira estabelecida abre as portas pra que ele esteja nesses lugares e, assim, provoque à quem o vê.
Teria uma travesti a mesma possibilidade de divulgar seu trabalho se surgisse desde o princípio como travesti?
A pergunta é retórica, pois é claro que não! Caso assim fosse, qual travesti vem despontando por seu trabalho nos meios de comunicação? A própria Lea T está num mercado muito mais ligado as questões do corpo e para mim não conta.´
Infelizmente se uma travesti resolver ser cartunista, apresentadora de programa de televisão, repórter, ministra ou qualquer outra coisa não terá espaço tão facilmente nos meios de comunicação de massa.
Sendo assim, a figura de Laerte é um importante estandarte da causa dos transexuais, travestis e trangêneros. Ele abre as portas do conhecimento para que possamos pensar sobre o que é ser homem e o que é ser mulher.
Por fim, acho que finalmente descobri a razão para eu gostar tanto de ver, ouvir e ler entrevistas. Quando faço isso, humanizo pensamentos distintos do meu e passo a refletir sobre aquela persona. E nisso, acabo por fazer um exercício de auto-conhecimento e mudança pessoal.
Confira a entrevista! Vale a pena.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Às vezes, dá pena do paulistano.
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Tem dias que eu tenho raiva. Outros, pena de quem continua a morar em SP. Hoje é um desses dias.
Tenho lido a briga de foice, ou de bicos que está para se decidir os candidatos a prefeitura da capital.
Por enquanto, o único confirmado é o petista Fernando Haddad, candidato do ex-presidente Lula e que foi ministro da Educação dele.
Os demais têem se movimentado nos bastidores para decidir quem apoia quem. Acho estranha a passividade da esquerda paulista em já articular uma campanha. Ivan Valente ou Gianazzi, ambos do PSOL, não mostraram as caras ainda e assim fica difícil criar uma alternativa numa cidade com a população do tamanho de um Estado.
Pela direita conservadora, muito provavelmente o candidato será o José Serra, o último derrotado na eleição presidencial e que tem contra ele as denúncias de desvio de dinheiro documentadas do livro A Privataria Tucana bem como o fato de ter abandonado a prefeitura e deixado de "presente" Kassab, o prefeito mais impopular desde Celso Pitta (que aliás foi seu chefe, pois Kassab foi secretário de Pitta).
E ainda terão pela frente Gabriel Chalita, PMDB, Netinho PC do B e Celso Russomano, da tchurma do Maluf (isso se ele mesmo não sair canditato também) , só que agora no PRB. Os três últimos, aliás, com grande penetração na periferia e no voto das pessoas mais simples, o que pode complicar a disputa.
O curioso é que com tantos nomes, se você perguntar a um paulistano quem você gostaria que fosse prefeito ou prefeita da cidade, muito provavelmente nenhum desses seria citado. Ou seja, é o completo distanciamento da política com o povo. Enquanto os partidos debatem, fazem acordos e costuram alianças, o povo não sabe de nada e quando souber, aí terá que escolher entre o "menos pior".
Agora o que me dá pena no dia de hoje é a quase certeza que Serra será novamente eleito. Isso porque o paulistano médio tem se tornado cada vez mais conservador e individualista e vê nele um representante dos privilégios adquiridos. Também me dá pena porque São Paulo vai continuar na contra-mão do Brasil, ou seja, enquanto o país e a maioria dos estados e cidades investem, crescem e melhoram as condições de vida de todas as classes sociais, a economia de São Paulo se retrai, as pessoas mais interessadas em melhorar o lugar onde vivem começam a se mudar para outras cidades, a população mais pobre vê suas moradias serem "acidentalmente" incendiadas, os artistas de rua são proibidos de trabalhar, a Controlar desvia dinheiro em nome de uma inspeção ambiental, etc, etc, etc. Tudo isso, com Serra, terá continuidade!
Ou desde já o paulistano cansado disso começa a se movimentar e dessa vez milita por um candidato diferente, ou Serra e a turminha do Kassab ficarão mais 4 anos destruindo essa que já foi a cidade modelo para o resto do país.
atualizando: antes que falem bobagem, se eu pudesse escolher meus cadidatos seria Erundina com Ivan Valente de vice.
Tem dias que eu tenho raiva. Outros, pena de quem continua a morar em SP. Hoje é um desses dias.
Tenho lido a briga de foice, ou de bicos que está para se decidir os candidatos a prefeitura da capital.
Por enquanto, o único confirmado é o petista Fernando Haddad, candidato do ex-presidente Lula e que foi ministro da Educação dele.
Os demais têem se movimentado nos bastidores para decidir quem apoia quem. Acho estranha a passividade da esquerda paulista em já articular uma campanha. Ivan Valente ou Gianazzi, ambos do PSOL, não mostraram as caras ainda e assim fica difícil criar uma alternativa numa cidade com a população do tamanho de um Estado.
Pela direita conservadora, muito provavelmente o candidato será o José Serra, o último derrotado na eleição presidencial e que tem contra ele as denúncias de desvio de dinheiro documentadas do livro A Privataria Tucana bem como o fato de ter abandonado a prefeitura e deixado de "presente" Kassab, o prefeito mais impopular desde Celso Pitta (que aliás foi seu chefe, pois Kassab foi secretário de Pitta).
E ainda terão pela frente Gabriel Chalita, PMDB, Netinho PC do B e Celso Russomano, da tchurma do Maluf (isso se ele mesmo não sair canditato também) , só que agora no PRB. Os três últimos, aliás, com grande penetração na periferia e no voto das pessoas mais simples, o que pode complicar a disputa.
O curioso é que com tantos nomes, se você perguntar a um paulistano quem você gostaria que fosse prefeito ou prefeita da cidade, muito provavelmente nenhum desses seria citado. Ou seja, é o completo distanciamento da política com o povo. Enquanto os partidos debatem, fazem acordos e costuram alianças, o povo não sabe de nada e quando souber, aí terá que escolher entre o "menos pior".
Agora o que me dá pena no dia de hoje é a quase certeza que Serra será novamente eleito. Isso porque o paulistano médio tem se tornado cada vez mais conservador e individualista e vê nele um representante dos privilégios adquiridos. Também me dá pena porque São Paulo vai continuar na contra-mão do Brasil, ou seja, enquanto o país e a maioria dos estados e cidades investem, crescem e melhoram as condições de vida de todas as classes sociais, a economia de São Paulo se retrai, as pessoas mais interessadas em melhorar o lugar onde vivem começam a se mudar para outras cidades, a população mais pobre vê suas moradias serem "acidentalmente" incendiadas, os artistas de rua são proibidos de trabalhar, a Controlar desvia dinheiro em nome de uma inspeção ambiental, etc, etc, etc. Tudo isso, com Serra, terá continuidade!
Ou desde já o paulistano cansado disso começa a se movimentar e dessa vez milita por um candidato diferente, ou Serra e a turminha do Kassab ficarão mais 4 anos destruindo essa que já foi a cidade modelo para o resto do país.
atualizando: antes que falem bobagem, se eu pudesse escolher meus cadidatos seria Erundina com Ivan Valente de vice.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Nova Imagem.
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do blog do Heródoto Barbeiro
do blog do Heródoto Barbeiro
A imagem dos gestores do Estado, sejam eles políticos, técnicos ou magistrados, está ficando mais clara para o cidadão comum. Não só porque os meios de comunicação de maior porte dedicam um espaço amplo para a publicação de reportagens investigativas, mas porque as novas mídias sociais oferecem as mais diversas informações e interpretações sobre esses personagens.
De quebra há livros com biografias ou reportagens mais aprofundadas sobre como o poder se mexe no Brasil. Isto mostra o vigor da democracia em construção e que certamente vai tomar novos contornos nos próximos anos, queiram ou não os que controlam hoje os poderes do Estado.
Há um redemoinho de ideias, informações, opiniões, investigações que pululam dos mais estranhos gadgets eletrônicos. Ninguém fica esquecido, seja para o elogio, seja para a crítica ácida e demolidora.
Os dominadores do Estado usam e abusam do seu poder econômico, político e jurisdicional para plantar as notícias que interessam para a perpetuação no poder de seus detentores e colhem melhores resultados de aprovação popular.
Vale tudo, até economizar recursos necessários para saneamento básico, educação, saúde, defesa do meio ambiente para investir em propaganda e publicidade. Não é mais possível distinguir uma coisa da outra quando o Estado, em suas diversas formas, a patrocina.
Há comerciais de 30 segundos, assessorias de todo tipo, sites, blogs, disparo automático de e-mails, releases de toda ordem, enfim com o dinheiro público é mais fácil. No meio dessa guerra midiática, fruto das transformações econômicas e tecnológicas do nosso tempo, o cidadão comum tem condições de formar sua própria opinião, ainda que alguns continuem achando que o povo não sabe votar.
Os partidos políticos utilizam com perfeição o ferramental disponível para vender a melhor imagem possível. Usam e abusam de programas políticos pagos pelo contribuinte e seus personagens não dispensam nem edição, nem Photoshop, nem maquiagem. Que mal tem?
Contudo entre a imagem que se quer passar e a percepção que o cidadão tem desses personagens há uma distância considerável. São personagens distantes um do outro. A confusão só não é maior porque há legendas com nomes. Em determinados momentos é difícil crer que o personagem na propaganda oficial dos partidos ou dos governos é o mesmo do noticiário.
O conteúdo do que fala não bate com as informações publicadas na velha e na nova mídia a seu respeito. Os solavancos políticos e sociais vividos hoje são sintomas da jovem democracia brasileira, que quer queiram ou não, se consolida e ganha contornos de maior participação popular. Os que têm consciência que são os contribuintes que mantêm tudo isso são os mais ativos, o que é indiscutivelmente um progresso.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Luiza e o mar.
(clique no título acima para ver a postagem completa)
- Antes a sujeira deste mar que "limpeza" que se tem por aí!
Com essa sentença Luciana terminara a conversa com sua filha Luiza, de 13 anos.
Caminhavam a beira-mar e a brisa refrescava o sol escaldante daquela tarde de fevereiro no Jose Menino. O dia não estava sendo fácil para ela. Logo ao acordar, vira na televisão uma notícia de cair o queixo. Mais uma morte banal nas ruas da capital.
Aquilo lhe embrulhava o estômago, dava-lhe agonia e, entre um e outro, raiva pela passividade das pessoas diante disso tudo. Luciana estava cansada! Dedicara parte da sua vida à luta contra a injustiça social e, ainda que convicta de ter feito a coisa certa, estava pessimista quanto a capacidade de realmente mudar as coisas.
"Ainda bem que tenho a minha filha" pensava sempre que esse pessimismo batia mais forte.
Luciana tinha urgência em cuidar de si. Esse tempo todo cuidando das pessoas escondeu a fragilidade de não ser cuidada por ninguém.
Sim, era uma mulher forte e não se arrependia do que tinha feito, mas o momento era outro e, ou cuidava de si, ou surtava.
Luiza estava no seu quarto, desenhando como poucas crianças fazem, quando ouviu o chamado da mãe.
_ Minha filha, arrume-se que vamos à praia.
Luiza adorava quando a mãe ía a praia com ela. Gostava de ouvir o barulho do mar e ver as pessoas alegres com pequenos biquinis e sungas, sem importar-se muito com o corpo escultural da televisão ou da internet. Era uma adolescente "fora da curva", é verdade, mas não ligava muito para isso. E, mesmo aos treze anos tinha a certeza de que um banho de mar lhe trazia ainda mais inspiração para desenhar.
Naquele dia a praia estava cheia! Famílias montavam suas barracas e com seus isopores bebiam cervejas e caipirinhas. Um casal sentado embaixo de um guarda-sol lilás beijava-se demonstrando ser ainda um casal novo. Kauê e Carlão abriam ainda mais cadeiras diante de seus carrinhos de bebida, esperançosos de que o movimento seria bom. João vendia camarão como nunca e Ana com seus risoles alegrava os gordinhos e gordinhas da praia, tarados por frituras. E tinham ainda as dezenas de crianças fazendo seus castelos de areia com as pás e os peixinhos e outras cavocando com a mão mesmo.
Enquanto caminhavam, Luciana e Luiza conversavam de coisas triviais como os primos distantes que nunca vinham visitá-las, da cidade de Santos que no verão é uma e no inverno outra completamente diferente ou do esmalte que tinham visto na farmácia e que agradara a ambas. A beira-mar andaram até o Itararé e chegaram quase a Ilha Porchat. Voltavam quando Luiza disse:
- Sabe mãe, é ruim quando tu está assim.
- Assim como, Luiza.
- Assim mãe, meio aflita.
- Eu pareço aflita?
- Sim, parece!
- Deve ser só impressão.
- Mãe, posso te falar uma coisa?
- Claro, diga!
- Sempre que tu pede pra vir à praia é porque tu não está muito bem.
- Não é bem assim, Luiza.
- É sim, mãe. Mas eu te entendo.
- Como me entende?
- Eu também fico triste quando entro na internet e vejo tanta gente escrevendo barbaridades, pensando no próprio umbigo e achando certo a violência como forma de resolver os problemas.
Luciana ficou um tempo sem falar nada. Não sabia o que dizer. Jamais vira a filha falando dessa maneira.
- Mas sabe, mãe, olha pra onde a gente está! Não é lindo poder ver aqui as pessoas alegres, ainda que não estejam felizes? As crianças brincando, a brisa no nosso rosto, o sol nos dando forças e o mar batendo nos nossos pés?
Luciana então paralisou. Estava diante do emissário quando um saco plástico veio junto a uma onda e grudou no seu pé. Ela devagar abaixou, pegou o lixo e o observou. Caminhou em direção à areia e o jogou numa lixeira que estava próxima. Quando virou para voltar, viu a filha a olhar as plantas e árvores "cravadas" no meio do mar.
Veio andando lentamente e contemplou o quanto pode aquela imagem.
- Sabe filha, antes a sujeira deste mar que "limpeza" que se tem por aí.
crônica: autor - Daniel Ciasca
imagem: creditos - http://www.fotothing.com/0Imortal/photo/e5ff2ff39b148cd028d06fb7a79af4b1/
- Antes a sujeira deste mar que "limpeza" que se tem por aí!
Com essa sentença Luciana terminara a conversa com sua filha Luiza, de 13 anos.
Caminhavam a beira-mar e a brisa refrescava o sol escaldante daquela tarde de fevereiro no Jose Menino. O dia não estava sendo fácil para ela. Logo ao acordar, vira na televisão uma notícia de cair o queixo. Mais uma morte banal nas ruas da capital.
Aquilo lhe embrulhava o estômago, dava-lhe agonia e, entre um e outro, raiva pela passividade das pessoas diante disso tudo. Luciana estava cansada! Dedicara parte da sua vida à luta contra a injustiça social e, ainda que convicta de ter feito a coisa certa, estava pessimista quanto a capacidade de realmente mudar as coisas.
"Ainda bem que tenho a minha filha" pensava sempre que esse pessimismo batia mais forte.
Luciana tinha urgência em cuidar de si. Esse tempo todo cuidando das pessoas escondeu a fragilidade de não ser cuidada por ninguém.
Sim, era uma mulher forte e não se arrependia do que tinha feito, mas o momento era outro e, ou cuidava de si, ou surtava.
Luiza estava no seu quarto, desenhando como poucas crianças fazem, quando ouviu o chamado da mãe.
_ Minha filha, arrume-se que vamos à praia.
Luiza adorava quando a mãe ía a praia com ela. Gostava de ouvir o barulho do mar e ver as pessoas alegres com pequenos biquinis e sungas, sem importar-se muito com o corpo escultural da televisão ou da internet. Era uma adolescente "fora da curva", é verdade, mas não ligava muito para isso. E, mesmo aos treze anos tinha a certeza de que um banho de mar lhe trazia ainda mais inspiração para desenhar.
Naquele dia a praia estava cheia! Famílias montavam suas barracas e com seus isopores bebiam cervejas e caipirinhas. Um casal sentado embaixo de um guarda-sol lilás beijava-se demonstrando ser ainda um casal novo. Kauê e Carlão abriam ainda mais cadeiras diante de seus carrinhos de bebida, esperançosos de que o movimento seria bom. João vendia camarão como nunca e Ana com seus risoles alegrava os gordinhos e gordinhas da praia, tarados por frituras. E tinham ainda as dezenas de crianças fazendo seus castelos de areia com as pás e os peixinhos e outras cavocando com a mão mesmo.
Enquanto caminhavam, Luciana e Luiza conversavam de coisas triviais como os primos distantes que nunca vinham visitá-las, da cidade de Santos que no verão é uma e no inverno outra completamente diferente ou do esmalte que tinham visto na farmácia e que agradara a ambas. A beira-mar andaram até o Itararé e chegaram quase a Ilha Porchat. Voltavam quando Luiza disse:
- Sabe mãe, é ruim quando tu está assim.
- Assim como, Luiza.
- Assim mãe, meio aflita.
- Eu pareço aflita?
- Sim, parece!
- Deve ser só impressão.
- Mãe, posso te falar uma coisa?
- Claro, diga!
- Sempre que tu pede pra vir à praia é porque tu não está muito bem.
- Não é bem assim, Luiza.
- É sim, mãe. Mas eu te entendo.
- Como me entende?
- Eu também fico triste quando entro na internet e vejo tanta gente escrevendo barbaridades, pensando no próprio umbigo e achando certo a violência como forma de resolver os problemas.
Luciana ficou um tempo sem falar nada. Não sabia o que dizer. Jamais vira a filha falando dessa maneira.
- Mas sabe, mãe, olha pra onde a gente está! Não é lindo poder ver aqui as pessoas alegres, ainda que não estejam felizes? As crianças brincando, a brisa no nosso rosto, o sol nos dando forças e o mar batendo nos nossos pés?
Luciana então paralisou. Estava diante do emissário quando um saco plástico veio junto a uma onda e grudou no seu pé. Ela devagar abaixou, pegou o lixo e o observou. Caminhou em direção à areia e o jogou numa lixeira que estava próxima. Quando virou para voltar, viu a filha a olhar as plantas e árvores "cravadas" no meio do mar.
Veio andando lentamente e contemplou o quanto pode aquela imagem.
- Sabe filha, antes a sujeira deste mar que "limpeza" que se tem por aí.
crônica: autor - Daniel Ciasca
imagem: creditos - http://www.fotothing.com/0Imortal/photo/e5ff2ff39b148cd028d06fb7a79af4b1/
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
As campeãs do carnaval.
(clique no título acima para ver a postagem completa)
Daqui a pouco começa a apuração do desfile das escolas de samba de SP e, amanhã, as do RJ.
Antes do anúncio oficial, para mim o carnaval já tem duas campeãs: Mocidade Alegre e Portela.
A Mocidade não é das mais tradicionais escolas de samba de SP. Existe desde 1967 e é do bairro do Limão, Zona Norte de São Paulo. Ganhou até hoje 8 títulos, sendo que os últimos 3 na primeira década do séc XXI, depois de ficar 24 anos sem ganhá-lo.
Este ano, a Mocidade homenageou o centenário de Jorge Amado e, a partir do livro Tenda dos Milagres falou bastante da crença nos orixás e fez um desfile com o principal objetivo de mexer com o preconceito contra as religiões de matrizes africanas.
E por tudo isso merece o título, na minha opinião. Obviamente essa é uma opinião subjetiva de quem frequenta a escola e é apaixonado pela temática.
Esse aliás, é um dos principais motivos de eu querer também a Portela campeã. Portela que, ao contrário da Mocidade é bem tradicional. Tem o dobro da idade da primeira (88 anos). Tem 21 títulos só que o último em 1984 e esse ano também teve como tema a Bahia e os orixás.
Só que a Portela partiu do Nosso Senhor do Bonfim, que no sincretismo baiano representa Oxalá.
Os que me conhecem sabem ( às vezes duvidam) que não tenho crenças e não sou religioso. No entanto, sou incansável na luta contra qualquer preconceito. Especialmente quando o preconceito é de cor.
As religiões dos orixás incomodam uma parte do povo brasileiro exatamente por serem de matrizes africana.
E é uma pena que hoje em dia em territórios onde a população negra é a maioria, essas religiões também sofrem preconceito. Bairros inteiros estão dominados por seus lideres espirituais engravatados que determinam o que cada um pode e deve fazer e o gado segue em nome de Deus e do sei lá mais o que.
As religiões de matrizes africanas são o contrário disso. Pregam a liberdade, a alegria, a dança e a utilização do corpo como ferramenta de expressão e de vida. É isso que me encanta nesse terreno e é por isso, para provocar o rebanho que cada vez mais se reprime e fica cinza como a cidade de SP, que apoio o candomblé e a umbanda com suas cores, danças e sabores.
Sendo assim, Mocidade Alegre e Portela, que tiveram a audácia de trazerem para a avenida esse colorido já são para mim as campeãs do carnaval!
Daqui a pouco começa a apuração do desfile das escolas de samba de SP e, amanhã, as do RJ.
Antes do anúncio oficial, para mim o carnaval já tem duas campeãs: Mocidade Alegre e Portela.
A Mocidade não é das mais tradicionais escolas de samba de SP. Existe desde 1967 e é do bairro do Limão, Zona Norte de São Paulo. Ganhou até hoje 8 títulos, sendo que os últimos 3 na primeira década do séc XXI, depois de ficar 24 anos sem ganhá-lo.
Este ano, a Mocidade homenageou o centenário de Jorge Amado e, a partir do livro Tenda dos Milagres falou bastante da crença nos orixás e fez um desfile com o principal objetivo de mexer com o preconceito contra as religiões de matrizes africanas.
E por tudo isso merece o título, na minha opinião. Obviamente essa é uma opinião subjetiva de quem frequenta a escola e é apaixonado pela temática.
Esse aliás, é um dos principais motivos de eu querer também a Portela campeã. Portela que, ao contrário da Mocidade é bem tradicional. Tem o dobro da idade da primeira (88 anos). Tem 21 títulos só que o último em 1984 e esse ano também teve como tema a Bahia e os orixás.
Só que a Portela partiu do Nosso Senhor do Bonfim, que no sincretismo baiano representa Oxalá.
Os que me conhecem sabem ( às vezes duvidam) que não tenho crenças e não sou religioso. No entanto, sou incansável na luta contra qualquer preconceito. Especialmente quando o preconceito é de cor.
As religiões dos orixás incomodam uma parte do povo brasileiro exatamente por serem de matrizes africana.
E é uma pena que hoje em dia em territórios onde a população negra é a maioria, essas religiões também sofrem preconceito. Bairros inteiros estão dominados por seus lideres espirituais engravatados que determinam o que cada um pode e deve fazer e o gado segue em nome de Deus e do sei lá mais o que.
As religiões de matrizes africanas são o contrário disso. Pregam a liberdade, a alegria, a dança e a utilização do corpo como ferramenta de expressão e de vida. É isso que me encanta nesse terreno e é por isso, para provocar o rebanho que cada vez mais se reprime e fica cinza como a cidade de SP, que apoio o candomblé e a umbanda com suas cores, danças e sabores.
Sendo assim, Mocidade Alegre e Portela, que tiveram a audácia de trazerem para a avenida esse colorido já são para mim as campeãs do carnaval!
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Intelectuais não sabem lidar com a periferia e as novas gerações
(clique no título acima para ver a postagem completa)
Veja o video e depois leia mais em: http://diplomatique.org.br/multimidia.php?id=31
Heloisa Buarque de Hollanda from FLi Multimídia on Vimeo.
Veja o video e depois leia mais em: http://diplomatique.org.br/multimidia.php?id=31
Heloisa Buarque de Hollanda from FLi Multimídia on Vimeo.
Piada de samba-enredo.
(clique no título acima para ver a postagem completa)
Voltando ao tema do carnaval (clique aqui e olhe o que já postei anteriormente) , outro dia entrei numa polêmica por causa da imagem abaixo.
Uma piada tem o claro intuito de ridicularizar o outro. Não é a toa que vemos uma "guerra" declarada entre os recém stand-ups e os cagadores de regra/politicamente corretos.
E se, por um lado, defendo a liberdade de cada um dizer o que bem entende e como sempre cito Voltaire "não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-la", não preciso compactuar com uma piada preconceituosa.
O que me desagrada não é a piada em si, mas o fundo ideológico que está por detrás dela. Quem frequenta escola de samba, como eu frequento, sabe que esta é uma festa feita pelo povo. O desfile é só a cereja do bolo e somente nessas horas entram as celebridades e sub-celebridades, e a classe média.
Mas quem produz, quem cria, quem inventa é o povão. E o que quer dizer essa imagem? Samba-enredo é sub-música que qualquer iletrado pode fazê-lo, pois tem que seguir a fórmula.
Isso, a parte do fato de que incomoda quem fez a imagem e quem compartilha achando graça, os temas recorrentes dos sambas-enredos: africa, indígenas, religiões "negras", cultura nordestina, etc. Afinal, a minoria de sempre não "pode" achar inteligente e culta manifestações que falam desses temas.
Claro que tudo seria diferente se os sambas-enredos falassem de Miami, das lojas da Oscar Freire, de Mulheres Ricas ou retratassem o "poderio" do grande império estadunidense. Aí os pseudo-intelectuais diriam que é uma festa linda, cheia de charme, beleza e alegria. Digna de um país desenvolvido.
Como não é, melhor então fazer piada. Assim, pela via engraçada "colocamos essa gente no seu devido lugar".
Voltando ao tema do carnaval (clique aqui e olhe o que já postei anteriormente) , outro dia entrei numa polêmica por causa da imagem abaixo.
Uma piada tem o claro intuito de ridicularizar o outro. Não é a toa que vemos uma "guerra" declarada entre os recém stand-ups e os cagadores de regra/politicamente corretos.
E se, por um lado, defendo a liberdade de cada um dizer o que bem entende e como sempre cito Voltaire "não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-la", não preciso compactuar com uma piada preconceituosa.
O que me desagrada não é a piada em si, mas o fundo ideológico que está por detrás dela. Quem frequenta escola de samba, como eu frequento, sabe que esta é uma festa feita pelo povo. O desfile é só a cereja do bolo e somente nessas horas entram as celebridades e sub-celebridades, e a classe média.
Mas quem produz, quem cria, quem inventa é o povão. E o que quer dizer essa imagem? Samba-enredo é sub-música que qualquer iletrado pode fazê-lo, pois tem que seguir a fórmula.
Isso, a parte do fato de que incomoda quem fez a imagem e quem compartilha achando graça, os temas recorrentes dos sambas-enredos: africa, indígenas, religiões "negras", cultura nordestina, etc. Afinal, a minoria de sempre não "pode" achar inteligente e culta manifestações que falam desses temas.
Claro que tudo seria diferente se os sambas-enredos falassem de Miami, das lojas da Oscar Freire, de Mulheres Ricas ou retratassem o "poderio" do grande império estadunidense. Aí os pseudo-intelectuais diriam que é uma festa linda, cheia de charme, beleza e alegria. Digna de um país desenvolvido.
Como não é, melhor então fazer piada. Assim, pela via engraçada "colocamos essa gente no seu devido lugar".
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Unifesp inaugura novo prédio e reitor acha que está tudo ótimo.
(clique no título acima para ver a postagem completa)
Ontem, o ministro da Educação Aloysio Mercadante, os prefeitos de Santos e Cubatão e o reitor da UNIFESP estiveram em Santos para inaugurar o novo prédio do campus Baixada Santista.
Como é possível ver na matéria abaixo, uma polêmica já está instaurada.
De um lado, os estudantes reclamam das condições precárias de funcionamento do Campus desde sua inauguração e, agora, da entrega de um prédio sem totais condições de receber as atividades de acordo com as reais necessidades de cada curso. Prédio esse que já era para ter sido entregue desde 2008.
Do outro, o ministro declarou que é preciso calma e enxergar que esse investimento da criação de uma universidade pública na baixada é algo histórico para a região e que deve ser comemorado. Ele entende que as condições ainda não são as ideais e que os estudantes devem lutar pelas melhorias necessárias.
Bem, os dois lados estão certos, na minha opinião. De fato as condições do campus baixada santista está bem abaixo do que se pode oferecer em uma universidade federal. Mas quando você vê o vídeo acima, não está claro o porque disso? O reitor acha que está tudo ótimo e o prédio está pronto para funcionar. Ora, se alguém tinha que batalhar por melhorias era o reitor, mas se ele acha que está tudo bem, que melhorias acontecerão? Nenhuma! Isso sem comentar a diretora do Campus que ao falar, mal articulava o discurso e sem carisma nenhum, não aproveitou a oportunidade para cobrar de quem devia. Talvez porque ela também concorde com o reitor e ache que está tudo bem.
Agora, acho um exagero a crítica que os estudantes fazem a respeito da abertura das federais em diversos campus e cidades. Eles alegam que o governo abre novas universidades federais sem condições de funcionamento só para aumentar as estatísticas.
Para mim essa é uma visão estreita que não quer enxergar a longo prazo o impacto da abertura das federais, mesmo que ainda não nas condições ideais.
O ministro está certo em dizer que este deficit educacional demorará para ser resolvido, mas que o campus na baixada já é um grande passo para uma região onde a única perspectiva de uma universidade pública era subir a serra e ir estudar na capital.
Instalar uma universidade na baixada tem enormes impactos para o desenvolvimento da região. Especialmente na área de saúde, a especialidade da UNIFESP. Obviamente que a pesquisa e a extensão realizadas pelos docentes e estudantes será transformadora para a região. Só para se ter uma ideia, a quantidade de estagiários de psicologia, nutrição, educação física, terapia ocupacional e serviço social que todo ano ingressa nos serviços municipais com orientação de docentes altamente qualificados já é muito mais do que a região jamais obteve como beneficio.
Sendo assim, perdeu-se uma enorme oportunidade de colocar a diretora e o reitor numa saia justa perante o ministro da educação e, assim, trazer o ministro para a "briga". A maneira utilizada de confrontar e criticar o ministro deixou os reais culpados pelas condições precárias do campus numa situação confortável onde não precisaram se expor e nem dar explicações para a autoridade máxima na área educacional.
Ontem, o ministro da Educação Aloysio Mercadante, os prefeitos de Santos e Cubatão e o reitor da UNIFESP estiveram em Santos para inaugurar o novo prédio do campus Baixada Santista.
Como é possível ver na matéria abaixo, uma polêmica já está instaurada.
De um lado, os estudantes reclamam das condições precárias de funcionamento do Campus desde sua inauguração e, agora, da entrega de um prédio sem totais condições de receber as atividades de acordo com as reais necessidades de cada curso. Prédio esse que já era para ter sido entregue desde 2008.
Do outro, o ministro declarou que é preciso calma e enxergar que esse investimento da criação de uma universidade pública na baixada é algo histórico para a região e que deve ser comemorado. Ele entende que as condições ainda não são as ideais e que os estudantes devem lutar pelas melhorias necessárias.
Bem, os dois lados estão certos, na minha opinião. De fato as condições do campus baixada santista está bem abaixo do que se pode oferecer em uma universidade federal. Mas quando você vê o vídeo acima, não está claro o porque disso? O reitor acha que está tudo ótimo e o prédio está pronto para funcionar. Ora, se alguém tinha que batalhar por melhorias era o reitor, mas se ele acha que está tudo bem, que melhorias acontecerão? Nenhuma! Isso sem comentar a diretora do Campus que ao falar, mal articulava o discurso e sem carisma nenhum, não aproveitou a oportunidade para cobrar de quem devia. Talvez porque ela também concorde com o reitor e ache que está tudo bem.
Agora, acho um exagero a crítica que os estudantes fazem a respeito da abertura das federais em diversos campus e cidades. Eles alegam que o governo abre novas universidades federais sem condições de funcionamento só para aumentar as estatísticas.
Para mim essa é uma visão estreita que não quer enxergar a longo prazo o impacto da abertura das federais, mesmo que ainda não nas condições ideais.
O ministro está certo em dizer que este deficit educacional demorará para ser resolvido, mas que o campus na baixada já é um grande passo para uma região onde a única perspectiva de uma universidade pública era subir a serra e ir estudar na capital.
Instalar uma universidade na baixada tem enormes impactos para o desenvolvimento da região. Especialmente na área de saúde, a especialidade da UNIFESP. Obviamente que a pesquisa e a extensão realizadas pelos docentes e estudantes será transformadora para a região. Só para se ter uma ideia, a quantidade de estagiários de psicologia, nutrição, educação física, terapia ocupacional e serviço social que todo ano ingressa nos serviços municipais com orientação de docentes altamente qualificados já é muito mais do que a região jamais obteve como beneficio.
Sendo assim, perdeu-se uma enorme oportunidade de colocar a diretora e o reitor numa saia justa perante o ministro da educação e, assim, trazer o ministro para a "briga". A maneira utilizada de confrontar e criticar o ministro deixou os reais culpados pelas condições precárias do campus numa situação confortável onde não precisaram se expor e nem dar explicações para a autoridade máxima na área educacional.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Lindemberg e o arrependimento.
(clique no título acima para ver a postagem completa)
Qual a nossa capacidade de perdoar?
Com essa pergunta começo esse texto que, creio, será polêmico.
As pessoas de bom caráter sempre creem que o outro deve arrepender-se de seus erros e, a partir de um auto-julgamento moral, retificar-se e modificar-se.
Ocorre que a teoria é bem diferente da prática. Quando o assunto é , por exemplo, um crime contra a vida temos dificuldades de perdoar alguém.
Isso porque julgamos que uma pessoa capaz de matar não é uma pessoa "sensível" ao sofrimento e passível de mudança.
Mas eu me pergunto:
- Nunca cometemos atos, em momentos de raiva, que nos arrependemos depois?
Eu já cometi vários. Diversas vezes disse algo à alguém que, após a raiva, julguei ter exagerado. Ou, na cólera, agredi fisicamente uma pessoa sem pensar.
Sendo assim, porque não acreditar no perdão de Lindemberg Alves?
Não sou estúpido de ignorar que um psicopata é capaz de pedir perdão para se safar. Mas, questiono se é possível recriminá-lo numa situação colérica como a vivida por ele, uma vez que ele pede o perdão publicamente a mãe da vítima: Eloá.
Isso não quer dizer que ele não deva ser condenado. Pelo contrário: ele matou uma pessoa e deve ser culpado por isso e privado de sua liberdade.
Mas eu vejo no seu pedido de perdão uma brecha para uma mudança. Vejo nele uma pessoa que, se bem trabalhada, pode se modificar.
Talvez seja meu lado "poliana" de não querer acreditar na maldade pura e simples, mas prefiro pensar assim.
Qual a nossa capacidade de perdoar?
Com essa pergunta começo esse texto que, creio, será polêmico.
As pessoas de bom caráter sempre creem que o outro deve arrepender-se de seus erros e, a partir de um auto-julgamento moral, retificar-se e modificar-se.
Ocorre que a teoria é bem diferente da prática. Quando o assunto é , por exemplo, um crime contra a vida temos dificuldades de perdoar alguém.
Isso porque julgamos que uma pessoa capaz de matar não é uma pessoa "sensível" ao sofrimento e passível de mudança.
Mas eu me pergunto:
- Nunca cometemos atos, em momentos de raiva, que nos arrependemos depois?
Eu já cometi vários. Diversas vezes disse algo à alguém que, após a raiva, julguei ter exagerado. Ou, na cólera, agredi fisicamente uma pessoa sem pensar.
Sendo assim, porque não acreditar no perdão de Lindemberg Alves?
Não sou estúpido de ignorar que um psicopata é capaz de pedir perdão para se safar. Mas, questiono se é possível recriminá-lo numa situação colérica como a vivida por ele, uma vez que ele pede o perdão publicamente a mãe da vítima: Eloá.
Isso não quer dizer que ele não deva ser condenado. Pelo contrário: ele matou uma pessoa e deve ser culpado por isso e privado de sua liberdade.
Mas eu vejo no seu pedido de perdão uma brecha para uma mudança. Vejo nele uma pessoa que, se bem trabalhada, pode se modificar.
Talvez seja meu lado "poliana" de não querer acreditar na maldade pura e simples, mas prefiro pensar assim.
Palavras que me encantam.
(clique no título acima para ver a postagem completa)
Rebelde, revoltado e radical. Ah, como é bom ser chamado por uma destas três belas palavras.
Afinal, elas sugerem uma não aceitação passiva de qualquer coisa.
Vejamos:
o radical é aquele que leva a fundo seus ideais e princípios. Normalmente as pessoas se dizem isso ou aquilo, mas na hora do "vamos ver" ou do "pega pra capar" abrem facilmente mão deles em troca de benefícios pessoais ou interesses escusos.
São os radicais, em geral, os que se rebelam contra a ordem estabelecida. Porque qualquer ordem estabelecida é burra! Ela não aceita mudanças e não se adapta as necessidades de grupos ou sociedades. Graças aos rebeldes que muita coisa melhorou no mundo. Alguns tiveram a sorte de estarem rebeldes na hora e no lugar certo e, com isso, fizeram revoluções.
Revoluções geradas pela revolta contra a injustiça social, a pobreza, a miséria, o desemprego, etc...
Ah, como é bom ser chamado de revoltado, rebelde ou radical!
Rebelde, revoltado e radical. Ah, como é bom ser chamado por uma destas três belas palavras.
Afinal, elas sugerem uma não aceitação passiva de qualquer coisa.
Vejamos:
o radical é aquele que leva a fundo seus ideais e princípios. Normalmente as pessoas se dizem isso ou aquilo, mas na hora do "vamos ver" ou do "pega pra capar" abrem facilmente mão deles em troca de benefícios pessoais ou interesses escusos.
São os radicais, em geral, os que se rebelam contra a ordem estabelecida. Porque qualquer ordem estabelecida é burra! Ela não aceita mudanças e não se adapta as necessidades de grupos ou sociedades. Graças aos rebeldes que muita coisa melhorou no mundo. Alguns tiveram a sorte de estarem rebeldes na hora e no lugar certo e, com isso, fizeram revoluções.
Revoluções geradas pela revolta contra a injustiça social, a pobreza, a miséria, o desemprego, etc...
Ah, como é bom ser chamado de revoltado, rebelde ou radical!
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Rede Globo expulsa!
(clique no título acima para ver a postagem completa)
Veja o vídeo. Sou contra greve de PMs e Bombeiros, mas acho que eles estão certos nesse caso. A imprensa deveria ter a liberdade de cobrir qualquer evento, se realmente fizesse jornalismo e não panfleto da direita sempre criminalizando movimentos populares.
Sendo assim como ela é: FORA GLOBO!
Veja o vídeo. Sou contra greve de PMs e Bombeiros, mas acho que eles estão certos nesse caso. A imprensa deveria ter a liberdade de cobrir qualquer evento, se realmente fizesse jornalismo e não panfleto da direita sempre criminalizando movimentos populares.
Sendo assim como ela é: FORA GLOBO!
sábado, 11 de fevereiro de 2012
De frente pro crime.
(clique no título acima para ver a postagem completa)
Tá lá o corpo
Estendido no chão
Em vez de rosto uma foto
De um gol
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém...
Estendido no chão
Em vez de rosto uma foto
De um gol
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém...
O bar mais perto
Depressa lotou
Malandro junto
Com trabalhador
Um homem subiu
Na mesa do bar
E fez discurso
Prá vereador...
Depressa lotou
Malandro junto
Com trabalhador
Um homem subiu
Na mesa do bar
E fez discurso
Prá vereador...
Veio o camelô
Vender!
Anel, cordão
Perfume barato
Baiana
Prá fazer
Pastel
E um bom churrasco
De gato
Quatro horas da manhã
Baixou o santo
Na porta bandeira
E a moçada resolveu
Parar, e então...
Vender!
Anel, cordão
Perfume barato
Baiana
Prá fazer
Pastel
E um bom churrasco
De gato
Quatro horas da manhã
Baixou o santo
Na porta bandeira
E a moçada resolveu
Parar, e então...
Sem pressa foi cada um
Pro seu lado
Pensando numa mulher
Ou no time
Olhei o corpo no chão
E fechei
Minha janela
De frente pro crime...
Pro seu lado
Pensando numa mulher
Ou no time
Olhei o corpo no chão
E fechei
Minha janela
De frente pro crime...
pra entender melhor clique aqui
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
A Universidade é o caminho para mudar.
(clique no título acima para ver a postagem completa)
Parece que a sociedade civil começa a despertar para a real transformação das favelas e bairros pobres.
Todos que um dia ja cursaram uma universidade pública ou uma faculdade particular sabem o quanto esse período é transformador. Ainda que umas mais e outras menos, a universidade, ao contrário de cursos técnicos, preparam o estudante para questões técnicas, mas também para refletir e pensar sobre onde determinada profissão pode agir na transformação de uma sociedade.
Em 2003 o governo federal ciente disso, uma vez que grande parte de seu corpo político vinha de classes pobres ou média-baixa, investiu em programas como o PROUNI e no ENEM como fomentadores do pensamento de que com o ingresso na universidade os pobres terão a sua real ascenção social.
A sociedade civil representadas em grande parte pelo terceiro setor não entenderam o recado e continuaram a "produzir mão-de-obra" de baixo custo. Se tal política não era ruim uma vez que garantia ao menos a sobrevivência desses moradores de favela, também não era exatamente o que se esperava de um setor que "luta" para mudar a condição de quem vive nestes territórios.
O curioso é que essa "mão-de-obra" ao ingressar no mercado de trabalho percebeu que só isso não bastava e muitos, utilizando-se das políticas federais citadas, passaram a ingressar por conta própria no ensino superior.
Ora, as faculdades particulares em geral precisam de bolsistas para justificar a isenção de alguns impostos e as universidades públicas precisam de campo de estudo/trabalho para por em prática o que veêm na teoria (sobre isso, conheça o programa Mais Educação (clique aqui)).
Por que a sociedade civil e o terceiro setor não concentram as energias para potencializar o que está sendo feito pelo Estado? Parcerias com o ensino superior seriam mais produtivas e eficazes para todas as partes e acelerariam a transformação social que o Brasil precisa! (sobre isso contarei num outro momento a rica experiência que tive em Guiné-Bissau na formação dessas parcerias)
Parece que a sociedade civil começa a despertar para a real transformação das favelas e bairros pobres.
Todos que um dia ja cursaram uma universidade pública ou uma faculdade particular sabem o quanto esse período é transformador. Ainda que umas mais e outras menos, a universidade, ao contrário de cursos técnicos, preparam o estudante para questões técnicas, mas também para refletir e pensar sobre onde determinada profissão pode agir na transformação de uma sociedade.
Em 2003 o governo federal ciente disso, uma vez que grande parte de seu corpo político vinha de classes pobres ou média-baixa, investiu em programas como o PROUNI e no ENEM como fomentadores do pensamento de que com o ingresso na universidade os pobres terão a sua real ascenção social.
A sociedade civil representadas em grande parte pelo terceiro setor não entenderam o recado e continuaram a "produzir mão-de-obra" de baixo custo. Se tal política não era ruim uma vez que garantia ao menos a sobrevivência desses moradores de favela, também não era exatamente o que se esperava de um setor que "luta" para mudar a condição de quem vive nestes territórios.
O curioso é que essa "mão-de-obra" ao ingressar no mercado de trabalho percebeu que só isso não bastava e muitos, utilizando-se das políticas federais citadas, passaram a ingressar por conta própria no ensino superior.
Ora, as faculdades particulares em geral precisam de bolsistas para justificar a isenção de alguns impostos e as universidades públicas precisam de campo de estudo/trabalho para por em prática o que veêm na teoria (sobre isso, conheça o programa Mais Educação (clique aqui)).
Por que a sociedade civil e o terceiro setor não concentram as energias para potencializar o que está sendo feito pelo Estado? Parcerias com o ensino superior seriam mais produtivas e eficazes para todas as partes e acelerariam a transformação social que o Brasil precisa! (sobre isso contarei num outro momento a rica experiência que tive em Guiné-Bissau na formação dessas parcerias)
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Privatização é privatização.
(clique no título acima para ver a postagem completa)
Não me venha com esse papo de que privatizar aeroportos é privatizar serviços e não recursos básicos à população. Privatizar é privatizar!
Ontem o PT se igualou ao PSDB.
Nessa toada, como no partido trabalhista na Inglaterra e outros por aí afora, tudo vira bosta!
Não me venha com esse papo de que privatizar aeroportos é privatizar serviços e não recursos básicos à população. Privatizar é privatizar!
Ontem o PT se igualou ao PSDB.
Nessa toada, como no partido trabalhista na Inglaterra e outros por aí afora, tudo vira bosta!
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Esse Kassab!
(clique no título acima para ver a postagem completa)
O prefeito da cidade São Paulo não perde uma oportunidade de criar "dificuldades" pra vender "facilidades". Depois da Cidade Limpa e da inspeção veicular (vide Controlar e a roubalheira demotucana) agora, em meio ao acidente de São Bernardo e do RJ ele diz que vai criar uma lei obrigando os edifícios a fazerem inspeção a cada 5 anos com "engenheiros técnicos autorizados".
Perai!
A função da prefeitura não é fiscalizar? Que ele contrate técnicos para vistoriar prédios.
Mas em sua lógica neoliberal conservadora, a obrigação de fazer inspeção é do próprio edifício que, claro, além do IPTU que já paga deve pagar para os "técnicos" aprovarem se está tudo ok a cada 5 anos. É a lógica invertida.
Esse Kassab!
Ah, só pra lembrar, esse Kassab só é prefeito porque um tal de Jose Serra o colocou como vice e depois abandonou a prefeitura de São Paulo!
O prefeito da cidade São Paulo não perde uma oportunidade de criar "dificuldades" pra vender "facilidades". Depois da Cidade Limpa e da inspeção veicular (vide Controlar e a roubalheira demotucana) agora, em meio ao acidente de São Bernardo e do RJ ele diz que vai criar uma lei obrigando os edifícios a fazerem inspeção a cada 5 anos com "engenheiros técnicos autorizados".
Perai!
A função da prefeitura não é fiscalizar? Que ele contrate técnicos para vistoriar prédios.
Mas em sua lógica neoliberal conservadora, a obrigação de fazer inspeção é do próprio edifício que, claro, além do IPTU que já paga deve pagar para os "técnicos" aprovarem se está tudo ok a cada 5 anos. É a lógica invertida.
Esse Kassab!
Ah, só pra lembrar, esse Kassab só é prefeito porque um tal de Jose Serra o colocou como vice e depois abandonou a prefeitura de São Paulo!
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